Mestres da Cultura debatem tradição oral durante a XV Bienal Internacional do Livro do Ceará

9 de abril de 2025 - 08:28 # # # # #

Atividade contou com participação de Mestra Zilda Torres (Teatro de Bonecos), Mestre Klévisson Viana (Literatura de Cordel) e Mestre Pádua de Queiroz (Literatura de Cordel)

Foto: Txai C Mendes

A XV Bienal Internacional do Livro do Ceará também é espaço para os saberes, fazeres e experiências salvaguardados pelos “Tesouros Vivos da Cultura” cearense. De 4 a 13 de abril, a rica e diversa programação reúne uma série de debates temáticos para o público visitante do evento.

Nesta terça-feira (8), a atividade “Conversas Ancestrais” deu prosseguimento ao ciclo de ações e contou com a participação de seis Mestres da Cultura do Ceará. Pela manhã, o tema “Narrativas Orais e o Sagrado” reuniu Mestra Mãe Zimá (Umbanda, Medicina tradicional de terreiro), Francy Baniwa e Mestre Joaquim Roseno (Dança de São Gonçalo).

Foto: Jeny Sousa

Pela tarde, a Bienal abraçou o debate sobre “Artes da Tradição Oral”. Mestra Zilda Torres (Teatro de Bonecos), Klévisson Viana (Literatura de Cordel, desenho) e Mestre Pádua de Queiroz (Literatura de Cordel) guiaram a atividade e partilharam sabedorias o ofício que cada Mestre preserva. 

Mestre ensina e aprende

“Conversamos tanto sobre a ancestralidade como a oralidade. Como as nossas trajetórias culturais e que a ancestralidade está aqui agora, com tudo que trazemos. É muito bom estar com dois poetas maravilhosos e cordelistas incríveis. E os bonecos também! Foi uma troca muito boa e agradeço muitíssimo por essa oportunidade”, destacou Mestra Zilda.

A participante avalia a contribuição dos Tesouros Vivos da Cultura nesta edição da Bienal Internacional do Livro. “É muito importante. Acho que tanto para nós como para o próprio público. Esse contato com o conteúdo de nossas trajetórias e os nossos fazeres. Quando nos tornamos mestres, já trazemos um legado onde é muito importante a transmissão oral do nosso fazer”, completa. 

Mestre Pádua de Queiroz explica que esse espaço de troca é também um momento de aprender com cada pessoa da plateia presente. “Sobre nós, Mestres da Cultura, entendem que temos a obrigação de ensinar. Mas, para mim, foi um aprendizado. É também ver a importância que a Secult Ceará dá para a cultura e educação”, afirmou o Mestre cordelista.

Foto: Txai C Mendes

A Bienal, avalia, reforça o papel da leitura enquanto base da educação. “Aliada com a cultura, essa troca de experiência dos mestres com alunos e professores é muito gratificante. Por isso lhe digo. Aprendi mais do que eu pude passar acerca da minha luta e da minha vida”, finalizou Mestre Pádua de Queiroz

A ação “Conversas Ancestrais” prossegue na quarta-feira com mais duas rodas de debate. A partir das 9h, o tema “Saberes Orais Quando o Corpo Imagina” convida Mestra Maria de Tiê (Dança do Coco e Maneiro-Pau), Mestra Expedita (Dança de São Gonçalo), Mestra Ana Maria (Drama) e Mestre Zé Pio (Boi). Às 14h, a mesa “Aprendendo com os Mais Velhos” reúne Mãe Tecla, Cristina Quilombola e Maria dos Prazeres (Quilombo Cercadão dos Dicetas). 

XV Bienal Internacional do Livro do Ceará

A XV Bienal Internacional do Livro do Ceará é uma realização do Ministério da Cultura (MinC) e do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), via Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O evento conta com o patrocínio do Banco do Nordeste, Rede Itaú, Cagece e Cegás.

Serviço:

Bienal Internacional do Livro do Ceará
Quando: 4 a 13 de abril, das 9h às 22h
Onde: Centro de Eventos do Ceará – Avenida Washington Soares
Gratuito e aberto ao público