A poesia ganha espaço exclusivo na XI Bienal Internacional do Livro do Ceará

14 de dezembro de 2014 - 10:35

Declamados na hora almoço, os versos ganham vida na voz do grupo Templo da Poesia, de cordelistas, de poetas e de visitantes do evento. A atividade “Almoço com poesia: poesia é pra comer”, que acontece na área de alimentação do Centro de Evento do Ceará, vem homenageando grandes poetas brasileiros. Neste sábado, 13/12, os poemas de Moreira Campos, grande homenageado da Bienal, estiveram em destaque.

A Praça José de Alencar está representada em um pequeno palco na praça de alimentação da Bienal. Ali, a poesia é declamada todos os dias na hora do almoço. Aos poucos, uma roda de pessoas vai se formando em torno de poetas e de pessoas que declamam por prazer. Os versos de grandes nomes da poesia, como Carlos Drummond e Quintana aos poucos, tornam o almoço mais prazeroso e vão conquistando o público da Bienal.

Mas não só os consagrados poetas ganham a voz no espaço poético da Bienal. Aberto ao público, o palco é de todos que queiram recitar versos, como explica o poeta Ítalo Rovere, integrante do grupo de poetas Templo da Poesia e um dos organizadores da atividade. “É importante que outras pessoas subam no palco. Eu encorajo as pessoas porque é preciso dar voz à poesia”, afirma Rovere.

Em um pequeno espaço de tempo, é possível notar que jovens poetas circulam o palco da Praça José de Alencar na Bienal. Gabriel Eylon, 18, foi um dos encorajados a declamar um de seus poemas. “Nosso sangue derramado pelo chão sujo/ A honra ganhada com o mérito/ e o mundo ao ver alguém com luxo/ mas guerreiro por saber quanto vale o crédito de ser brasileiro”, declamou ao público.

De Canindé, ele veio especialmente a Fortaleza para participar da Bienal. “Estava passeando por aqui e encontrei esse espaço. Daí fiquei com vontade de ler um dos meus poemas”, conta o jovem que escreve desde os 13 anos, influenciado por seu avô e escritores como Augusto dos Anjos, Jorge Amado e Carlos Drummond.

Ítalo Rovere lembra ainda que o espaço de declamação falta na capital cearense e que muitas pessoas vem procurar o grupo de poetas na Bienal. “Houve um caso de uma senhora de 74 anos que adora declamar poesia. E, quando ela descobriu que poderia fazer isso aqui, nesse espaço, ela se ajoelhou literalmente aos nossos pés”.


Sobre o Templo da Poesia

O grupo de poetas Templo da Poesia começou em 2009, por iniciativa de Ítalo Rovere e Reginaldo Figueiredo. Reunidos pela paixão de escrever e declamar poesias, o grupo hoje reúne 12 poetas cearenses e tem sede na cidade de Maranguape. O coletivo é responsável por diversos projetos voltados a linguagem poética, entre eles o “Viagens Poéticas”, responsável por estampar poesias nos ônibus da capital cearense. Com um stand montado na Bienal, o grupo aproveita para seu trabalho. “A poesia precisa ser lida. A poesia aproxima as pessoas e é a partir dela que podemos pensar num novo mundo”, destaca o poeta Ítalo Rovere.

 

Serviço:

XI Bienal Internacional do Livro do Ceará

Data: 6 a 14 de dezembro de 2014

Local: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza (CE)

Horário de visitação: das 09 horas às 22 horas

Entrada gratuita

 

 

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