Memória
10 de janeiro de 2013 - 11:27
Título: A Machadada: poema fantástico (1860) – 3ª edição/ A Porangaba: lenda americana (1861) – 3ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação: Batista de Lima
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia
Nº de páginas: 136
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, folha de rosto original da primeira edição (acervo pessoal de José Augusto Bezerra) e da 2ª edição de A Porangaba, capa da primeira edição de A Machadada, óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo, fotografia do auditório restaurado da Casa de Juvenal Galeno.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Sobre A Machadada: O que se deu foi que, uma dessas paradas para revista do Batalhão da Guarda Nacional, na praça da Matriz, aconteceria justamente no dia e horário marcados para um almoço, na casa da Lagoa Funda, Jacarecanga, à convite do Dr. Coutinho. Gonçalves Dias, que estava doente à época, e hospedado na casa do Dr. Ratisbona, chegou ao almoço com Freire Alemão, Tomás Pompeu, Bandeira de Melo, Ratisbona e Numa Pompílio, onde se encontrava também o Dr. Capanema. Galeno faltou à parada, participou do almoço, degustando um peru e desgostando seu comandante, um dos homens mais importantes da cidade, que, como pena disciplinar, mandou recolhê-lo durante seis dias na prisão do Estado-Maior da tropa. Juvenal tinha apenas 24 anos. Revolta-se e, como resposta, escreve e publica, na Tipografia Americana de Teotônio Esteves de Almeida, mesmo diante de apelos para não fazê-lo, A Machadada: poema fantástico, onde, além de outras coisas, compara o “miserando João” com um camelo. Os amigos de Galeno, em pirraça, distribuem a obra a quem podem. Esta, possivelmente, a primeira obra literária impressa no Ceará.
A Porangaba: lenda americana, poemeto indianista de Galeno, é publicado pela Tipografia Cearense de Joaquim José de Oliveira. Distribuído em quinze cantos, A Porangaba é uma lenda contada por um caboclo a Galeno, conforme o próprio Autor explica. Nela, discorre a história trágica de Porangaba, bela índia tabajara, oferecida, aos quinze anos, ao português visitante (o personagem não tem nome, sendo chamado pelo narrador de Luso, Lusitano, Emboaba ou Branco), tradição da tribo. O aventureiro, entretanto, parte, na manhã seguinte, deixando triste a índia que o esperaria durante três anos. Pirahuá, valoroso guerreiro tabajara, entretanto, nesse ínterim, recebe Porangaba em casamento, como presente da tribo, pela sua atuação heroica nas guerras travadas. Porangaba aceita-o com apatia, afinal, a sua alma já havia sido oferecida ao branco ingrato. Passados os três anos, o Emboaba regressa à procura daquela por quem se apaixonara — não o percebera de imediato — e, ao encontrá-la, suplicar seu perdão e jurar seu amor, amam-se, às margens da lagoa de Arronches, sendo logo surpreendidos pelo caçador Pirauhá que mata, em batalha feroz, o seu opositor, e condena à morte, crivada por flechadas, a amada esposa que o traía.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Arquitetura Ferroviária no Ceará: registro gráfico e iconográfico
Série: Memória
Autor: José Capelo Filho e Lídia Sarmiento
Coordenação Editorial: Raymundo Netto e Moacir Ribeiro da Silva
Coedição: Secult – Edições UFC
Assunto: História – Arquitetura – Patrimônio
Nº de páginas: 272
Dimensões: 21 x 21 cm
Outros: Fotos, plantas das estações e pontes, ilustrações, material de pesquisa histórica e arquitetônica do acervo do engenheiro Mr. Hull.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Com o objetivo de garantir o registro de informações para futuros trabalhos de restauração, os arquitetos Capelo Filho e Lídia Sarmiento organizaram, a partir do acervo especialíssimo do engenheiro Frank Reginald Hull, uma série de documentos, dentre os quais, a synopse histórica da Estrada de Ferro de Baturité e o contrato de arrendamento da União com a South American Railway Construction Company, Limited, além de dados principais das estações ferroviárias em municípios cearenses (nas linhas da Estrada de Ferro de Baturité e Sobral, principalmente) e a pesquisa histórica sobre as locomotivas e seu desenvolvimento.
