Realização da II Conferência Estadual de Cultura
11 de janeiro de 2013 - 18:20
A realização da II Conferência Estadual de Cultura do Ceará, plenária estadual, teve como eixo estratégico dois momentos de grande significância, a saber:
O estudo preliminar de todas as propostas advindas dos municípios, análise do seu conteúdo e sistematização, registro histórico documental de todo o processo participativo em que se deflagraram as conferências; Elaboração do Plano geral da Plenária Estadual, do processo metodológico de sua realização, definindo estrategicamente cada etapa, desde os momentos preparatórios da acolhida dos delegados e infra-estrutura do encontro, quanto ao detalhamento da programação, o devir da política pública cultural num pleno exercício de cidadania, de criação e experimentação democrática e participativa, de deliberação das diretrizes da política cultural no âmbito estadual, com indicativos para a Conferencia Nacional.
Em um primeiro momento foi realizado um estudo preliminar de todas as propostas pela Comissão de Organização da Plenária, que teve como resultado um Documento Síntese contendo as diversas impressões e debates orais das idéias que se fizeram presentes nas Conferências Municipais e intermunicipais. A idéia central do documento veio no sentido de dar visibilidade aos diversos participantes das conferencia, contextualizar a totalidade dos múltiplos acontecimentos, tornar viva as suas propostas, ponto de partida para o debate na Plenária Estadual. Registro concreto das experiências de cultura da população cearense. Dentro da programação da Plenária Estadual este documento foi discutido nos grupos dos eixos temáticos, num total de dez (10), com cinquenta (50) participantes cada, sendo que cada um desses grupos contou com a palestra inicial sobre o eixo temático, com renomado personagem da cultura e arte cearense, aqui elencados:
Eixo 1- Produção Simbólica e Diversidade Cultural – Izaira Silvino e Oswald Barroso;
Eixo 2- Cultura, Cidade e Cidadania – Humberto Cunha e Glória Diógenes;
Eixo 3- Cultura e Desenvolvimento Sustentável – Teresa Tavares e Preto Zezé;
Eixo 4- Cultura e Economia Criativa – Maria Amélia Mamede e Roberto Galvão
Eixo 5- Gestão e Institucionalidade da Cultura – Fátima Mesquita e Campelo Costa.A realização da programação da Plenária Estadual tomou como referencia o aspecto conceitual, debate do temário geral, texto base da conferencia e as múltiplas manifestações artísticas e culturais, numa mistura de linguagens e signos caracterizando a diversidade cultural do Estado.
Metodologicamente a programação da II Conferencia Estadual de Cultura primou pela seguinte lógica:
1) – Exposição geral do temário da conferência – fala dos dirigentes públicos, Ministério da Cultura e Secretario Estadual de Cultura;
2) – Painéis de debate e apresentação dos eixos temáticos da conferência, mediante a realização de palestras individualizadas do conteúdo pertinente a cada um dos cinco eixos temáticos;
3) – Trabalho em grupo para aprofundamento e discussão dos relatórios advindos dos municípios, documento síntese, e elaboração das propostas para o Estado e União. A grandeza desse processo veio com a participação da plenária nos debates, elucidando todas as suas dúvidas e ampliando conhecimento. Cenário de criação, de troca, de experimentos conceituais e vivenciais que teve seu inicio no dia 8 de dezembro no Centro Cultural Dragão do Mar e se estendeu pelos dias 9 e 10 no Condomínio Espiritual Uirapuru, em que os sons, expressão dos nossos artistas, se misturam com as falas, gestando diversos movimentos, constituindo uma nova história na cultura cearense. O fato de a programação intercalar momentos gerais em que se deu as exposições gerais dos conferencistas e trabalhos em grupos, subdivisão em dez grupos de 50 pessoas, com uma nova exposição e aprofundamento de cada um dos eixos temático fez com que os participantes se engajassem ativamente nos debates e nas deliberações das propostas. Aspecto qualitativo que culminou com a apresentação das estratégias dos eixos temáticos, sua sistematização, demonstrando assim o domínio e a apropriação do conteúdo pelos participantes da plenária estadual. Frente a toda esta positividade, no geral, as dificuldades apontadas se referiram ao tempo, para os participantes o ideal seria em torno de três dias de plenária. É fato que quando a alegria toma conta da nossa existência à vida fica leve, o tempo se esvai em nossas mãos deixando a doce sensação de pertencimento histórico, de que a vida é fluxo permanente de criação nas linhas do tempo.