Secult Ceará anuncia ações culturais que integram as celebrações do bicentenário da Confederação do Equador
27 de junho de 2024 - 18:50 #Arquivo Público do Estado do Ceará #Bicentenário #Confederação do Equador #Museu do Ceará
Museu do Ceará e Arquivo Público realizarão extensa programação celebrativa até 2025. Homenagens a este marco na história dos cearenses conta com a parceria da Fundação Sintaf, Assembleia Legislativa e Instituto do Ceará
Fotos: Jeny Sousa
Na manhã desta quinta-feira (27), o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura e Casa Civil, anunciou as atividades voltadas às celebrações do bicentenário da Confederação do Equador. Marco histórico do Brasil, este movimento revolucionário eclodiu no Nordeste e lutou pelos ideais republicanos de liberdade e democracia que inspirariam anos depois a Independência do País.
Realizada no Palácio da Abolição, a solenidade de abertura às celebrações do bicentenário reuniu diversas autoridades e entidades envolvidas nesta importante preservação da memória acerca da Confederação do Equador. A Secult Ceará foi representada pela secretária da Cultura, Gecíola Fonseca, e as gestoras do Museu do Ceará e Arquivo Público, respectivamente, Raquel Caminha e Janaína Ilara.
Durante a oportunidade, houve a entrega da Medalha Padre Mororó e o anúncio das atividades que os espaços culturais da Secult Ceará realizarão durante as comemorações deste importante fato histórico do povo cearense. “Como comemoração ao bicentenário da Confederação do Equador, faremos um calendário de ações especiais unificado. As atividades começam ainda neste mês de julho e se estendem até março de 2025”, anunciou a secretária da Cultura, Gecíola Fonseca.
A solenidade também contou com participação de alunos e alunas de escolas militares e a aula magna “O Ceará na Confederação do Equador”, ministrada pelo professor Filomeno Moraes, da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A Secretaria da Cultura celebra o bicentenário da Confederação do Equador em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), Fundação Sintaf de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento, Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf).
O evento, destaca a secretária da Cultura, simboliza a contribuição com a preservação dos ideais de justiça, democracia e liberdade que guiaram os que lutaram na Confederação do Equador, dentre eles Padre Mororó e Bárbara de Alencar.
“A Confederação do Equador foi um marco na nossa história, um movimento que ecoou os anseios de um povo em busca de autonomia e futuro mais justo. É importante relembrar que muitos dos princípios defendidos naquela época continuam a nos guiar e inspirar hoje. A luta pela liberdade, pela dignidade humana e pelos direitos de todos os cidadãos são valores que permanecem fundamentais na construção de um Ceará e um Brasil melhor. O Ceará tem papel significativo nessa história. Nossa terra sempre foi fértil à produção cultural e intelectual e também para o florescimento de ideias e movimentos que visam o bem comum”, reforçou Gecíola Fonseca.
Programação do bicentenário
Museu do Ceará e Arquivo Público se unem a outras entidades do estado na promoção das atividades celebrativas do bicentenário. “A solenidade marca o início de uma programação bastante extensa que contemplará desde exposições, rodas de conversa, conferências, audiências públicas”, situa a gestora do Museu do Ceará, Raquel Caminha.
“É um fato bastante importante na história do nosso estado, em virtude dos ideais de liberdade e republicanismo. Com relação ao Ceará e ao Brasil, é importante ressaltarmos a figura feminina, especialmente a da senhora Bárbara de Alencar. Ela atuou mais efetivamente na Revolução de 1817, que foi o preâmbulo da Confederação do Equador”, contextualiza Raquel Caminha.
Dentre as ações divulgadas, Arquivo Público do Ceará e Museu do Ceará realizarão a reedição dos livros da Confederação do Equador vol. 1 e 2, exposição, roda de conversa e aula na Praça dos Mártires. As entidades parceiras contribuirão com esta relevante iniciativa de memória. O Instituto do Ceará organiza Seminário no estado de Pernambuco, confecção de medalhas e lançamento de tomo especial.
A Alece realiza audiências públicas em Crato e Praça do Mártires, em Fortaleza. A Fundação Sintaf organiza pesquisa e peça teatral sobre a Confederação do Equador. Ao todo, 10 espetáculos com produção da Casa de Arte Criar serão entregues à população.
O trabalho do Arquivo Público conjunto com o Museu do Ceará é primordial na defesa dessa memória e na divulgação de personagens e narrativas que não aparecem sempre na história da Confederação do Equador, como a presença das mulheres e indígenas, avalia a gestora do Arquivo Público, Janaína Ilara.
“Essa programação é importante para mantermos essa memória viva, esse ideal de liberdade, colocar isso para essa nova geração. Não deixar que essa memória fique guardada apenas nos livros. Além de rememorar, traz esse fato à luz do contemporâneo. O impacto dessa Confederação do Equador de 200 anos atrás e quais os seus ecos hoje”, completa a gestora.
Janaína Ilara e Raquel Caminha receberam a Medalha Padre Mororó. A honraria também foi entregue ao Ex-Governador Lúcio Alcântara, o assessor especial de assuntos municipais do Governo do Ceará, Arthur Bruno; o deputado estadual DiAssis Diniz (em representação ao presidente da Assembleia Evandro Leitão); deputado federal Idilvan Alencar, Carlos Brasil Gouveia (Sintaf); Afrânio Castelo (em nome do deputado estadual Renato Roseno) e General Júlio Campos Limaverde (Instituto do Ceará).
“Que possamos continuar a honrar a memória daqueles que vieram antes de nós, trabalhando incansavelmente para construir um futuro onde a liberdade e a justiça sejam os pilares da nossa sociedade”, finalizou a secretária da Cultura, Gecíola Fonseca.