Biografia breve dos Autores:
José Capelo Filho é arquiteto, graduado pela Faculdade de Artes e Arquitetura da Universidade Federal do Ceará, em 1972. Doutorado pela Universidade Politécnica Superior de Arquitetura de Barcelona, Espanha.Foi Professor Assistente do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará e Professor Adjunto do Instituto Superior Politécnico José Antônio Echeverría em Havana, Cuba. Diretor do Departamento de Patrimônio Histórico-Cultural da Fundação Cultural da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Lídia Sarmiento García San Miguel é arquiteta de nacionalidade cubana, graduada em 1979 pelo Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría em La Habana, Cuba. Doutorado, pela Universidade Politécnica de Barcelona, em Cátedra Gaudi sobre Conservação e Restauração de Monumentos. Diretora do Departamento de Arquitetura da Oficina do Historiador da Cidade de La Habana, Cuba.
Título: Cantigas Populares – 2ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação (à primeira edição): José Aurélio S. Câmara
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia
Nº de páginas: 152
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, capa da partitura Hino a Juvenal Galeno (Filgueiras Lima e Silva Novo), óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo, foto da herma de Galeno, poemas de Galeno publicados até o número 12 da revista Fortaleza, textos e /ou poemas de Freitas Nobre, Juvenal Galeno, Austregésilo de Athayde, Antônio Sales, reprodução de original de poema de Juvenal.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Livro póstumo de Juvenal Galeno, lançado pela Casa de Juvenal Galeno em comemoração aos 50 anos de sua fundação. Composto por poesias com temáticas variadas, do lírico ao folclórico. A data apresentada ao final do livro, corresponde ao período em que se encontrava absolutamente cego. Alguns poemas, como O Cearense, tiveram bastante repercussão entre seus leitores o que levou à sua reprodução, juntamente com a 2ª edição de A Porangaba, em 1991.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Cenas Populares – 4ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação: Sânzio de Azevedo
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Conto
Nº de páginas: 244
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, capa da 2ª edição (1902), óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo, fotos de utensílios e trajes de Galeno, carta de José de Alencar e prefácio à 3ª edição assinado por Florival Seraine.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Primeiro livro de contos cearenses, Cenas foi publicado em 1871. Obra composta por oito contos de Galeno, dentre eles: Os Pescadores, Senhor das Caças, Folhas Secas, Clara e O Serão. Único livro de Galeno totalmente em prosa.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Cronologia Comentada de Juvenal Galeno
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Raymundo Netto
Organização e Nota Editorial: Raymundo Netto
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Biografia
Nº de páginas: 98
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Pesquisa cronológica sobre Juvenal Galeno e sua obra, destacando trechos de livros e analisando questões sobre a sua importância e produção textual. Um convite, fartamente ilustrado, à reflexão sobre autor e obra.
Título: Folhetins de Silvanus – 3ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação (à primeira edição): Renato Braga
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia e Prosa – sátira
Nº de páginas: 250
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, capa da 1ª edição de Folhetins de Silvanus (1891), óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo, foto da herma de Galeno.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Livro de sátiras e críticas de costumes, em verso e em prosa, Folhetins de Silvanus é uma coletânea de textos extraídos do jornal A Constituição, onde Galeno, sob pseudônimo, publicava. Obra, até então, de pouco acesso. Entretanto, com sua publicação, os leitores perceberão a mudança dos tempos, final do século XIX, pelo olhar atento do Poeta, além de conhecer um pouco mais do homem por trás das letras em suas angústias e reflexões.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Lendas e Canções Populares – 5ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Estudo Biobibliográfico: Dimas Macedo
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia
Nº de páginas: 560
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, folha de rosto da primeiras edições de Lendas e Canções… (acervo da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, da Casa de Juvenal Galeno e de Raymundo Netto), óleo sobre tela de Jane Blumberg, de Otacílio de Azevedo e de Vicente Leite (acervo da Casa de Juvenal Galeno).
