Escola de Gastronomia Social apresentou resultados do ano de 2020

31 de março de 2021 - 18:19 #

 

Desde segunda-feira (29) a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco – equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) – tem realizado uma programação virtual no YouTube intitulada “Cultura é alimento: compartilhando resultados”, trazendo histórias de vida relacionadas à gastronomia social e à cultura alimentar cearense. Na tarde desta quarta (31), encerrando as atividades, a programação contou com a apresentação das ações da escola em 2020/2021 e com o lançamento do documentário do Laboratório de Criação, apresentado pela superintendente da Escola de Gastronomia, Selene Penaforte, e pela coordenadora de Cultura Alimentar na Escola, Lina Luz. Participaram também o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba; o secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, De Assis Diniz; a diretora de formação e criação do Instituto Dragão do Mar, Bete Jaguaribe; o vice-prefeito de Fortaleza e superintendente do Iplanfor, Élcio Batista; e o representante do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Hardi Vieira. Confira aqui na íntegra a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=vrgE1qbQ7UI.

Ao apresentar os números da escola em 2020, a superintendente da Escola de Gastronomia, Selene Penaforte, destacou o projeto Cozinha Social, que contemplou 10 associações com 420 horas de formação, resultando na distribuição de 66.745 refeições distribuídas no período de 2020, durante a pandemia. “O grande diferencial é que a gente não só produziu alimentos, mas a gente formou pessoas que foram selecionadas por meio de edital público. Participaram 10 associações comunitárias que já tinham um trabalho nesse sentido de atendimento à população vulnerável. Formamos então dez cozinhas no âmbito do empreendedorismo social. A ideia é que eles possam desenvolver seus próprios negócios sociais. Além de alimento, eles levaram afeto,acolhimento e solidariedade às comunidades de Fortaleza”, ressaltou a gestora.

O secretário Fabiano Piúba felicitou a Escola de Gastronomia pelo projeto solidário e falou sobre a abrangência dos impactos do equipamento cultural. “O último artigo que escrevi se chama ‘Cultura é abraço’ e traz percepções da cultura. Uma delas é a cultura como cultivo, que  é algo que requer tempo e cuidado para plantar, regar e colher. Cuidado no sentido amplo, pois a cultura é uma promotora da saúde. Esse primeiro sentido da cultura como cultivo tem uma relação direta com a escola, ao compreendermos todo o ciclo, toda a cadeia da cultura alimentar, que vai desde quem plantou, colheu até quem cozinhou e partilhou a comida. São ciclos orgânicos e culturais. Outra percepção é da cultura como saber. Como arte e ofício. Pois a gastronomia é também uma arte e ofício. Ela precisa de ambientes de formação como são as escolas, que traz essa percepção da gastronomia como uma expressãocriativa mas também como expressão de identidade de um povo e de um lugar. Por fim, a cultura alimentar é economia, portanto gera riqueza. É interessante isso de como uma escola é um ambiente de intersetorialidade de políticas públicas. É impossível pensar a escola de gastronomia como sendo só de cultura ou de formação. Ela é uma política também de desenvolvimento agrário, é uma política de meio ambiente, porque traz a dimensão da sustentabilidade. Esses números da escola revelam impactos importantes para a gastronomia e a cultura alimentar. A escola compõe uma rede importante de equipamentos da Secult, com gerência do Instituto Dragão do Mar, que se fortalece por meio de parcerias importantes que a gestão tem buscado, como a do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA)”, pontuou o secretário.

Em 2020 foram realizados 81 cursos básicos somando1360 horas de formação, para 3.393 pessoas matriculadas na Escola de Gastronomia. Já os Laboratórios de Criação em Cultura Alimentar, inspirados na iniciativa do Porto Iracema das Artes, contemplou 4 pesquisas, para um público de 609 pessoas em atividades abertas. Foram 1920 horas de participação em atividades.

 

Sobre a Escola 

Instituição da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB) é gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). O nome faz referência ao fundador do grupo M. Dias Branco, que financiou a sede doada para o Estado em uma parceria público-privada.

O centro de formação oferece cursos básicos e profissionalizantes em cozinha, panificação e confeitaria, além de mentorias para desenvolvimento de produtos e projetos, por meio do Laboratório de Criação em Cultura Alimentar e Gastronomia Social.

Todas as atividades são gratuitas, mediante inscrição e processo seletivo. O público-alvo preferencial da escola é formado por jovens em situação de vulnerabilidade social e adultos com ou sem experiência em gastronomia.