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Espaços

3 de janeiro de 2013 - 18:04

Exposições de longa duração

Memorial Frei Tito de Alencar: A exposição apresenta alguns objetos pessoais do cearense Tito de Alencar Lima, com o objetivo de provocar reflexões sobre a trajetória de vida desse frei dominicano que sofreu os ditames do regime militar implantado no Brasil, durante a década de 1960 a 1980.

Fortaleza: “Imagens da cidade’‘: A exposição é um caleidoscópio de tempos e espaços que se entrelaçam no intuito de estimular a reflexão sobre a constituição da cidade de Fortaleza, desde os tempos de ”vila do Forte” até a sua configuração atual de metrópole.

Povos indígenas: Aqui são expostos objetos relativos à cultura indígena, recolhidos em diferentes lugares do Brasil, entre eles o Ceará. São peças oriundas em grande parte da coleção de Tomaz Pompeu Sobrinho, cearense que se dedicou a estudar a organização das comunidades nativas.

Artes da Escrita: A proposta dessa sala é instigar o debate acerca da produção escrita de vários intelectuais cearenses, muitos dos quais filiados a determinados movimentos ou agremiações literárias e de ciências que se estabeleceram no Ceará (como a Padaria Espiritual, a Academia Cearense de Letras, Instituto Histórico, Centro Literário etc).

Religiosidade popular: Essa sala concentra algumas peças referentes ao universo religioso que envolve dois homens que aturam no Cariri, região sul do Ceará. Um deles foi Padre Cícero Romão Batista, que fundou a cidade de Juazeiro do Norte. Outro foi o Beato José Lourenço, que organizou a comunidade de Caldeirão.

Escravidão e abolição negra: A finalidade dessa exposição é incitar a discussão sobre as memórias construídas acerca da escravidão negra e do abolicionismo no Ceará, desmistificando o epíteto de “Terra da Luz” que o Estado recebeu ao decretar oficialmente o fim da escravatura em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea (1888).
Ceará: serra, sertão e mar: Como o título sugere, essa sala busca promover uma análise sobre o Ceará a partir dos distintos territórios geográficos que o compõem.

Símbolos e emblemas do poder: A mostra apresenta e estimula a reflexão sobre diferenciados objetos que se revestiram em nossa sociedade como símbolos dos poderes públicos (exercido pelas instituições oficiais de nossa sociedade) ou dos poderes privados (desvinculados do aparato oficial).

Exposições de curta duração

50 ANOS DA COMISSÃO CIENTÍFICA DE EXPLORAÇÃO

Há  150, o imperador D. Pedro II nomeou uma comissão de estudiosos para uma pesquisa no Ceará. O ponto de partida era a questão das secas, que nos aflige (desde sempre). Prevalecia o espírito cientificista e a aplicação de um modelo trazido pelos viajantes, que passaram por aqui,b Koster, Gardner e Agassiz, dentre outros.
Agora se tratava de um olhar brasileiro sobre o Ceará, sem a prevalência do típico. Eles palmilharam a então Província, divididos em grupos, em lombos de burros, seguindo trilhas, abrindo veredas e deixando a marca de um trabalho.

Com a Comissão, veio Reis Carvalho, aluno de Debret, que deixou uma série de aquarelas que fixam paisagens, casario, e algumas manifestações culturais.
A partir destas aquarelas, pensou-se em uma atualização do olhar sobre o Ceará. O repórter fotográfico Francisco Sousa empreende viagens pelo interior do Ceará, desde 2002 (com Gilmar de Carvalho), reunindo um acervo de imagens, que estão nos livros “Artes da Tradição” (2005), “Mestres da Cultura Tradicional Popular do Ceará “ e “Rabecas do Ceará”, (2006).

A partir da idéia de reprodução das aquarelas e do registro de Sousa, optou-se pela diversidade do olhar por meio de fotografias de alunos de oito escolas públicas do Estado. O resultado está aqui, como uma homenagem aos sesquicentenário da Comissão Científica.  São imagens caleidoscópicas, sem retoques, que mostram o Ceará rico e surpreendentes em suas múltiplas faces.