Escola de Cultura e Artes CCBJ estreia “Como se ainda existíssemos”: experimento cênico exibido no Youtube CCBJ nesta sexta (18)

17 de dezembro de 2020 - 12:58 # # #

Stefany Mendes, aluna do Curso Extensivo em Teatro ensaia Psicose de Sarah Kane na She House                                            

Fonte: Registro virtual através da plataforma Zoom.

A turma do Curso Extensivo em Teatro da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), apresenta em sua nova experimentação cênica de conclusão de curso, um mergulho em dramaturgias de autores, que conversam sobre o existencialismo, amor, morte e esperança em tempos de pandemia. A atividade será exibida nesta quinta-feira (17) na plataforma Zoom com acesso gratuito e direto, e na sexta-feira (18) no Youtube CCBJ, a partir das 20h.

“Como se ainda existíssemos” narra as histórias de diferentes personagens em suas diversas realidades que tentam encontrar novas formas de sobreviver aos novos tempos. De se relacionar com o outro em corpo e energia mesmo distantes. Metades conectadas apenas por telas quadradas frias. E quando voltamos? Quando tudo será como antes? Questões que retratam as angústias, sentimentos e circunstâncias que marcam esse período pandêmico que o mundo atravessa. 

Esses corpos em jogo, vivenciam e experimentam em seus espaços cotidianos, hoje habitados e invadidos por aquilo que antes acontecia lá fora, o estar em cena e o se relacionar com o outro que ganham novos significados neste espetáculo. As conexões possíveis! E elas cada vez mais necessárias, circulam as mentes desses personagens que buscam respostas para as tantas perguntas, as quais nos fazemos dia a dia. E onde buscar essas respostas? Talvez na terra, no chão, na natureza, no mundo quase devastado, empobrecido, sujo! Mas, que ainda existe!

O espetáculo da turma joga sua inquietação, protagonizando através de textos, performances e músicas investigados pelos atuantes no decorrer dos diversos módulos, as quais tiveram contato ao longo do ano. 

Caminhamos muito, muito para chegarmos até aqui. Não tem sido fácil por infinitas razões, dentre tantas, o contexto de uma pandemia que transformou radicalmente a dinâmica de vida de milhões de pessoas. Entender tudo isso, e seguir de modo que permita os pulmões ainda respirarem já é grande coisa. Depois, o modo de produção capitalista, nunca deixou de nos escravizar. Durante o isolamento social, todo o circuito trabalhista veio para nossa casa. Fazemos da mesma, nossa extensão do que outrora, vivíamos em diversos espaços. O teatro sempre foi para mim, uma linguagem de comunicação com a alma. Por isso mesmo, não posso negar, que esse processo de fazer teatro online, tem sido um grandioso desafio, uma volta ao sol todos os dias, tentando equilibrar as órbitas”, expõe Edivânia Marques, estudante do Curso, ao falar das suas impressões sobre o processo criativo.

Estamos nas últimas atividades que compõem o processo de montagem. “COMO SE AINDA EXISTÍSSEMOS está sendo totalmente adaptado para as plataformas virtuais. Nosso texto traz uma reflexão sobre o nosso papel nas relações sociais, ainda influenciada por vários fatores. O processo colaborativo tem se revelado altamente eficiente na busca de um espetáculo que representa vozes, idéias e desejos de todos que o constrói”, expressa Kennedy Costa, estudante do Curso.

Sinopse

No presente, online, em quadros e telas, como se ainda existíssemos. O que tanto esperamos? Que vacina poderá nos salvar da descrença num mundo que cada vez mais mina nossas potências de vida? “É que a gente é metade, a gente sempre para na metade”. Com dramaturgia coletiva e composições com textos dos atores, além de Samuel Beckett, Sarah Kane e Miró da Muribeca, a segunda turma do Curso Extensivo em Teatro do Centro Cultural Bom Jardim apresenta o experimento cênico de conclusão do curso. Na busca inquieta de pensar sobre esperança, amor e morte a partir da relação fraturada que estabelecemos com o mundo contemporâneo, “Como se ainda existíssemos” se pergunta onde, afinal de contas, encontraremos nossa ânsia de vida.

She House – locação onde se passa parte do espetáculo

 ” Casa Ela” é  um espaço de produções artísticas independentes no Grande Bom Jardim. A casa ganhou potência artística quando a artista Stefany Mendes, também aluna do curso, passou a morar lá realizando ensaios com seu grupo musical para o lançamento de um espetáculo chamado “Ela”, (de onde vem o nome do local). Por fazer vários experimentos no espaço, juntando artistas da periferia para fazeres artísticos, um lugar onde acontece saraus e rodas de conversa.

 

Curso Extensivo de Teatro

Oferecido pela Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), propõe uma imersão no fazer teatral por meio da abordagem das diversas atividades que ele compreende, tais como: atuação, direção, cenografia, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, produção etc. Pretende-se que o estudante, ao vivenciar a composição da cena a partir desses diferentes lugares, compreenda a complexidade das práticas teatrais e esboce seu próprio perfil como criador. O curso teve seu início em julho de 2019, é certificado pela Universidade Federal do Ceará e completa 1000h/a. Por meio de seleção/audição, contempla artistas de diversos lugares da cidade de Fortaleza, sendo a  maior parte dos seus integrantes, moradores (as) da região do Grande Bom Jardim, chega a uma etapa encaminhativa de conclusão, para muitos (as), a montagem de um espetáculo online, devido o contexto de Pandemia da Covid 2019. Ainda continua com alguns módulos durante os dois primeiros meses de 2021, a fim de completar a carga completa de 1000h/as. 

Ficha Técnica

Dramaturgia: Coletiva                                                                                                                   

Dramaturgistas: Sheyla Lima, Baruque Teixeira, Viviane Vale, Ítalo Saldanha, Jéssica Alves e Edivânia Marques.                                                                                                             

Direção artística: Altemar Di Monteiro                                                                     

Assistência de Direção e Monitoria: Amanda Freire                                                                 

Elenco: Aurianderson Amaro, Baruque Teixeira, Brena Canto, Davi Lobo, Edivânia Marques, Glauber Silva, Ítalo Saldanha, Jéssica Alves, Kennedy Costa, Pablo Guilherme, Stefany Mendes, Sheyla Lima e Viviane Vale                                                                                       

Músicas e sonoplastia: Stefany Mendes, Baruque Teixeira, Pablo Guilherme e Edivânia Marques                                                                                                   

Ilustração e vídeo-animação: Davi Lobo                                                                                            

Captação de imagens: Aurianderson Amaro, Edivânia Marques e Ítalo Saldanha                               

Edição de vídeos: Aurianderson Amaro                                                                                

Colaboração de comunicação: Aurianderson Amaro, Baruque Teixeira, Jéssica Alves, Stefany Mendes e Viviane Vale.                                                                                                         

Orientação de produção: Silvianne Lima                                                                                 

Coordenação pedagógica: Kelly Enne Saldanha e Henrique Gonzaga

 

 

Serviço:

Dia 17/12 (quinta)

20h – Como se ainda existíssemos

Onde:   Plataforma Zoom – https://cutt.ly/shOiXve  

 

Dia 18/12 (sexta)

20h – Como se ainda existíssemos

Onde: YouTube do Centro Cultural do Grande Bom Jardim: https://www.youtube.com/channel/UC37W8tTphfoxr0TF4GGdSXA