Seminário Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade: 1º dia de programação reuniu especialistas sobre o tema

7 de junho de 2022 - 14:37 #

Ascom Secult

Foto: Hélio Filho

Debater os percursos e colocar em pauta as conquistas do processo de pesquisa do dossiê da candidatura da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade. Esse foi o objetivo do primeiro dia de programação do seminário Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade, nesta segunda-feira, 6, que aconteceu no Mirante do Caldas, em Barbalha, reunindo especialistas no tema para reunião interna. Na manhã desta terça-feira, 7, o seminário tem continuidade no Centro de Convenções do Cariri, no Crato, com atividades abertas ao público e a assinatura da Carta Chapada do Araripe – Somos Patrimônio da Humanidade,a fim de que seja repactuada a Campanha da Chapada do Araripe como patrimônio da humanidade. O evento é resultado da parceria com a Fundação Casa Grande, GeoPark Araripe, Universidade Regional do Cariri (URCA), Fecomércio Ceará, Instituto Dragão do Mar (IDM) e Instituto Mirante, além das secretarias estaduais de Meio Ambiente (Sema) e de Turismo (Setur).

Durante a manhã e a tarde, o grupo convidado trouxe contribuições para debater os próximos passos da candidatura da Chapada do Araripe. Além do secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba, participaram da programação o sociólogo ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, que também fez a curadoria do seminário; o ambientalista ex-ministro do Meio Ambiente João Paulo Capobianco; a representante do Iphan, Candice Ballester; a arquiteta e ex-presidente do Iphan, Jurema Machado, por meio de vídeoconferência, assim como Luiz Fernando Almeida, especialista em patrimônio cultural, também ex-presidente do Iphan; os professores da Universidade de Coimbra Conceição Lopes e Nuno Leal; o fundador da Fundação Casa Grande Alemberg Quindins; o professor da Urca, Patrício Melo; a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira; a presidenta do Instituto Dragão do Mar, Rachel Gadelha; a gestora do Mirante do Caldas, Charmene Rocha; a diretora do Centro Cultural Cariri, Rosely Nakagawa; e a consultora e comunicadora Mercês Parente.

“Temos alguns passos para a chegada da Chapada do Araripe como patrimônio da humanidade. O primeiro reconhecimento tem que ser o da própria comunidade. O segundo tem que ser do estado, e nesse sentido tivemos uma chancela estadual. Criamos uma lei e a Chapada foi aprovada pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural do Ceará (Coepa) como primeira paisagem estadual. A terceira chancela é a do IPHAN e a quarta chancela que é da UNESCO”, comentou o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba.

O ambientalista João Paulo Capobianco reafirmou o discurso do secretário. “Temos que nos reconhecer enquanto patrimônio. Por exemplo, não cabe ao poder público criar uma terra indígena mas a reconhecer a terra indígena. Essa região (da Chapada), pelo que ela possui, ela é patrimônio da humanidade e temos que tomar cuidado para que não se gere uma dúvida. Quando a UNESCO não reconhece, parece que não é patrimônio, mas não podemos gerar um pensamento negativo quanto a isso”, pontuou Capobianco.

Já o curador do seminário, Juca Ferreira, falou sobre a importância de um Plano de Gestão do patrimônio e um Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região. “A contribuição de hoje (do seminário) é para dentro, para fortalecer a lucidez na condução deste processo da candidatura da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade. Amanhã será aberto com objetivo de mobilizar a comunidade e autoridades locais. Esse projeto não é só da conquista do patrimônio, mas de um plano de desenvolvimento sustentável e um plano de manejo sobre todos os bens levantados no estudo técnico que dá origem ao dossiê da candidatura. Essa região está entre as regiões mais ricas culturalmente no Brasil”, frisou.