LEI ALDIR BLANC | Projeto Mandinga na Ribeira lança Aplicativo para cegos MEMÓRIAS DE ABAYOMI, pioneiro no Brasil em acessibilidade na cultura afro-indígena
8 de abril de 2021 - 12:51
LEI ALDIR BLANC | Projeto Mandinga na Ribeira lança Aplicativo para cegos MEMÓRIAS DE ABAYOMI, pioneiro no Brasil em acessibilidade na cultura afro-indígena
O projeto Mandinga na Ribeira Memórias de Abayomi, apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura através do Fundo de Emergência Cultural com recursos provenientes da lei federal n° 14.017, de 29 de junho de 2020, edital Arte Livre – Edital De Criação Artística – Lei Aldir Blanc Ceará, lança, como um dos recursos de acessibilidade, o aplicativo para celular Memórias de Abayomi, que apresenta uma exposição dos principais instrumentos musicais do acervo do coletivo Mandinga na Ribeira, intitulada O Toque do Olhar na Cultura Afro-Indígena. A ferramenta, pioneira no Brasil, foi desenvolvida com o objetivo de difundir e democratizar as linguagens da cultura afro-indígena para o público com deficiência visual que, segundo dados do IBGE, somam, aproximadamente, 29 milhões de brasileiros.
Segundo Pretinho Jones, idealizador do Projeto Mandinga na Ribeira Memórias de Abayomi, “a ideia surgiu na busca do coletivo Mandinga na Ribeira por soluções em acessibilidade cultural para as pessoas com deficiência visual, dado que o projeto foi pensado para abranger em suas ações todas as pessoas, sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações”.
Unindo os saberes e fazeres ancestrais com o que há de mais moderno em tecnologia, o aplicativo conta com audiodescrição de todas as telas, histórico (em áudio) das peças expostas, execução sonora dos instrumentos e navegação feita por comando de voz, de forma clara e instrutiva, proporcionando uma experiência única de autonomia para pessoas cegas e de baixa visão, e possibilitando o acesso sem barreiras aos bens e produtos culturais de matriz afro-indígena.
Com esta ação, o coletivo Mandinga na Ribeira de Arte e Cultura dá um passo importante no que diz respeito à salvaguarda do patrimônio cultural afro-indígena do estado do Ceará e do Brasil, bem como na garantia plena dos direitos culturais às pessoas com deficiência visual.