Programação de shows do Festival Música na Ibiapaba começa nesta quinta, 20/11, com apresentações em quatro cidades

19 de novembro de 2014 - 11:15

A programação de shows do XI Festival Música na Ibiapaba, realizado pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado (Secult) e pela Associação dos Produtores de Discos do Ceará (Prodisc), tem início nesta quinta-feira, 20/11, com apresentações em quatro municípios, sempre com entrada franca. O Ceará Brass Quinteto se apresenta a partir das 19h, em Tianguá. Às 20h, o Duomax sobe ao palco em São Benedito, no Galpão dos Feirantes, e o Siara Quarteto se apresenta no Teatro João Barreto, em Guaraciaba do Norte. Fechando a programação da noite, o grupo de choro Murmurando sobe ao palco em Ibiapina, a partir das 21h, no Calçadão da Liberdade.

O festival segue até dia 22/11, quando acontecem as apresentações dos resultados finais das oficinas e shows de artistas convidados, entre eles Marcos Lessa e Lídia Maria, em Viçosa do Ceará. Mais shows musicais acontecem na sexta-feira, nas cidades de Carnaubal, Croatá, Ipu e Ubajara, também com entrada franca.

Já as oficinas promovidas pelo Festival continuam diariamente, em um total de nove municípios da Serra da Ibiapaba, além de Sobral. Os estudantes de música, junto aos professores, já começam a preparar um repertório que será apresentado na culminância do evento, neste sábado, em Viçosa do Ceará.

As aulas intensivas motivam intensamente os alunos que estão frequentando a décima primeira edição do festival. Em Ipiabina, cidade onde acontecem oficinas de cordas populares e de sopro, há aluno que participa das duas oficinas diariamente. É o caso do músico Átila Michel, 26. De tarde, ele é um destaque na turma do professor Samuel Rocha, onde todos tocam violão. Michel faz diferente, quando dialoga com as outras cordas a partir de seu melodioso seu violino, instrumento ao qual ele se dedica desde 2004. À noite, ele aproveita para aprender um pouco mais da técnica de outro instrumento que toca na banda da cidade, o bombardino, na oficina de sopro ministrada pelo professor Giltácio Santos.

Michel conta que já participou de três edições do festival. “Minha primeira vez foi em 2011. Ano passado fomos, todos da banda, para Viçosa. Agora, estou aproveitando tudo, faço as duas oficinas aqui em Ibiapina”, comenta. O músico ressalta ainda a importância do evento: “O festival é importante não só para mim, mas para todo estudante que gosta de música, como para aquele que nunca teve a oportunidade de vivenciar um momento como esse, onde vários músicos se encontram”.

Canto coral

A professora de canto coral, Patrícia Marin, que acompanha o festival desde longa data, comenta que os alunos “vêm com muita sede de aprender” e que, por isso, “eles aprendem muito rápido”. Em sua oficina, ministrada na cidade de São Benedito, ela dá aula para uma turma de uma faixa etária ampla. “Há desde aqueles com mais experiência, como os que estão começando a cantar”, detalha a professora.

Ítalo da Silva Sousa, 17, é um exemplo de quem está buscando um aprofundamento da técnica vocal. O jovem, que acompanhou as aulas da professora Patrícia tem um desejo: ser cantor. Ele comenta seus primeiros dias de aula: “Achei legal. A professora falou tudo sobre canto. Vimos (como acontece) uma divisão entre vozes, timbres. Sou músico, toco tuba na Filarmônica Infanto Juvenil da cidade e sou locutor da Rádio Antena Norte, mas gosto de cantar”. Depois de praticar, Ítalo já não vê a hora de subir em um dos palcos do festival em Viçosa, no dia 22.

Preparando o repertório

Antes da culminância do festival no dia 22, em Viçosa, as cidades recebem apresentações acústicas de grupos e músicos convidados. Na ocasião, os grupos formados por estudantes nas oficinas também deverão dar uma palhinha. Giltácio Santos, que está ministrando aula de sopro em Ibiapina, destaca que já está repassando o repertório de apresentação com alunos. Tendo recebido como estudantes, em sua maioria, membros da banda de música local, o professor diz que irá preparar músicas entre o chorinho e o frevo. Além disso, ele revela que está tentando unir sua turma com a do prof. Samuel Rocha, que ministra aula de cordas populares na mesma cidade.

A ideia de unir os alunos para a apresentação na cidade também se repete em Carnaubal. Na cidade, os estudantes da oficina de sopro do prof. Willian Ciriaco, que também são em sua maioria integrantes da banda local, deverão se unir com os participantes da oficina de canto coral ministrada pela musicista Marcia Costa. “As expectativas são positivas, tendo em vista mais um encontro que proporcionará trocas de conhecimento entre estudantes e servirá para um maior aprendizado enquanto praticam em conjunto” – destaca o professor e saxofonista Willian Ciriaco.

1.200 vagas para estudantes

O festival disponibiliza 1.200 vagas para estudantes de música que queiram participar das 40 oficinas. As vagas foram preenchidas com prioridade para inscritos residentes nos municípios que sediam o festival. Para cada oficina, 10 vagas estão sendo destinadas a estudantes provenientes de municípios-sede e cinco vagas serão para os estudantes de outras cidades.

A escolha dos professores para ministrar as oficinas do festival foi feita via seleção pública. Cada professor atuará em um município, onde deverá formar duas turmas: uma pela manhã e outra pela tarde.

Oficinas e instrumentos

As oficinas do XI Festival Música na Ibiapaba estão divididas em nove categorias: instrumento de sopro, canto, instrumentos de cordas friccionadas, instrumento de corda popular, percussão (bateria e percussão), teclados, prática de conjunto, formação de professores de música e empreendedorismo (produção, comunicação e negócios em música).

Para que houvesse a definição das oficinas realizadas, a equipe da Coordenadoria de Ação Cultural (Codac) da Secult e a Comissão de Curadoria do Festival entraram em contato com os professores de música dos municípios para ouvir sugestões de cada um deles. O objetivo foi levar oficinas específicas, em sintonia com a vocação e a necessidade de formação em música, em cada cidade.  A Comissão de Curadoria do festival, neste ano, é composta por José Brasil Filho, diretor da Escola de Música de Sobral; Ivan Ferraro, diretor da Feira da Música de Fortaleza e presidente da Prodisc; e Alfredo Barros, professor da Universidade Estadual do Ceará e idealizador e regente da Orquestra Sinfônica da Uece (Osuece).

Serviço:

XI Festival Música na Ibiapaba

Até 22 de novembro, em Viçosa do Ceará, Croatá, Carnaubal, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ipu, São Benedito, Sobral, Tianguá e Ubajara.

Realização: Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará e Prodisc.

Parceria: Prefeituras dos municípios participantes.

www.festivalmusicaibiapaba.com.

Informações: 3262-5011.