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Lendas e Canções Populares é considerada, por muitos, a obra-prima de Galeno. Foi publicada pela Tipografia de João Evangelista. A poesia simples, nativista, aparentemente ingênua e profundamente social seria logo utilizada como instrumento de agitação. Em meio a campanhas abolicionistas na Fortaleza, recitavam-se lado a lado a poesia de Castro Alves e de Galeno, visto então, como poeta abolicionista. José Aurélio Saraiva Câmara enfatiza ser o Lendas e Canções “livro de alta expressão humana e folclórica, onde reluz um protesto contra a escravidão e a justiça social”.
Antônio Sales, em Retratos e Lembranças: reminiscências literárias afirma que “Juvenal foi também talvez, o primeiro poeta abolicionista do Brasil”.
Nas palavras de Galeno, em junho de 1864, na apresentação de Lendas e Canções…, o lamento por saber sua obra incompreendida entre a intelectualidade e a classe dominante, entretanto, valorizada pelo povo: “Sei que mal recebido serei nos salões aristocratas e entre os críticos que, estudando no livro do estrangeiro o nosso povo, desconhecem-no a tal ponto de escreverem que o Brasil não tem poesia popular! (…) Desprezado nos salões, encontrarei bom gasalhado na oficina, na choça, no seio do povo; o operário entoará no trabalho estas canções, as crianças repeti-las-ão no lar, e o veterano recrutado, o escravo, o oprimido… derramarão muitas lágrimas ao escutá-las. E, assim, cumprirei a minha missão.”
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Lira Cearense – 2ª edição – fac-similar
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia
Nº de páginas: 140
Dimensões: 28 x 14 cm
Outros: Fotos de Juvenal, utensílios domésticos da família Galeno, óleo sobre tela de Jane Blumberg, de Otacílio de Azevedo e de Alejandre Shutka (acervo da Casa de Juvenal Galeno).
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Na Província, Juvenal Galeno se tornara a figura dominante no meio literário, chegando a montar uma tipografia, denominada “do Comércio”, para publicar suas obras, o que, depois dele, também faria o Barão de Studart. Na referida oficina foi editado, pelo proprietário, o periódico Lira Cearense, que saía aos domingos, sempre com novas produções poéticas” (Nobre, Geraldo em A Introdução à História do Jornalismo Cearense). De fato, de janeiro a fevereiro, o Lira era distribuído, semanalmente, num total de oito números. Nelas, encontravam-se poesias datadas de 1866 e 1872, sob o título de Canções Populares (Lira Popular). Em março, entretanto, o folheto passou a ser distribuído mensalmente, e apresentava poesias sob o título de Ecos Silvestres (Lira Americana). Então intitulado Porangaba: lagoa de Arronches, a saga da índia tabajara, editada em 1861, seria impressa no nº. 9, de março de 1872.
Em abril, Juvenal publica as Folhas do Coração (Lira Íntima). Ao final do ano, reúne todas as suas publicações e imprime a edição Lira Cearense, com o subtítulo Poesias Populares — Americanas — e Íntimas.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Medicina Caseira – 2ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação (à 1ª edição): Oswaldo Riedel, médico e farmacêutico.
