Ceará Indígena – Povos Indígenas como Guardiões da Memória e de Práticas Culturais

19 de abril de 2018 - 18:04

Anacé (São Gonçalo do Amarante e Caucaia), Gavião (Monsenhor Tabosa, Boa Viagem e Tamboril), Jenipapo-Kanindé (Aquiraz) , Kalabassa (Crateús e Poranga), Kanindé (Aratuba e Canindé), Kariri (Crateús), Pitaguary ( Maracanaú e Pacatuba), Potiguara (Crateús Tamboril, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente), Tabajara (Crateús, Poranga, Tamboril, Monsenhor Tabosa e Quiterianópolis), Tapeba ( Caucaia e Maracanaú), Tremembé ( Acaraú, Itapipoca e Itarema), Tubiba-Tapuya (Monsenhor Tabosa e Tamboril), Tapuya-Kariri (São Benedito e Canindé) e Tupinambá (Crateús). A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará reconhece os Povos Indígenas como Guardiões da Memória e de Práticas Culturais específicas no território cearense.

Dia 19 de Abril demarca a reflexão sobre presença indígena no mundo e valorização de seu Patrimônio Cultural. É nossa missão trabalhar na efetivação de seus Direitos na Cultura, contribuindo para seu reconhecimento e desconstrução dos preconceitos sobre seus corpos, estéticas e memórias. Reconhece-Los como produtores de conhecimento sobre sua Ancestralidade, diversidade na composição e construção das identidades cearenses e com acúmulo de saberes nas diversas areas como medicina tradicional, culinária, dança, canticos)

O fortalecimento das Políticas Culturais indígenas é percebida na representação de seus Povos em diversas instâncias. Por meio do Edital Tesouros Vivos foram contemplados 03 Mestres da Cultura, Pajé Luís Caboclo Mestre Cacique João Venâncio (ambos de Itarema e titulados em 2008) a Mestra Cacique Pequena de Aquiraz (titulada em 2015). Estes detentores tem a compromisso de nos ensinar sobre suas práticas, as formas de preservarem seus saberes impressa em seus corpos, na pintura, na oralidade, nos cânticos, no Toré sagrado e forte ancestralidade que é a base da memória indígena nas aldeias. Demais demandas são encaminhadas através dos membros do Conselho Estadual de Cultura vinculado a Coordenadoria de Ação e Diversidade Cultural e no Comitê Gestor de Políticas Culturais Indígenas vinculada a Coordenadoria de Patrimônio Histórico-Cultural e neste ano está previsto a elaboração do Plano Setorial das Políticas Culturais Indígenas, norteado pelo Plano Estadual da Cultura conforme a Lei 16. 026 de 01/06/2016

Em 2017, a Bienal Internacional do Livro do Ceará produziu a interação destes saberes no Espaço dos Mestres e Mestras da Cultura no Centro de Convenções com o tema “ A alma é um encanto, a memória divina; Roda de Saberes da Cultura Indígena” com a Mestra Cacique Pequena, Mestre Pajé Luís Caboclo e Mestre Cacique João Venâncio e mediação de Alênio Carlos, Coordenador do Patrimônio Histórico Cultural da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.

Durante todo o mês, as Etnias Indígenas protagonizaram programações nos diversos equipamentos da Secult, aliando a tradição dos mais antigos denominados “Troncos Velhos” e as produções da juventude, como o acontecido “Programa História com Pipoca com a exibição dos curtas “A Invenção do Ceará” e Programa História com Pipoca com a exibição dos curtas “A Invenção do Ceará” e “Povo Tapeba: lutas e resistências” com a o Weibe Tapeba, ocorrido no sábado no Museu do Ceará; a Exposição Juventude Indígena, produzidas por sete etnias e curadoria do fotógrafo Iago Barreto e aberta para visitação no Porto Iracema até dia 11 de maio.