Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

31 de julho de 2014 - 12:45

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é o maior equipamento cultural do Ceará, ocupando uma área de 30 mil metros quadrados no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza. O equipamento está vinculado à Secretaria da Cultura do Estado e sob a gestão do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), cujo nome fantasia é Instituto Dragão do Mar.

Aberto ao público de terça-feira a domingo, o Centro Dragão do Mar tem a maior parte da programação com acesso gratuito ou a preços simbólicos, com o objetivo de formar plateia nas diversas linguagens artísticas. É um complexo cultural que reúne o Museu da Cultura Cearense e o Museu de Arte Contemporânea para exposições, o Teatro Dragão do Mar, as salas de cinema do Cinema do Dragão – Fundação Joaquim Nabuco, o Anfiteatro Sérgio Motta e o Planetário Rubens de Azevedo.

O centro cultural conta ainda com auditório, livraria, ateliê de artes, loja de artesanato e cafés, além de áreas abertas onde são realizados espetáculos musicais, teatrais e circenses, feiras, mostras e programação infantil, como a Praça Verde, o Espaço Rogaciano Leite Filho, a Arena do Dragão, o Espaço Mix e o Espaço Multiuso.

O equipamento, projetado pelos arquitetos cearenses Delberg Ponce de Leon e Fausto Nilo, erguido em uma antiga área portuária da cidade, foi entregue à população pelo governador Tasso Jereissati, em 28 de abril de 1999. Localizado em uma zona boêmia e cultural da cidade, o entorno conta com muitas opções de bares, boates, danceterias, restaurantes, teatros e lojas de roupas e artesanatos.

O Centro Dragão do Mar é um espaço destinado ao encontro das pessoas, ao fomento e à difusão da arte e da cultura, idealizado pelo então secretário da Cultura e atual presidente do Instituto Dragão do Mar, Paulo Linhares, e pelo então governador, Ciro Gomes, ainda na década de 90.

O nome do centro cultural é uma homenagem ao jangadeiro Francisco José do Nascimento (1839-1914), cearense de Canoa Quebrada, figura importante na campanha abolicionista. Conhecido como Chico da Matilde, ele recebeu do escritor Aluísio de Azevedo a denominação de Dragão do Mar, após ter virado símbolo da resistência popular contra a escravidão no Ceará, estado que primeiro libertou escravos, bem antes da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.

No dia 1º de janeiro de 1883, na Vila do Acarape, atual município de Redenção, abolicionistas e vereadores alforriaram os trabalhadores cativos. No ano seguinte, em 25 de março de 1884, o presidente da Província, Sátiro de Oliveira Dias, e os deputados da Assembleia Provincial do Ceará declararam libertos todos os escravos.

Desde 1881, ao participar do Congresso Abolicionista, realizado em Maranguape, no dia 26 de maio, Francisco José do Nascimento já se mostrava sensível à causa. Trabalhador portuário, morador das imediações onde hoje está o centro cultural, ele escondia em casa, no início da década de 1880, os escravos foragidos. E liderou a paralisação dos condutores de pequenas embarcações, com a ordem para que nenhum jangadeiro ou trabalhador do mar transportasse para os navios negreiros os escravos vendidos para o Sul do Brasil.

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Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Rua Dragão do Mar 81, Praia de Iracema

Aberto ao público de terça-feira a domingo
Terça a sexta-feira: 8h30min às 21h30min
Sábado e domingo: 14h30min às 21h30min

Contatos
(85) 3488.8600 – 3488.8608
http://www.dragaodomar.org.br
ouvidoria@dragaodomar.org.br
facebook: /dragaodomar