Apêndice: estudo da historiadora Georgina da Silva Gadelha
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia
Nº de páginas: 192
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal e de momentos da Casa de Juvenal Galeno, capa da 1ª edição, óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo, fotos de vidraria de Galeno.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Livro póstumo de Juvenal Galeno, lançado pela Casa de Juvenal Galeno em comemoração aos 50 anos de sua fundação. Composto por poesias sobre temas medicinais e meizinhas, onde o Poeta, que havia anos colecionava anotações e recortes de jornais e revistas, crente que era na medicina caseira e na necessidade do povo de dar continuidade à prática, mesmo na época em que a medicina avançava em tecnologia, por saber que tal avanço custava caro e o povo não poderia usufruir dos novos milagres anunciados.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Na Esfera das Letras: registros e apresentações
Série: Memória
Autor: Joaryvar Macedo
Prefácio e Roteiro Biográfico: Dimas Macedo
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Imagem de capa: Nanquim de Geraldo Jesuíno
Assunto: Literatura – Resenhas
Nº de páginas: 115
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Reunião de diversas resenhas escritas por Joaryvar Macedo e publicadas em periódicos como O Estado do Cariri (Juazeiro do Norte), A Ação (Crato), Correio do Ceará, Tribuna do Ceará e O Catolé (os três em Fortaleza), ou em forma de apresentações de livros redigidas por solicitação dos autores. Dentre os autores resenhados por Macedo, neste livro: Mozart Soriano Aderaldo, Carlso Studart Filho, Risette Cabral Fernandes, J. Calíope, Raimundo Girão, Jurandy Temóteo, Orlando Tejo, José Pereira Gondim, Deusdedit Leitão, Cândida Galeno, Everardo Nobre, Ludmila Mendonça, Pe. Sadoc Araújo, Geraldo Nobre, Elias Sobral, Ribeiro Ramos, Aldenor Benevides e muitos outros.
Biografia breve do Autor:
Joaquim Lobo de Macedo, o Joaryvar Macedo, filho de Antônio Lobo de Macedo, político e poeta popular, e Maria Torquato Gonçalves de Macedo, nasceu no dia 20 de maio de 1937, no Sítio Calabaço, Lavras da Mangabeira, Ceará. Cursou as primeiras letras em sua terra natal. Foi aluno do Seminário Diocesano do Crato e do Arquidiocesano de Fortaleza. Cursou Teologia nos Seminários de Recife/PE e Olinda/PB. Ingressou na Faculdade de Filosofia do Crato em 1965. Pós-graduou-se em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Católica de Salvador/BA. Lecionou em estabelecimentos de ensino de Juazeiro do Norte, na Faculdade de Filosofia do Crato e na Universidade Regional do Cariri. Escritor, ensaísta e historiador, dedicou-se ao estudo da formação étnica, histórica e cultural da Região do Cariri. Fundou e dirigiu, por mais de dez anos, o Instituto Cultural do Vale Caririense. Em 1983, transferiu-se para Fortaleza onde assumiu o cargo de Assessor Especial do Presidente do Conselho de Educação do Ceará. Foi Secretário da Cultura e Desporto do Estado do Ceará (1983-1987) e Presidente do Conselho Estadual de Cultura. Recebeu do Governo do Estado a Medalha José de Alencar. É Patrono da Cadeira nº. 5 da Academia Lavrense de Letras. Integrou diversas instituições culturais, no Brasil e no exterior, dentre elas: Instituto Cultural do Cariri, Academia Cearense de Letras, Instituto Genealógico Brasileiro, Instituto do Ceará, Academia Internacional de Letras “3 Fronteiras”, Academia Internacional de Ciências Humanísticas, Academia Castro Alves/BA e Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Faleceu em Fortaleza, a 29 de janeiro de 1991.
Título: Prelúdios Poéticos – 2ª edição
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação: Sânzio de Azevedo
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura Poesia
Nº de páginas: 160
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, folha de rosto da primeira edição de Prelúdios Poéticos (acervo da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel), óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo, fotografia de Galeno jovem colhida na serra da Aratanha, por daguerreótipo da Comissão Científica em passagem no Ceará, em 1860. Ano de publicação: 2010
Sinopse: Livro de estreia de Juvenal Galeno, impresso na Tipografia Americana de José Soares de Pinho, Rio de Janeiro, com o dinheiro que seu pai havia dado para que viajasse e conhecesse as novas técnicas agrícolas de cafeicultura. Sânzio de Azevedo, em sua apresentação à 2ª edição de Prelúdios Poéticos, afirma: “Juvenal Galeno, já em seu livro de estreia, fazia palpitar, ainda que timidamente em seus versos de principiante, a alma do povo cearense, da qual ele seria, nove anos mais tarde, o legítimo intérprete, nas Lendas e Canções Populares. A obra é o marco do Romantismo no Ceará.
