Museu da Cultura Cearense abre exposição “Bestiário Nordestino” na próxima quinta-feira (30).

24 de junho de 2022 - 11:49 #

Com curadoria e produção de Rafael Limaverde e Marquinhos Abu, mostra lança um olhar sobre o universo fantástico de 26 artistas nordestinos que compõem os acervos do MCC e do MAC-CE.

O Museu da Cultura Cearense (MCC), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) que integra o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), abre, na próxima quinta-feira (30), às 19h, a exposição “Bestiário Nordestino”, com curadoria dos artistas visuais Rafael Limaverde e Marquinhos Abu. Localizada na sala 2 do Museu, a mostra lança um olhar sobre o universo fantástico, o absurdo e o delirante no imaginário nordestino. A partir do trabalho de 26 artistas do Nordeste, recorte fruto de pesquisa e dos acervos do próprio Bestiário Nordestino, nesta versão da exposição estão inclusas também obras do MCC e do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE).

“Na perspectiva de divulgar cada vez mais seus acervos, os museus do Dragão do Mar estão abertos a exercícios curatoriais que façam uso de seus espaços e coleções ampliando nossos olhares”, afirma Valéria Laena, assessora de Museus do Dragão. Acessível, a exposição conta com audiodescrição, intérprete de Libras e Braille ampliado.

A mostra poderá ser visitada até 28 de agosto, de terça a sexta, das 9h às 18h (acesso até 17h30), e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h (último acesso 18h30). Alinhado com o último decreto estadual, o acesso às salas expositivas permanece condicionado à apresentação do passaporte vacinal com pelo menos a 2ª dose ou dose única (a depender do imunizante) e do documento de identificação com foto. O uso de máscara é recomendado.

A mostra reúne obras com múltiplas técnicas, entre esculturas, pinturas, gravuras em metal, escultura em barro, xilogravuras e outras, distribuídas em dois espaços. Um deles apresenta o acervo do Bestiário Nordestino resultado da pesquisa-viagem “Oco do Mundo”, composto de obras dos gravadores Abraão Batista (Juazeiro/CE), Adriano Brito (Crato/CE), Amaro Borges (Bezerros/PE), Antônio Cardim (Olinda/PE), Guto Bitu (Crato/CE), Carlos Henrique (Crato/CE), Carlus Campos (Fortaleza/CE), Dila (Caruaru/PE), Francorli (Juazeiro do Norte/CE), Francisco de Almeida (Fortaleza/CE), J. Borges (Bezerros/PE), José Costa Leite (Condado/PB), Lourenço Gouveia (Recife/PE), Maurício Costa (Recife/PE), Nilo (Juazeiro do Norte/CE), Rafael Limaverde (Fortaleza/CE), Stênio Diniz (Juazeiro/CE), Damásio Paulo (Juazeiro/CE), Antônio Lino (Juazeiro/CE), Walderêdo Gonçalves (Juazeiro/CE) e Justino P. Bandeira (Juazeiro/CE).

O segundo espaço traz obras pertencentes aos acervos dos Museus do Dragão, com obras dos artistas Manoel Graciano (Juazeiro do Norte/CE), Maria do Socorro (Juazeiro do Norte/CE), Francisco Delalmeida (Fortaleza/CE), Luís Lemos (Jardim/CE), Luiz Hermano (Fortaleza/CE), Siegbert Frankling (Fortaleza/CE), Sebastião de Paula (Fortaleza/CE) e Hélio Rola (Fortaleza/CE).

Segundo Rafael Limaverde, os trabalhos apresentados lançam luz sobre a natureza secreta da humanidade, o que há de subterrâneo de nossa realidade. De origem desconhecida, esse imaginário remonta de oralidades medievais, indígenas e africanas, raízes da nossa cultura, e reinventadas e ressignificadas no Nordeste, que, então, cria e recria seu próprio bestiário, constrói identidades e encanta até hoje. “O grotesco é um espaço onde se aniquila o ordenamento do universo. Haverá sempre um lugar em nós para uma animalidade particular, para o fantástico, o absurdo, o delirante que desafia o real, perpetuam monstruosidades que permeiam medos e pesadelos”, afirma o curador.

Sobre os curadores

Rafael Limaverde nasceu em Belém/PA, em 1976, mas há muitos anos reside no Ceará. Formado em Artes Visuais pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE), xilogravurista e ilustrador. Pesquisa desenhos, pinturas, gravura e assemblages, tendo como referência a cosmovisão religiosa, tanto litúrgica (sacralizada pela igreja) como a para-litúrgica (sacralizada pela religiosidade popular), bem como o imaginário fantástico, bestial, grotesco. Baseia seu trabalho na simbologia, no imaginário, na história, nos objetos, templos e rituais que compõem a experiência sagrada e profana da transcendência humana.

Marquinhos Abu nasceu em Fortaleza. É grafiteiro, pesquisador, facilitador de oficinas de intervenção urbana, graduando em Licenciatura em Artes Visuais IFCE e membro do Coletivo Aparecidos Políticos. Participou de várias exposições, como do Salão de Abril, da coletiva “Heteróclito”, na Fa7; da “Conter”, no Sobrado Dr. José Lourenço, e no Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza (CCBNB).

Serviço: Abertura da exposição “Bestiário Nordestino”, com Curadoria de de Rafael Limaverde e Marquinhos Abu
Data: 30 de junho de 2022 (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Sala 2 do Museu da Cultura Cearense (MCC), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema)
Gratuito e livre. Acesso liberado mediante apresentação de passaporte vacinal para pessoas com idade a partir de 12 anos (2ª dose ou dose única, a depender do imunizante) e documento de identificação com foto. O uso de máscara é recomendado.
Após 30/06, visitadas de terça a sexta, das 9h às 18h (acesso até 17h30), e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h (último acesso 18h30).
Mais sobre o Projeto: http://bestiarionordestino.art.br/
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