Alberto Nepomuceno e Thomaz Lopes

27 de dezembro de 2012 - 12:00

De influência inicialmente alemã e francesa, Alberto Nepomuceno tornou-se o primeiro compositor e regente brasileiro de intenção nacionalista.
Alberto Nepomuceno nasceu em 6 de julho de 1864, em Fortaleza, Ceará. Passou a infância em Recife, Pernambuco, onde aprendeu música com o pai, o maestro Vítor Augusto Nepomuceno. Após a morte deste, mudou-se em 1884 para o Rio de Janeiro. De 1888 em diante, estudou na Academia de Santa Cecília, em Roma, no Conservatório Stern, em Berlim, e em Paris. Em 1895, retornou ao Brasil e, no ano seguinte, foi convidado a dirigir a Sociedade de Concertos Populares. A partir de 1897, sua produção musical aproximou-se mais da temática e de soluções rítmicas brasileiras.

Retornou então à Europa e, em 1902, de novo no Brasil, foi nomeado diretor do Instituto Nacional de Música, cargo que ocupou até 1916. Sua obra inclui as Valsas humorísticas para piano e orquestra (1897); o episódio lírico Ártemis sobre texto de Coelho Neto, representado no Rio de Janeiro em 1898; um trio com piano em fá menor (1916); a ópera Abul; a sinfonia em sol menor; a Suíte brasileira; a Suíte antiga; o Batuque, talvez sua obra mais executada; e outras. O compositor ainda compilou e fez publicar várias obras do padre José Maurício. Alberto Nepomuceno morreu em 16 de outubro de 1920, no Rio de Janeiro.

O Dicionário da Literatura Cearense, de autoria de Raimundo Girão e Maria da Conceição Sousa, registra que Thomaz Lopes nasceu em Fortaleza, a 16 de novembro de 1879. Era filho de João Lopes Ferreira Filho e Maria Amélia (Menininha) de Sousa. Estudou Humanidades no Parténon Cearense e no Liceu do Ceará. No Rio de Janeiro, para onde se transferiu em 1896, cursou a Faculdade de Medicina e, desistindo da carreira médica, estudou na Faculdade de Direito, bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Serviu, como Diplomata, em Madri e, posteriormente, na Suíça, onde faleceu a 10 de Julho de 1913.