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Quem com Ferro Fere com Ferro será Ferido (1859) – 1ª edição/Canções da Escola (1871) – 2ª edição.
Série: Memória – Juvenal Galeno: obra completa
Autor: Juvenal Galeno
Organização: Raymundo Netto
Apresentação: Ricardo Guilherme
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Dramaturgia Literatura Poesia
Nº de páginas: 96
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Outros: Fotos de Juvenal, folha de rosto da primeira edição de Canções da Escola (acervo da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel), capa do manuscrito original de Quem com Ferro Fere… (acervo da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel), óleo sobre tela de Jane Blumberg e de Otacílio de Azevedo.
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Em Quem Com Ferro Fere, Com Ferro Será Ferido, Juvenal denuncia e critica o abuso da autoridade dos delegados nas pequenas cidades do interior, a utilização do recrutamento e da cadeia pública como instrumentos de vingança, a omissão e a parceria dos latifundiários, dos ricos e dos padres aos desmandos do poder, a hipocrisia e discriminação social, a deficiência e corrupção da justiça, o estado de pobreza e penúria da maior parte da população indefesa. É Galeno que, mesmo em condições financeiras privilegiadas, com 23 anos já manifestava a sua posição de defensor de um povo oprimido. Marcelo Costa, estudioso e pesquisador do teatro cearense, em sua coletânea de artigos, acusa: “seria oportuno pesquisar se não teria sido esse trabalho [Quem com Ferro Fere…] de Juvenal Galeno o primeiro trabalho teatral cearense. Assim, o grande poeta criador da poesia popular no Brasil seria também o iniciador do teatro escrito e encenado no Ceará.”
Pela Tipografia do Comércio, com venda na livraria de Joaquim J. d’Oliveira, Canções da Escola, obra adaptada pelo Conselho de Instrução Pública do Ceará para uso nas aulas do Curso Primário, tinha o objetivo, segundo o Poeta, de “desenfadar o menino, alegrando-lhe o espírito e de predispô-lo, portanto, para continuar o trabalho, — ensina-lhes úteis preceitos e serve-lhes de estímulo, prêmio e castigo, acabando por uma vez com a palmatória, esse brutal recurso da inépcia no Magistério. É, sem dúvida, condição essencial do progresso no ensino, que a criança ame o mestre e a escola, e deleite encontre na lida que lhe cabe na idade dos brinquedos e sorrisos; que veja no seu mestre um amigo carinhoso, e não o desapiedado algoz; n’aula a casa do contentamento, e não a do martírio; e na convivência dos livros sinta entusiasmo e gosto, e não o tédio e o sono. Conseguindo isto, nada mais falta conseguir. E qual o meio mais eficaz do que a canção, a harmonia, esse doce poder que tudo vence na terra?”
