Programação especial no TJA prestou homenagem a Wilemara Barros

12 de abril de 2014 - 16:09

Se abril é o mês da dança no Theatro José de Alencar, a última sexta-feira, 11, foi o dia mais marcante para quem compareceu à celebração dos 50 anos de vida da bailarina Wilemara Barros. A programação especial, realizada em parceria com a Cia Dita, começou na Praça Mestre Boca Rica, com o projeto LongPlay, da DJ Renatinha, em que cada pessoa pôde escolher uma música e dedicar para Wila, como é carinhosamente chamada pelos mais próximos. As trilhas foram da Jovem Guarda de Erasmo Carlos à lambada de Sidney Magal, fazendo o público levantar das cadeiras e iniciar uma noite digna de muita dança.

Ao chegar à praça, com seu companheiro de vida e de dança, o coreógrafo Fauller, Wilemara foi recebida com muitos abraços pelos bailarinos, atores, produtores e pelo público em geral. Paralelamente, um telão exibia imagens retratando diversas fases da vida da artista, que começou sua carreira aos dez anos de idade, quando a mãe, que um dia quis ser bailarina, transferiu o desejo para a filha.

O bailarino Victor Hugo abriu a “Noite de gala: dançando pra Wila”, com um solo misto de dança e interpretação. Fauller  foi o primeiro a subir ao palco, desta vez como mestre de cerimônias. “Me sinto muito emocionado por este momento. Para mim era mais fácil ficar dançando do que falar. Temos uma noite estelar pela frente”, adiantou, lendo em primeira mão o texto que escreveu para Wilemara. “Me diz o segredo do teu encanto, pois contigo não tenho medo de rir de mim mesmo. Me ensina a dançar”, concluiu.

As homenagens não deixaram a desejar, a começar pela ex aluna de Wilemara Rosa Ana Fernandes, que declarou: “Wila, esse solo que você coreografou para mim vai fazer 10 anos. Me lembro quando você chegou na Bailart, sempre tão maravilhosa e humilde, se tornou a nossa diva”. Na sequência, os bailarinos Luiz Otávio Farias, Bruno Gomes e Clarissa Costa executaram solos da Cia Dita, este último dançado originalmente por Wilemara, no espetáculo “Óbvio”, em 2008.

Eduardo Feitosa e Amanda Teixeira emocionaram o público com muita graciosidade em “O Espectro da Rosa”. Já o solista Heber Stalin prestou sua homenagem em um número que começou com sapateado e foi concluído com os dizeres “O que vi em você não era só entusiasmo, era a manifestação da vida”. A programação incluiu ainda performance de dança flamenca de Graça Martins, seguida por “Cravos Dançam Rosas”, no qual Bruno Gomes, Fabiano Veríssimo, Luiz Otávio Queiroz, John Pessoa e Thiago Pinheiro Braga relataram momentos marcantes de suas aulas com Wila.

A surpresa da noite ficou por conta de Douglas Motta, acompanhado por fortes aplausos do público. “Este espetáculo é dedicado a esta pessoa que nasceu artista. Esta pessoa apaixonada e apaixonante”, destacou o bailarino. Júlio Cesar Costa encerrou as apresentações, com sua performance cheia de energia e brilho, reunindo ao final todos os bailarinos para um caloroso abraço coletivo em Wilemara. De volta à Praça, um grande bolo de aniversário aguardava a homenageada com direito a parabéns e a um show acústico com Wilenaina Barros (voz) e Dani Mello (cordas).

50 anos celebrando a vida com dança

A celebração da trajetória da bailarina começou em janeiro e se estende ao longo do ano. Mês a mês, o Theatro José de Alencar e a Cia Dita realizam atividades em comemoração aos 50 anos de vida e aos 40 de dança de Wilemara.

O sonho de ser bailarina veio da mãe e virou realidade no dia em que Maria Neide Barros saiu do bairro Carlito Pamplona para levar a primogênita de dez anos ao primeiro teste na Escolinha de Balé do Sesi da Barra do Ceará, no começo dos anos 70. Sem tirar os pés do bairro onde nasceu e mora ainda hoje, Wilemara superou todas as expectativas e previsões pessimistas, e ganhou o mundo dançando, de corpo e alma, por inteiro.

Entre os principais espetáculos de que a bailarina participou estão “De-Vir”, de 2002, que a fez saltar para apresentações em diversos estados do Brasil e países da América do Sul, Europa e África; “Inc.”, “L’après midi d’un Fauller” e “Corpornô”, da Cia. Dita, e o clássico, comportado e romântico balé “Giselle”, no qual foi protagonista.

 

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