Com apoio da Secult Ceará, o seminário “O Brasil vai renascer com o MinC e a cultura brasileira” foi realizado no Cineteatro São Luiz, nesta sexta (27)

27 de janeiro de 2023 - 18:28 # # # #

  

 

O seminário contou, na abertura, com a presença da secretária da Cultura do Estado do Ceará, Luisa Cela, e do secretariado do Ministério da Cultura, que cumpre agenda em Fortaleza. (Fotos: Felipe Abud/ Salvino Lobo/Secult Ceará)

 

Promover o diálogo sobre a retomada do Ministério da Cultura (MinC) como estratégia principal para as políticas públicas de cultura no Brasil. Esse foi o objetivo do seminário “O Brasil vai renascer com o MinC e a cultura brasileira”, que aconteceu nesta sexta-feira (27), no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), e contou com as presenças da secretária da Cultura Luisa Cela; além do secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba; da secretaria nacional dos Comitês de Cultura do Minc, Roberta Martins; do secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes; do futuro diretor dos Comitês de Cultura do MinC, Pedro Vasconcelos; da presidenta da Funarte, Maria Marighella; da Assessora de Inovação e Desenvolvimento do Instituto Dragão do Mar, Gecíola Fonseca do Diretor dos Laboratórios Culturais, Paulo Feitosa.

Composto por duas mesas, o Seminário reuniu artistas, gestores, secretários de cultura, técnicos, juristas e pesquisadores da Cultura. A primeira mesa “A cultura na reconstrução do Brasil”, pela manhã, foi um momento importante para pensar o papel e o lugar da cultura na reconstrução do Brasil. Durante a sua fala de abertura, a secretária da Cultura Luisa Cela destacou que este é o momento da reconstrução das políticas culturais. “A Cultura sempre esteve aí, e cumpriu um papel importante e fundamental ao nosso país, afirmando a necessidade de se respeitar as pessoas em suas diversidades e na defesa da democracia. A Cultura tem este papel central e importante demais para o processo de reconstrução das políticas brasileiras. Ele é um guia, abrindo caminhos, e atravessando as políticas fundantes. Observamos isso na parceria Mec e Minc, que é fundamental. Se não tivéssemos esta parceria, não conseguiríamos chegar à população como um todo, e isso foi reafirmado pelo nosso presidente. O Minc, por sua vez, estará nos 27 estados da federação. Isso fala da compreensão da força da nossa cultura e diversidade, da necessidade de desconcentrar renda, mas também de levarmos as pessoas a compreenderem as políticas públicas e a importância delas para a democracia e a garantia de direitos”, pontuou.

Já o ex-secretário da Cultura do Ceará e agora secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, mencionou o papel da cultura na “refundação do país”. “Nós, enquanto Cultura, Estado e o Sistema Estadual de Cultura – que será recomposto de novo – teremos um papel muito importante na refundação do país, nessa reconstrução profunda do Brasil, porque a política cultural, com tudo isso que nós passamos, ela se reposicionou”, destacou o secretário de Formação, livro e Leitura do Minc, Fabiano Piúba, durante a abertura das atividades.

“Termos hoje uma ministra como Margareth Menezes, é uma força! Tivemos o griô do Futuro, Gilberto Gil, como o primeiro ministro da Cultura do Governo Lula. Agora temos Margareth Menezes, nesta reconstrução, nessa volta do ministério. As pessoas nascem para o que são. E a Ministra nasceu para além de ser cantora, artista, intérprete do mundo, atriz, para exercer este papel estratégico e central no governo Lula”, ressaltou também Fabiano Piúba.

Temas como a transversalidade das políticas públicas, a gestão e ação cultural, a economia das artes, e a geração de Ativos Econômicos foram destacados durante a fala do Diretor dos Laboratórios Culturais, Paulo Feitosa. “O Ceará é um lugar de vanguarda no quesito política cultural de continuidade, com pensamento, gestão, ação cultural, economia das artes, e gerando ativos Econômicos. Aqui a cultura não é apenas meio, é transversal às demais políticas. O grande desafio hoje é olhar pro cidadão que está na escola pública, que tem direitos desde a fruição, segurança, formação, e, por outro lado, pensar sobre nossas ações e nossas realidades, aproveitando políticas que foram bem sucedidas no passado, corrigindo erros e construindo em coletivo a partir das realidades, para a estrutura do desenvolvimento, da educação e da economia”, pontuou Paulo Feitosa.

