Cineteatro São Luiz apresenta Mostra “Olhar Nativo” em alusão ao Dia do Índio, de 19 a 23/4, trazendo diversos filmes e show com Marlui Miranda

18 de abril de 2016 - 14:47


O Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, apresenta de terça-feira a sábado da próxima semana, dias 19 a 23/4, a Mostra Especial “Olhar Nativo” em alusão ao dia do Índio. Diversos filmes (curta e longa-metragem) e um show foram pensados especialmente para este momento, trazendo um pouco da história, cultura, resistência e da vida dos índios brasileiros e de outras regiões da América à tela do Cineteatro. Entre os filmes selecionados pela curadoradoria do São Luiz está o indicado ao Oscar “O Abraço da Serpente”, dirigido por Ciro Guerra.

A programação, que segue até o sábado, 23/4, traz ainda a Sessão Sonora Especial composta pela exibição do filme “As Hiper Mulheres” e o show com a cantora e compositora Marlui Miranda. O documentário de uma hora e vinte de duração fala do maior ritual feminino do Alto Xingu, o Jamurikumalu e, na atividade de sábado, é seguido de Show “Fala de Bicho, Fala de Gente” com a cantora e compositora Marlui Miranda. A Sessão Sonora possui ingresso único para sessão de cinema + show: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia).


Show “Fala de Bicho, Fala de Gente”


Na apresentação de sábado, dia 23/4, a Vencedora do 26o Prêmio da Música Brasileira 2015 como Melhor Cantora Regional, Marlui Miranda divulga a cultura indígena através de canções que formam uma espécie de gênesis de nosso cancioneiro popular, representando a fronteira entre nossos parâmetros sonoros contemporâneos e uma remota e intangível ancestralidade musical. O show é composto por músicas do seu mais recente CD, Fala de Bicho, Fala de Gente, que apresenta 11 cantigas do povo Juruna gravadas, de forma inédita. Todas foram adaptadas e rearranjadas pelo renomado músico inglês John Surman que buscou cobrí-las com uma textura de harmonia, improvisos, acordes, percussões e pequenas alterações em sua linha melódica.

Sobre Marlui Miranda

Cantora, compositora e arranjadora, produtora cultural, dedicada há quase trinta anos à pesquisa e produções musicais na área da música indígena, Marlui Miranda é reconhecida como a mais importante intérprete e pesquisadora da música indígena do Brasil. Marlui Miranda recebeu a Medalha do Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2002, em reconhecimento à sua contribuição à cultura no Brasil. Recebeu em dezembro de 2005 o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, por sua contribuição ao desenvolvimento da cultura e sustentabilidade na Amazônia Brasileira. Foi supervisora musical do filme de Hector Babenco “Brincando nos Campos do Senhor” e recebeu o prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Cinema de Brasília com o filme “Hans Staden”, de Luís Alberto Pereira.

As interpretações de Marlui Miranda no disco “Fala de Bicho, Fala de Gente” possibilitaram uma combinação proposital de ingredientes brasileiros e estrangeiros (africanos, celtas), que sintetizam as personalidades de cada um resultando num caráter universalista que é inerente à música Juruna. O resultado é um trabalho primoroso e, acima de tudo, respeitoso de recriação para o povo Juruna, apresentando o repertório com a devida consideração por importantes fatores de sua ordem cultural.

