Representantes de espaço cultural da Secult Ceará participam da Bienal de Veneza

17 de abril de 2024 - 16:03

Coordenadores do Programa de Residência e Intercâmbios do Hub Cultural Porto Dragão, Eduardo Bruno e Waldírio Castro acompanham o artista Ziel Karapotó no pavilhão brasileiro do evento

                                                                   Obra “Cardume II”, de Ziel Karapotó

O Hub Cultural Porto Dragão atua no processo de conexão entre os agentes artísticos e criativos para o desenvolvimento da economia da cultura cearense. Em abril, os frutos do trabalho desenvolvido pelo espaço da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), chegam a um dos mais importantes eventos de artes plásticas do mundo.

Representantes do Programa de Residência e Intercâmbios (PRIS), realizado pelo Hub, Eduardo Bruno e Waldírio Castro marcam presença na 60ª edição da Bienal de Veneza. Os coordenadores pedagógicos acompanham Ziel Karapotó. Convidado a expor no pavilhão brasileiro da Bienal, o artista alagoano foi interlocutor de duas edições do PRIS.

Contando com apoio do IDM, é a primeira vez que profissionais do Programa atuam na Bienal de Veneza. Entre 17 e 19 de abril, os três convidados participam de debates e trocas de experiências entre artistas, curadores e convidados da maior e mais antiga Bienal do mundo.

Troca de experiências

O contato com representantes da arte de outros países traz novas possibilidades para o programa do Hub Cultural Porto Dragão, avalia Eduardo Bruno.

“Compartilhar a experiência de intercâmbios culturais que já criamos entre artistas cearenses e de outros estados do Brasil nos permite expandir o alcance do que está sendo produzido em conjunto, além de nos dar a possibilidade de abrir caminhos para intercâmbios com artistas de outros países”, afirma o coordenador do programa.

Multiartista nascido na comunidade Karapotó em Alagoas, Ziel Karapotó apresentará a obra “Cardume II”. Para o interlocutor das edições 2020 e 2023 do PRIS, a obra busca refletir junto ao público os processos genocidas e etnocidas que acometem os povos originários há 524 anos. “‘Cardume II’ é, acima de tudo, sobre a força originária, nossa existência e resistência diante das violências que sofremos”, explica Karapotó.