Ciclos de Trabalho para Implantação da Lei Aldir Blanc tiveram encerramento nesta sexta, 26/6

26 de junho de 2020 - 19:41 # #

 

Os Ciclos de Trabalho para Implantação da Lei Aldir Blanc (PL 1075) no Ceará tiveram seu encerramento nesta sexta-feira, 26/6, reunindo convidados especiais e participação do público pelo Youtube da Secult-CE. A 8ª reunião dos Ciclos de Trabalho contou com contribuições da relatora do Projeto de Lei, a Deputada Federal Jandira Feghali (PC do B); e da autora do PL a Deputada Federal, Benedita da Silva (PT). Também participaram o gestor e um dos formuladores do programa Cultura Viva, Célio Turino; o gestor cultural Alexandre Santini; o gestor do Pontão de Cultura de Campinas (SP), Marcelo das Histórias; o Presidente do Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do Estado do Ceará (DICULTURA), Michelsen Diógenes; a representante da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Vladia Santos; a atriz e conselheira do CEPC, Jéssica Teixeira; e o produtor cultural Xaui Peixoto. Confira na íntegra a 8ª reunião do Ciclos de Trabalho para Implantação da Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural no Ceará: https://youtu.be/oPVc_RyEfos.

A reunião foi marcada por uma homenagem que a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) fez ao mestre da música e cultura brasileira, Gilberto Gil, que completa 78 anos neste 26 de junho. A abertura e o encerramento do momento junto a vários agentes culturais foram para lembrar da trajetória de Gil, por meio de exibição de vídeo. No primeiro vídeo, Gil e Dominguinhos cantando e tocando as músicas “Baião” e “De onde vem o Baião”. No segundo, uma homenagem de artistas e  amigos que regravaram o sucesso “Andar com Fé”.

O secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba, fez a abertura do ciclo de encerramento, parafraseando Gil. “A arte e a cultura vêm debaixo do barro do chão. Pois bem, a Lei Aldir Blanc também vem debaixo  do barro do chão da gente, do Brasil de baixo pra cima. Como diz Célio Turino, vem de uma cultura de base comunitária. Gosto de pensar a cultura como um saber-fazer comum. Portanto, a cultura como solidariedade e elemento – água, terra, fogo e ar – e de transformação de vidas e transgressão de realidades”, destacou em sua fala.

“A Lei Aldir Blanc brotou assim, de um cultivo solidário e generoso para com o trabalhadores da arte e cultura. Foi criado um comité nacional da sociedade civil em torno do pensamento, da formulação e da articulação para a aprovação dessa lei. Vieram as web conferências federais, estaduais,  municipais, setoriais e, de repente, em plena pandemia da Covid-19, nos deparamos com um estado que denominei de estado permanente de Conferência Nacional de Cultura. É um estado de espírito, de ânima e político que foi ganhando força e reacendendo o encantamento pela cultura e a resistência por meio das artes no País”, complementou também o secretário.

A deputada Benedita da Silva destacou a importância do Nordeste na construção do PL 1075. “Não podemos deixar de parabenizar vocês por esses ciclos. Foi uma organização fantástica e extraordinária. Quero agradecer vocês e aos artistas e aos meus colegas, deputados coautores desse projeto de lei, e aos parlamentares em geral. Foi tão bonito ver essa união, essa cooperação de todos. Foi uma articulação que nos deu muita força. Ali, no momento de aprovação do PL na Câmara, prevaleceu o partido da cultura. Todos ali trouxeram contribuições de coletivos do Brasil como um todo. Penso que o Rio de Janeiro se destacou nesse momento, mas foi uma contribuição muito grande com as nossas conversas que começaram pelo Nordeste, recebendo inclusive uma mobilização muito grande do Consórcio dos governadores do Nordeste. Agora estamos numa expectativa. Nós estamos confiantes e com esperança na aprovação da lei”, ressaltou a parlamentar.

Já a deputada Jandira Feghali manifestou otimismo pela sanção da lei pelo presidente da república. “Neste momento, tenho certeza que a lei vai ser sancionada. O compromisso que foi feito pelos líderes do governo em plenário comprova. O que quero dizer nesse fechamento de ciclo é do meu prazer de ver o setor se reestruturando numa agenda cultural que aponta estrategicamente pro futuro, em que estados e municípios ganham protagonismo nesse processo. Os conselhos de cultura vão se ativando. Vai se pensando uma agenda.”, comentou.