:. Confira a programação detalhada:

/19/04 (terça-feira)

[CINEMA] OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

14h30 – Mostra de Curtas

Borum-Krenak

Dirigido por Adriana Jacobsen | Documentário | Brasil | 10min | 2014

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: A história desconhecida de um povo que sobreviveu à colonização do Vale do Rio Doce. Quando os portugueses chegaram no Sudeste do Brasil, grupos nômades, que se autodenominavam “borum” (o ser), viviam na Mata Atlântica que cobria a bacia do Rio Doce. Eles passaram a ser chamados de “botocudos” pelos portugueses. Como resistiam aos avanços dos colonizadores, os borum se tornaram um empecilho para a Coroa Portuguesa, que declarou a Guerra Justa, legalizando assim sua escravidão e extermínio. No século XVIII, a fama de selvageria dos botocudos despertou a curiosidade de naturalistas e pesquisadores europeus, entre eles o príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied e a princesa Teresa da Baviera. Os dois registraram em diário sua expedição pelo Espírito Santo. O príncipe levou consigo seu tradutor e guia botocudo para a Europa. Já a princesa, em 1888, encontrou às margens do Rio Doce um grupo chamado nak-ne-nuk, do povo borum, confinados em um posto militar de aldeamento. Na história brasileira, os borum não existem e os botocudos ainda são representados como guerreiros canibais e primitivos, extintos no século passado. No entanto, os borum sobreviveram, e contam aqui a sua versão da história dos botocudos e da colonização da bacia do Rio Doce.

Tembîara

Dirigido por Jackson Abacatu | Animação | Brasil | 11min | 2011

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: Narrado na língua tupi, “Tembîara” traz a história de três caçadores, uma caça e um observador, em um lugar onde a ação pode se tornar inútil ante seu objetivo.

Xetá

Dirigido por Andrea Tomeleri e Nelson Settanni | Documentário | Brasil | 21min | 2011

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: Durante o desordenado processo de colonização do noroeste do Paraná, nos anos 40 e 50, foi avistada uma população indígena que até então havia tido pouquíssimo contato com o homem branco. Logo o povo Xetá foi expulso de suas terras, vitimado por ações de extermínio e, os poucos sobreviventes, dispersos para outros locais. A quase extinção dos Xetá acabou contribuindo para provocar um desastre ecológico irreversível na região.

Tupinambá – O Retorno da Terra

Dirigido por Daniela Alarcon | Documentário | Brasil | 25min | 2015

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: Há dez anos, os Tupinambá esperam a conclusão do processo de demarcação de sua terra. Nesse quadro, vêm realizando ações coletivas conhecidas como retomadas de terras, recuperando numerosas áreas no interior de seu território que estavam em posse de não-indígenas. Por essa razão, têm sido alvos de criminalização e ataques violentos, tanto por parte do Estado brasileiro, como por indivíduos e grupos contrários à garantia de seus direitos. Para contar essa história, reunimos depoimentos e sequências gravadas em maio de 2014 na aldeia Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, sul da Bahia (Brasil), assim como imagens de arquivo. No filme, a história de expropriação e resistência dos Tupinambá é narrada segundo a perspectiva dos indígenas, para quem a terra pertence aos encantados, as entidades mais importantes de sua cosmologia.

[CINEMA] 16h30 – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

Espelho Nativo”

Dirigido por Philipi Bandeira | Documentário | Brasil | 52min | 2009

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: A comunidade indígena dos Tremembé é protagonista nesse documentário que busca, por meio das relações dos índios com a sociedade “branca”, e da interação dos indígenas com o fazer do documentários, aproximar-se das questões prementes que envolvem o tema indígena no estado do Ceará.

[CINEMA] 19h – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

Suaçuamussará”

Dirigido por Henrique Dídimo | Documentário | Brasil | 1h26 | 2015

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: Duas lideranças do povo Tremembé, o Cacique João Venança e o Pajé Luís Caboco, partem em busca de seus “parentes”, os povos indígenas do Estado do Ceará, refazendo uma trajetória percorrida anos atrás. Um caminho cheio de encontros, aprendizagens e trocas, entre o litoral, as serras e o sertão. Em cada comunidade, um lugar encantado, um ritual, uma dança, uma bebida sagrada. E muitas histórias: sobre os ancestrais, a natureza, os costumes, a luta pela terra, a educação diferenciada, a alimentação, a religiosidade. Histórias que revelam nossas origens, nossos ancestrais, nossa Herança Nativa.