A primeira mesa do seminário contou ainda com a fala da secretária nacional dos Comitês de Cultura do MinC, Roberta Martins, que apresentou a estrutura do ministério e falou da alegria em ver uma trajetória que une afeto, gestão e estrutura como a do Ceará. “A Cultura está na centralidade da reconstrução do país, e estamos vendo o lugar e força que tem no governo, em meio a outros tão importantes cuidados como o combate à fome, melhorias na saúde e das relações humanas. E a relação geradora de renda, a economia solidária, a Brasilidade e a identidade, estão na Cultura. Estamos, portanto, apontando pra transversalidade e estabelecendo que a Cultura é parte fundamental da formação e da autonomia das pessoas. Neste sentido, a reestruturação do Sistema Nacional de Cultura possibilitará desenhar uma nova estrutura de participação social. Estaremos mais próximos das pessoas, dos movimentos, dos grupos, e construiremos juntos relações que movimentam e reflitam as práticas culturais dos territórios, para ouvir e para materializar a escuta e participação pensada pelo presidente Lula”, destacou a secretária.

 

 

Desafios das políticas culturais

No período da tarde, o seminário contou com a mesa, “Ministério da Cultura e os desafios das políticas culturais”, que abordou aspectos da redemocratização da cultura, como restauração e renovação de programas e atividades culturais apoiadas pelo poder público, além da conexão da cultura com a agenda política e institucional de outras pastas do Governo Federal. Para esse momento, estiveram reunidos à mesa o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes, o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba e a presidenta da Funarte, Maria Marighella. A mediação foi da Assessora de Inovação e Desenvolvimento do Instituto Dragão do Mar, Gecíola Fonseca do Diretor dos Laboratórios Culturais, Paulo Feitosa.

Emocionada, a presidenta da Funarte, Maria Marighella, destacou o Ceará como uma luz acessa para a cultura brasileira, com a implementação de uma política cultural exemplar nos últimos anos. Ela também mencionou a necessidade de construir uma política nacional colaborativa. “Quando a gente pensa numa política nacional, nós precisamos recuperar o sentimento de pertencimento de cada brasileiro e temos que recuperar na Funarte a imagem da instituição”, frisou.

Numa perspectiva de um governo participativo para a cultura, os Comitês Estaduais de Cultura, outrora mencionados pelo presidente Lula, foram exemplificados na fala do futuro diretor dos Comitês de Cultura do MinC, Pedro Vasconcelos. “Contra um governo autoritário que perseguiu artistas e censurou o campo cultural e ridicularizou o campo cultural, é necessário um governo radicalmente democrático, e aberto à participação social e que vai governar junto com a sociedade. É isso que significam os Comitês Estaduais de Cultura”, pontuou.

Já o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, falou sobre os rumos que a formação para as artes e cultura devem tomar. “A gente sabe que existe uma rede potente e real no Brasil de várias instituições culturais no Brasil que atuam com formação das mais diversas linguagens artísticas e essa rede precisa ser potencializada, Essa coordenação deve estar muito trabalhando com a Funarte”.

O secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes, falou sobre a descentralização de recursos para a cultura, sobre a Lei Rouanet, e como deve se estruturar a secretaria que está à frente. “Estamos estruturando duas diretorias: a diretoria de desenvolvimento econômico vai tratar de assuntos interessantes como a estruturação dos mercados criativos e cidades criativas, além da capacitação e o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC). A outra (diretoria) é de políticas do trabalhador da cultura, solicitada pelo presidente Lula, nessa estrutura temos um diálogo com a secretaria do Fabiano Piúba, porque tem ações que têm mais a ver com a secretaria dele. O que provavelmente ficará dentro dessa diretoria é a formalização do trabalho da cultura e o Vale Cultura, que incentiva o consumo cultural”, finalizou o secretário.

Mais sobre o Seminário

O Seminário “O Brasil vai renascer com o MinC e a cultura brasileira” é uma iniciativa dos Laboratórios Culturais, programa formativo que tem o apoio institucional da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e do Cineteatro São Luiz, com realização da Quitanda Soluções Criativas e Instituto BR, produção da Marco Zero e produção executiva da Cinco Elementos Produções.

 

Serviço:

Confira na íntegra o seminário, que foi transmitido ao vivo pelo Youtube da Secult Ceará

Mesa 1 – A cultura na reconstrução do Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=Oi6UHvG-2eM

Mesa 2 – O Ministério da Cultura e os desafios das políticas culturais
https://www.youtube.com/watch?v=bNjb3kVB6Hg