Seminário Cultura do Acesso retomou as atividades nesta terça, 8/2, com GTs internos

8 de fevereiro de 2022 - 19:21 #

Foto: Felipe Abud/Secult Ceará. Descrição da fotografia: A foto mostra a cena do encontro. As pessoas sentadas em cadeiras, formando um meio círculo em torno da pessoa que está falando ao fundo da imagem, Valéria Cordeiro, coordenadora de Artes e Cidadania da Secult Ceará. 

 

O Seminário Cultura do Acesso iniciou uma nova etapa na tarde desta terça-feira, 8/2, com a realização de Grupos de Trabalho (GTs) internos para debater acessibilidade cultural em museus, bibliotecas, espaços cênicos e centros culturais. Participaram da reunião a coordenadora de Artes e Cidadania da Secult Ceará, Valéria Cordeiro; além de representantes do GT de Acessibilidade Cultural da Secult Ceará, gestores e técnicos de equipamentos culturais do Estado. As atividades continuam até quinta-feira. A programação acontece na sala multiuso no S1 da Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece). Para debater a acessibilidade em museus, neste primeiro momento, o momento contou com a mediação da educadora museal Daina Leyton e da museóloga Aline Rocha, que participou de forma virtual.

A coordenadora de Artes e Cidadania da Secult Ceará, Valéria Cordeiro, destacou que o seminário realizou suas primeiras ações em janeiro e que retoma suas atividades agora, seguindo o cronograma do Percursos (In)Formativos, programa de formação modular da Secult com foco em acessibilidade cultural, relações étnicos-raciais e política de formação em Arte e Cultura. “Hoje iniciamos esses GTs e prosseguiremos em março com mesas e painéis. Também teremos oficinas. Durante esse tempo, várias foram as questões levantadas pelos equipamentos e o GT de Acessibilidade Cultural da Secult e a gente tem o seminário como um ápice dessas discussões ao longo dos anos”, comentou a gestora.

 

Foto: Felipe Abud/Secult Ceará. Descrição da fotografia: A coordenadora de Artes e Cidadania da Secult Ceará, Valéria Cordeiro, aparece em primeiro plano, segurando o microfone. À esquerda da foto está Thamyle Vieira, representante do GT de Acessibilidade Cultural da Secult Ceará. Ambas usam máscara. Ao fundo há um banner do 3ª Seminário Cultura do Acesso. 

 

Representando o GT de Acessibilidade Cultural da Secult Ceará, Thamyle Vieira falou sobre as construções que vêm sendo feitas. ” A gente fica muito contente com este momento. O GT que fazemos parte pensa essa acessibilidade dentro do campo cultural e sentimos urgência de fazer a reunião com gestores de equipamentos e pensar a acessibilidade de uma forma mais transversal. A Secult vem com um discurso forte sobre a acessibilidade e nós, pessoas com deficiência, também fazemos parte dessa representatividade”, pontuou.

Durante a atividade, os participantes debateram sobre acessibilidade em museus a partir de experiências e casos trazidos pelas mediadoras convidadas.

A museóloga Aline Rocha afirmou que a acessibilidade deve ser pensada integralmente aos processos de um museu. “Quando a gente faz um plano museológico devemos fazer um programa de acessibilidade, inclusive com participação da comunidade. Devemos pensar acessível, de forma que não iremos precisar de recursos extras para a acessibilidade, começando por exemplo pelo texto sobre a exposição: linguagem simples, cores com contraste, tamanho adequado da fonte, entre outros”, ressaltou.

Já a educadora museal, Daina Leyton, trouxe uma reflexão sobre o sentido da acessibilidade que se almeja. “Acessibilidade não é promover o acesso ao que existe mas é promover acesso ao que a gente quer que exista”, destacou.

Saiba mais

O Seminário Cultura do Acesso é uma agenda do programa de formação modular Percursos (In)Formativos que consiste em encontros que visam apresentar ideias e discutir informações que ajudem a pensar e elaborar políticas públicas estruturais de acessibilidade no âmbito da Cultura. Escutar, pesquisar, estudar, debater é, portanto, um princípio fundamental para esta jornada.