20/04 (quarta-feira)

[CINEMA] 14h – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

Suaçuamussará”

Dirigido por Henrique Dídimo | Documentário | Brasil | 1h26 | 2015

Data e horário de exibição: Dia 19, às 19h

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: Duas lideranças do povo Tremembé, o Cacique João Venança e o Pajé Luís Caboco, partem em busca de seus “parentes”, os povos indígenas do Estado do Ceará, refazendo uma trajetória percorrida anos atrás. Um caminho cheio de encontros, aprendizagens e trocas, entre o litoral, as serras e o sertão. Em cada comunidade, um lugar encantado, um ritual, uma dança, uma bebida sagrada. E muitas histórias: sobre os ancestrais, a natureza, os costumes, a luta pela terra, a educação diferenciada, a alimentação, a religiosidade. Histórias que revelam nossas origens, nossos ancestrais, nossa Herança Nativa.

[CINEMA] 16h30 – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

A Nação Que Não Esperou Por Deus”

Dirigido por Lucia Murat | Documentário | Brasil | 1h29 | 2015

(Entrada: Inteira R$ 6,00 / Meia R$ 3,00 | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: O documentário gira em torno da tribo indígena Kadiwéu que vive no Mato Grosso do Sul. A diretora visitou a tribo primeiramente em 1999 para gravar outro filme e agora em 2013/2014. Nesses quase 15 anos, a luz elétrica, a televisão e as igrejas evangélicas chegaram ao local, além da luta de terra dos Kadiwéu contra os pecuaristas. A intenção é analisar os diferentes caminhos da tribo perante os acontecimentos.

[CINEMA] 19h – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

O Abraço da Serpente”

Dirigido por Ciro Guerra | Drama, Aventura | Colômbia, Venezuela, Argentina | 2h4 | 2016

(Entrada: Inteira R$ 6,00 / Meia R$ 3,00 | Classificação Indicativa: 12 anos)

Sinopse: Théo (Jan Bijvoet) é um explorador europeu que conta com a ajuda do xamã Karamakate (Nilbio Torres) para percorrer o rio Amazonas. Gravemente doente, ele busca uma lendária flor que pode curar sua enfermidade. Quarenta anos depois, a trilha de Théo é seguida por Evan (Brionne Davis), outro explorador que tenta convencer Karamakate a ajudá-lo.

21/04 (quinta-feira)

[CINEMA] 14h – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

A Nação Que Não Esperou Por Deus”

Dirigido por Lucia Murat | Documentário | Brasil | 1h29 | 2015

(Entrada: Inteira R$ 6,00 / Meia R$ 3,00 | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: O documentário gira em torno da tribo indígena Kadiwéu que vive no Mato Grosso do Sul. A diretora visitou a tribo primeiramente em 1999 para gravar outro filme e agora em 2013/2014. Nesses quase 15 anos, a luz elétrica, a televisão e as igrejas evangélicas chegaram ao local, além da luta de terra dos Kadiwéu contra os pecuaristas. A intenção é analisar os diferentes caminhos da tribo perante os acontecimentos.

[CINEMA] 16h30 – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

O Abraço da Serpente”

Dirigido por Ciro Guerra | Drama, Aventura | Colômbia, Venezuela, Argentina | 2h4 | 2016

(Entrada: Inteira R$ 6,00 / Meia R$ 3,00 | Classificação Indicativa: 12 anos)

Sinopse: Théo (Jan Bijvoet) é um explorador europeu que conta com a ajuda do xamã Karamakate (Nilbio Torres) para percorrer o rio Amazonas. Gravemente doente, ele busca uma lendária flor que pode curar sua enfermidade. Quarenta anos depois, a trilha de Théo é seguida por Evan (Brionne Davis), outro explorador que tenta convencer Karamakate a ajudá-lo.

