Com apoio da Secult, Bienal de Dança traz “Corpos Velhos”, um dos espetáculos atuais mais emblemáticos e aplaudidos do país

29 de fevereiro de 2024 - 12:11 # # # # #

Em cena, na Bienal da Dança, representantes de uma geração pioneira da dança cênica brasileira, com idades entre 62 e 91 anos.

Bienal “Corpos Velhos – Pra que servem?”, de Luis Arrieta. Foto Silvia Machado

Quem pode dançar? Existe limite de idade para estar em cena? Em artes como o teatro e a música, não é tão raro e não causa tanta surpresa quando artistas 80+ estrelam espetáculos; mas, e na dança? Em “Corpos Velhos – Pra que servem?”, que teve sua estreia em 2023, um grupo de grandes bailarinos de uma geração pioneira da dança cênica brasileira vem mostrando que a dança também não tem idade, não tem tempo. O espetáculo, que no último dia 7 de fevereiro lotou o Theatro Municipal de São Paulo para uma apresentação que resultou em 20 minutos de intensos aplausos, é uma das atrações confirmadas da 14ª Bienal Internacional de Dança do Ceará, que é apresentada pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado do Ceará, Enel Distribuição Ceará e Petrobras. Serão duas apresentações deste espetáculo. A primeira, vai abrir a edição no dia 28 de março, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, a partir das 18h, e a segunda, acontecerá no dia 29 de março, às 20h, no Teatro David Linhares, em Paracuru.

“Corpos Velhos – Pra que servem?” quebra paradigmas sobre a longevidade do bailarino. Este trabalho foi idealizado e dirigido pelo argentino radicado no Brasil, Luis Arrieta (72), bailarino e coreógrafo com uma das mais destacadas carreiras da dança produzida no Brasil. Nesta obra, investiga em cena as danças possíveis para os corpos longevos do grupo de expoentes artistas da dança brasileira: Marika Gidali (86 anos) e Décio Otero (91), ambos fundadores do renomado Ballet Stagium; Iracity Cardoso (78), que fundou em 2008, com Inês Bogéa, a São Paulo Companhia de Dança; Célia Gouvêa (74), formada pelo MUDRA de Maurice Béjart, em Bruxelas, Bélgica, e cofundadora do Grupo CHANDRA (Teatro de Pesquisa de Bruxelas); Lumena Macedo (62), que integrou como bailarina a Cia. Cisne Negro e o Balé da Cidade de São Paulo; Neyde Rossi (85), que integrou grupos como o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio e o Ballet do Teatro Cultura Artística; Mônica Mion (69), que teve atuação ampla no universo da dança, tendo atuado no Ballet Stagium e no Balé da Cidade de São Paulo, no qual fez carreira de mais de 30 anos em diferentes funções, como assistente de coreografia, ensaiadora e diretora; e Yoko Okada (88), que, entre outras companhias, foi solista e assistente do Ballet Lennie Dale, coreógrafo americano de Jazz, ministrou aulas no Cisne Negro Cia. de Dança, diretora artística, coreógrafa e professora do Ballet Nacional do Paraguay, cofundadora e diretora do Ballet Ismael Guiser. Cada um deles traz seus gestos e movimentos, repletos dos erros necessários ao saber, no tempo e no espaço do eterno presente. A resistência está em permanecer fazendo, por si só, ato político, poético e subversivo.

Apresentada pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado do Ceará, Enel Distribuição Ceará e Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, a 14ª Bienal Internacional de Dança do Ceará é uma realização da Indústria da Dança, tendo como patrocinadores Cagece, Banco do Nordeste (BNB) e Petrobras, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio Institucional: Cineteatro São Luiz, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Hub Cultural Porto Dragão, Escola Porto Iracema das Artes, Theatro José de Alencar, Mercado AlimentaCE, Estação das Artes e Secretaria da Cultura do Ceará por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Mecenato). Apoio Cultural: Enel Distribuição Ceará. Este projeto conta ainda com a parceria do Centro Cultural Companhia de Dança de Paracuru, do Sobrado da Abolição /Centro Cultural Eduardo Campos – Pacatuba, da Prefeitura de Itapipoca e da Prefeitura de Trairi, sendo realizado por meio do Edital de Apoio a Festivais Culturais do Ceará da Secretaria da Cultura do Ceará, via Lei Paulo Gustavo.

Ficha Técnica:

Corpos Velhos – Pra que servem?

Direção Geral: Luis Arrieta

Artistas: Célia Gouvêa, Décio Otero, Iracity Cardoso, Luis Arrieta, Lumena Macedo, Marika Gidali, Mônica Mion, Neyde Rossi e Yoko Okada

Assistente de Direção: Lumena Macedo

Assistente Técnico: Fábio Villardi

Iluminação: Silviane Ticher

Vídeo: Vinícius Cardoso

Coordenação Projeto: Portal MUD (Talita Bretas)

Produção: Corpo Rastreado

Apoio: Ballet Stagium, Loty Okada

SERVIÇO

“Corpos Velhos – Pra que servem?” – Dia 28 de março de 2024 no Cineteatro São Luiz, a partir das 18h, e dia 29 de março, às 20h, no Teatro David Linhares, em Paracuru, como parte da XIV Bienal Internacional de Dança do Ceará. Mais informações em breve no site da bienal  e no Instagram @bienaldedanca. Informações: bienaldedancace@gmail.com.