“Aqua”: Os rios do planeta se encontram na Galeria Ramos Cotoco/ Anexo CENA do Theatro José de Alencar

10 de julho de 2023 - 09:41

Com curadoria de Kennedy Saldanha e projeto expográfico de Narcélio Grud, a mostra abre no dia 14 de julho, às 19h30, e segue até 30 de agosto

“Pelo Tejo, vai-se para o mundo”. Já disse o poeta Fernando Pessoa diante do rio que corta a cidade de Lisboa, o mesmo rio que dá início ao projeto de concepção de “Aqua – Uma Cartografia de Afetos e Deslocamentos”. Com curadoria do jornalista e pesquisador em Artes Visuais Kennedy Saldanha, a exposição será aberta no dia 14 de julho (sexta), às 19h30, na Galeria Ramos Cotoco (Anexo CENA do TJA), permanecendo até 30 de agosto com visitação de terça a sexta, das 9h às 19h, e aos sábados e domingos, das 14h às 19h.

A água do Tejo é a primeira coleta realizada em 17 países e quatro estados brasileiros que estão presentes à exposição. A curadoria é do jornalista e pesquisador em Artes Visuais Kennedy Saldanha que, ao longo de 10 anos, reuniu como um souvenir de viagem, as águas que foram sendo coletadas por amigos em viagens de férias ou a trabalho. Assim, foi construindo uma cartografia afetiva a partir do curso desses rios deslocados de seu espaço natural para compor um manifesto de preservação ao bem mais precioso do planeta Terra.

Integram a exposição os seguintes rios: Tejo e Lima (Portugal), Colorado (EUA), Ganges (Índia), Moggávia (Tchecoslováquia), Tigre (Turquia), La Plata e Delta do Tigre (Argentina), Lago Ontário (Canadá), Lago Titicaca ( Aar e Reno (Suíça), Tâmisa (Inglaterra), Rio Urubamba e Lago Titicaca (Peru), Salto Angel (Venezuela), Rio Cho Phraya (Tailândia), Pacifico (Chile), Cedro, Jaguaribe, Batateiras e Caldeirão (Ceará), Paranaíba (Goiás), Lago das Fadas (Rio de Janeiro) e Rio Negro e Solimões (Manaus).

O projeto expográfico é do artista visual Narcélio Grud, que construiu três obras que dão corpo à narrativa proposta aproximando o visitante de uma poética visual que pode ser vista de muitos modos. E na expografia que as águas avançam sobre os universos possíveis que nos habitam e as memórias que nos constituem em afeto e presença.

“Aqua – Uma Cartografia de Afetos e Deslocamentos” é dedicada aos Profetas da Chuva que se encantaram sem perder a esperança dos bons inversos, ao Mestre José Gabriel da Costa e ao geógrafo Antonio Tolrino Rezende Veras.

Kennedy Saldanha
É Bacharel em Comunicação Social pela Faculdade Cearense e radialista pela Universidade Vale do Acaraú e Sindicato dos Radialistas do Estado do Ceará. É especialista em Metodologia do Ensino de Artes pela UECE, Tutoria em EAD pela UNILAB e pesquisador em Artes Visuais, com base formativa pelo Laboratório de Artes Visuais da Vila das Artes e em Acessibilidade Cultural para pessoas com deficiência visual pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Integrou o Grupo de Estudos em Processos de Curadoria e o Laboratório de Arte Contemporânea do Centro Cultural Banco do Nordeste. Participou da publicação Entregue às Moscas do Grupo Acidum (2011).

Co-curador da exposição “Caminhando” (2013) com a curadoria de Cecília Bedê (CCBNB). Artista participante da exposição “Ocupações” (2015) com curadoria de Felipe Scovino. Curador da exposição virtual “Padre Ágio, o Padre do Amor (2021)” – Vila da Música. Fotógrafo e roteirista para o livro e o documentário “Mestres da Cultura, a tradução da tradição” de Paula Silveira (2021). Artista curador da exposição “Aqua – Uma cartografia de afetos e deslocamentos”, em parceria com o artista visual Narcélio Grud (2023) – Ministério da Cultura.

Narcélio Grud
Narcélio Grud nasceu em Teresina, no estado do Piauí, em 1976, e vive em Fortaleza, Ceará. Formou-se em Design pela Faculdade Integrada do Ceará em 2010. Narcélio, desde cedo animava as coisas. Animar no sentido de dar vida, encontrar e expressar a alma dos objetos. Narcélio é um artista-inventor que cria objetos animados, trabalhando em escala urbana ou na escala humana, produzindo obras-máquinas que transformam os ambientes onde são instaladas e provocam a participação das entidades que podem fazer a diferença na construção de um futuro mais equilibrado.

O artista e cidadão Narcélio Grud entende o ambiente urbano, as cidades e seus bairros, como um lugar a ser mapeado e transformado em espaço expositivo, através do qual estabelece um diálogo permanente com os públicos que o frequentam e lá se encontram. Faz uma leitura situacionista da cidade, como um lugar a ser descoberto, a se pertencer e que pode ser transformado pela ação coletiva dos cidadãos criativos – no sentido que Beuys lhes atribui: “todo mundo é artista”.

SERVIÇO
Abertura da exposição “Aqua – Uma Cartografia de Afetos e Deslocamento”, de Kennedy Saldanha
Quando: dia 14 de julho (sexta-feira), às 19h30
Local: Galeria Ramos Cotoco/ Anexo CENA do Theatro José de Alencar (Rua 24 de Maio, 600 – Centro)
Visitação: até 30 de agosto. De terça a sexta, das 9h às 19h, e aos sábados e domingos, das 14h às 19h
Classificação: Livre
Gratuito

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Theatro José de Alencar
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