22/04 (sexta-feira)

[CINEMA] 14h – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

Suaçuamussará”

Dirigido por Henrique Dídimo | Documentário | Brasil | 1h26 | 2015

Data e horário de exibição: Dia 19, às 19h

(Entrada: Gratuita | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: Duas lideranças do povo Tremembé, o Cacique João Venança e o Pajé Luís Caboco, partem em busca de seus “parentes”, os povos indígenas do Estado do Ceará, refazendo uma trajetória percorrida anos atrás. Um caminho cheio de encontros, aprendizagens e trocas, entre o litoral, as serras e o sertão. Em cada comunidade, um lugar encantado, um ritual, uma dança, uma bebida sagrada. E muitas histórias: sobre os ancestrais, a natureza, os costumes, a luta pela terra, a educação diferenciada, a alimentação, a religiosidade. Histórias que revelam nossas origens, nossos ancestrais, nossa Herança Nativa.

[CINEMA] 16h30 – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

A Nação Que Não Esperou Por Deus”

Dirigido por Lucia Murat | Documentário | Brasil | 1h29 | 2015

(Entrada: Inteira R$ 6,00 / Meia R$ 3,00 | Classificação Indicativa: Livre)

Sinopse: O documentário gira em torno da tribo indígena Kadiwéu que vive no Mato Grosso do Sul. A diretora visitou a tribo primeiramente em 1999 para gravar outro filme e agora em 2013/2014. Nesses quase 15 anos, a luz elétrica, a televisão e as igrejas evangélicas chegaram ao local, além da luta de terra dos Kadiwéu contra os pecuaristas. A intenção é analisar os diferentes caminhos da tribo perante os acontecimentos.

[CINEMA] 19h – OLHAR NATIVO: Programação especial em alusão ao Dia do Índio

O Abraço da Serpente”

Dirigido por Ciro Guerra | Drama, Aventura | Colômbia, Venezuela, Argentina | 2h4 | 2016

(Entrada: Inteira R$ 6,00 / Meia R$ 3,00 | Classificação Indicativa: 12 anos)

Sinopse: Théo (Jan Bijvoet) é um explorador europeu que conta com a ajuda do xamã Karamakate (Nilbio Torres) para percorrer o rio Amazonas. Gravemente doente, ele busca uma lendária flor que pode curar sua enfermidade. Quarenta anos depois, a trilha de Théo é seguida por Evan (Brionne Davis), outro explorador que tenta convencer Karamakate a ajudá-lo.

23/04 (sábado)

[MÚSICA] SESSÃO SONORA Olhar Nativo

16h – Exibição do filme “As hiper mulheres”

18h – Show “Fala de Bicho, Fala de Gente” com Marlui Miranda

Classificação: 10 anos (Obs: Devido ao filme)

(Entrada: R$20,00 / R$10,00 / Classificação: Livre)

16h – As Hiper Mulheres

Dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro | Documentário | Brasil | 1h20 | 2011

(Classificação Indicativa: 10 anos)

Sinopse: Com receio que sua esposa já idosa venha a falecer, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

18h – Show “Fala de Bicho, Fala de Gente” com Marlui Miranda (Duração: 1h15)

Sinopse para folder:

Vencedora do 26o Prêmio da Música Brasileira 2015 como Melhor Cantora Regional, Marlui Miranda tem como principal objetivo a divulgação da cultura indígena através de canções que formam uma espécie de gênesis de nosso cancioneiro popular, representando a fronteira entre nossos parâmetros sonoros contemporâneos e uma remota e intangível ancestralidade musical. No seu mais recente CD, Fala de Bicho, Fala de Gente, foram gravadas, de forma inédita, 11 cantigas do povo Juruna. Todas foram adaptadas e rearranjadas pelo renomado músico inglês John Surman que buscou cobrí-las com uma textura de harmonia, improvisos, acordes, percussões e pequenas alterações em sua linha melódica.