Biografia breve do Autor:
Juvenal Galeno, nascido, em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, foi poeta de profunda inspiração social, além de contista e dramaturgo. Filho de abastado agricultor, aprendeu a ler (conhecendo inclusive o Latim) em Pacatuba, e mais tarde ingressaria no Liceu do Ceará. Em 1855, desembarcou no Rio de Janeiro, onde conheceu Paula Brito, Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Joaquim Manuel de Macedo, dentre outros, e passou a escrever para o Marmota Fluminense. Em 1856, ainda no Rio, com o dinheiro que seu pai lhe deu para aprofundar-se na cultura cafeeira, publicou Prelúdios Poéticos, seu primeiro livro, marco inaugural do romantismo cearense. Em 1857, regressou a Fortaleza, passando a atuar na política local. Em 1860, publicou A Machadada. Nesse período, colaborou com diversos periódicos como O Cearense, Pedro II, A Constituição e o carioca Revista Popular. Em 1861, Quem com ferro fere, com ferro será ferido, comédia de Galeno, foi levada à cena, e A Porangaba, poema indianista, é publicado. Em 1865, lançou Lendas e Canções Populares, ápice de sua maturidade poética, e, em 1871, Canções da Escola, destinada às escolas públicas, e Cenas Populares, o primeiro livro cearense de contos. No ano seguinte publicaria a coletânea Lira Cearense. Padeiro-mor honorário (1895), participou do Clube Literário e foi um dos fundadores do Instituto do Ceará (1887). De 1889 a 1908 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado, afastando-se quando da constatação da cegueira definitiva. Entretanto, em 1891, publicou Folhetins de Silvanus, livro de sátiras sociais e políticas. Faleceu em 7 de março de 1931. Em 1969, por ocasião do 50º aniversário da Casa de Juvenal Galeno, foram publicados os inéditos Medicina Caseira e Cantigas Populares, frutos de seu derradeiro recolhimento.
Título: Retratos e Lembranças: reminiscências literárias – 2ª edição
Série: Memória
Autor: Antônio Sales
Apresentação e notas: Sânzio de Azevedo
Coordenação Editorial: Raymundo Netto
Edição: Secult
Assunto: Literatura – Artigos
Imagem de capa: “Antônio Sales”, óleo sobre madeira de Otacílio de Azevedo.
Nº de páginas: 140
Dimensões: 14,2 x 20,8 cm
Ano de publicação: 2010
Sinopse: Reunião de 34 artigos, publicados anteriormente na imprensa (entre 1901 e 1937), focalizando personalidades da literatura brasileira. Dentre elas: Lívio Barreto, Juvenal Galeno, Machado de Assis, José de Alencar, Lúcio Mendonça, Álvaro Martins, Mário da Silveira, Antônio Bezerra, Érico Veríssimo, Graça Aranha, Visconde de Taunay e outros.
Biografia breve do Autor:
Antônio Sales nasceu em Paracuru (antigo Parazinho), em 1868. Aos 14 anos veio a Fortaleza, onde trabalhou como caixeiro em casas comerciais. Publicou seu primeiro soneto em A Quinzena, do Clube Literário (1886). Estreou, em livro, com Versos Diversos (1890). Aos 22 anos, era funcionário Público. Mais tarde, Secretário da Justiça e Interior e, em 1893/96, Deputado Provincial. Em 1892 fundou, como “Moacir Jurema”, o grêmio literário mais original da história cearense, a Padaria Espiritual, formulando seu famoso Programa de Instalação. Em 1896, transferiu-se para o Rio de Janeiro quando ingressou no Tesouro Nacional. Conhecido como idealizador e correspondente da Padaria Espiritual, foi rapidamente acolhido, destacando-se como uma grande expressão de seu tempo. Em 1901 era um dos redatores do Correio da Manhã. No Rio, tinha a amizade de Machado de Assis, Afonso Celso, Olavo Bilac, Lúcio de Mendonça, Graça Aranha e outros. Por solicitação de José Veríssimo, biografou os quarenta imortais da Academia Brasileira de Letras na Revista Brasileira. Dentre suas obras: A Política é a Mesma (em parceria com Alfredo Peixoto, 1891), Trovas do Norte (1895), Poesias (1902), Aves de Arribação (em livro, 1914), Minha Terra (1919), Panteon (opúsculo, 1919), O Mata-Pau (1931), Retratos e Lembranças (1938) e, postumamente, Águas Passadas (1944) e Fábulas Brasileiras (1944). Em 1920 retorna ao Ceará, onde falece em 1940.