Cineteatro São Luiz transmite Michael Pipoquinha e Pedro Martins em 5 shows inéditos, a partir de 16/09, apresentados semanalmente no Youtube

13 de setembro de 2021 - 10:28

 

Michael Pipoquinha e Pedro Martins apresentam 5 shows inéditos, transmitidos semanalmente no Youtube, a partir de 16/09

A “turnê online” do contrabaixista Michael Pipoquinha e do guitarrista Pedro Martins, é apresentada pela Petrobras e pelo Ministério do Turismo por meio da lei de incentivo federal. O projeto foi contemplado pela seleção pública do Programa Petrobras Cultural – edital Música em Movimento. Devido à pandemia, os cinco shows presenciais antes previstos em capitais brasileiras, foram substituídos por apresentações pré-gravadas no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, que serão exibidos online semanalmente, nos dias 16/09, 30/09, 13/10, 28/10 e 11/11

Cada show terá um repertório diferente, incluindo músicas do disco “Cumplicidade”, que lançaram em 2020, e temas especialmente selecionados por Pedro e Pipoquinha, para dar a cada apresentação uma identidade própria. Uma forma de levar ao público a mágica empatia dos jovens e impressionantes instrumentistas que, no disco, contam com participações de Mônica Salmaso e Toninho Horta. O álbum contou com quatro lives de lançamento no segundo semestre de 2020, com Mônica, Toninho, Hamilton de Holanda e Guinga como convidados, além de um show transmitido online em outubro, desde São Paulo.

Os novos shows serão exibidos nos dias 16/09, 30/09, 13/10, 28/10 e 11/11, sempre às 19h, nos canais de Youtube da Capucho Produções e do Cineteatro São Luiz. O pianista, compositor e arranjador cearense Thiago Almeida faz participação especial no primeiro show.

A turnê online destaca a sonoriedade do encontro entre o cearense Michael Pipoquinha e o brasiliense Pedro Martins. Um dueto idealizado pelo produtor cultural Antônio Ivan Capucho, diretor do Festival Choro Jazz, realizado anualmente em Fortaleza e Jericoacoara, no Ceará, e que frutificou na forma de shows de Pedro e Pipoquinha pelo Brasil e pelos Estados Unidos. Belezas, sensibilidades e novos horizontes musicais alcançados no palco.

Agora os músicos apresentam cinco shows concebidos especialmente para essa “turnê online”. A gravação dos shows, com cinco repertórios diferentes, foi precedida por ensaios realizados por Pedro e Pipoquinha no litoral cearense, em Sambaíba, próximo a Jericoacoara, onde, ao longo dos anos em que o Festival Choro Jazz escreveu sua história, um centro cultural foi formado, com participação da comunidade. Em cada um dos cinco shows, uma homenagem a cada cidade em que, não fosse a pandemia, aconteceria show presencial da dupla: Fortaleza, Recife, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Música instrumental para todos

O trabalho de Pipoquinha e Pedro chama atenção pela precoce excelência de ambos os instrumentistas – Michael com 24 anos, Pedro com 26 -, pelo repertório corajoso de obras menos recorrentes de grandes compositores brasileiros de várias gerações, pelo casamento de maneiras de fazer e viver a música, em um encontro ousado entre guitarra e contrabaixo, em que nada parece faltar.

A dupla cativa o ouvinte pela verdade! Não é (apenas) o encontro de dois grandes músicos, mas de duas grandes pessoas, que mesmo tão jovens carregam trajetórias consideráveis. Vivência, experiência, traquejo. Aprenderam com grandes mestres a conjugar às complexidades do fazer musical lições de simplicidade, humanismo, sensibilidade. A grande arte.

Influências e expressões

“Graças a Deus, tive muitos mestres. Só convivi com pajé! Thiago Almeida (pianista, de Fortaleza), Arthur Maia (saudoso contrabaixista, de Niterói), Arismar (do Espírito Santo, aclamado multi-instrumentista)… Ouvindo as ideias, vivendo, sentindo, coração aberto pra aprender, pra observar. O que forma a gente é como a gente vive, o que a gente se propõe a se deixar influenciar”, destaca Michael Pipoquinha, que desde criança chamou atenção em shows e festivais, sendo acolhido pelo ídolo Arthur Maia e por diversos contrabaixistas da cena cearense.

“A gente cresceu ouvindo nossos pais, nossos tios, que não são músicos mas que no colavam no radinho ali e choravam ouvindo aquele som. Isso sempre esteve no nosso coração. A gente nunca desligou o fato de sermos músicos com o fato de a música ser pras pessoas sentirem e admirarem a música”, destaca, por sua vez, Pedro Martins, que encantou Mr. Eric Clapton no festival Crossroads, nos EUA, em 2019, e viajou pelo mundo tocando com Kurt Rosewinkel, guitarrista americano de jazz que também produziu seu disco “Vox”.

“Eu e Pipoca começamos a tocar juntos de forma muito intuitiva, muito natural. Uma busca dos nossos espíritos, que fez a gente se encontrar. A gente nunca sentou pra definir nada do nosso som. A gente só fez tocar. O que as pessoas estão vendo não é o grande lance. A gente serve só de um canal. A habilidade com os instrumentos fica menos importante. O foco principal é a música”.

Do chão às nuvens: a mágica da empatia

O encontro entre Michael Pipoquinha e Pedro Martins teve início, literalmente, na véspera do show que ambos fizeram no Festival Choro Jazz, na belíssima praia de Jericoacoara, em 2017. Pipoquinha acabara de retornar de shows na Europa e recebeu um telefonema de Capucho fazendo o convite.

“Fizemos o show sem nem nos conhecermos e desde lá é só coisa linda. Apresentações nos Estados Unidos, no Brasil também. Foi inusitado demais, uma coisa mágica mesmo. Todo mundo que via os shows sempre dizia isso pra gente”, reconstitui Pipoquinha. “A diversidade, a liberdade, pelo fato de gostar de muita coisa, faz o Pedro ter muita coisa pra falar. Ele sabe muito”.

“Tentando definir uma coisa que não tem como, correndo o risco de diminuir a mágica ao tentar explicar, acho que nesse trabalho a gente se completa muito. O Pipoca tem uma coisa de acompanhamento e de precisão, de certeza, de rapidez, que nunca vi. Quase nenhum músico tem. E já toquei com muita gente, modéstia à parte, viajei o mundo inteiro”, devolve Pedro Martins.

“Ele tem uma coisa de chão. Não só musical, mas de atitude, de estar na frente, pensar na frente. E tem uma rapidez, uma agilidade, de um Pelé do contrabaixo. Tocando com ele, fico mais como um sonhador, como se na maioria das vezes ele fosse o chão e eu fosse as nuvens”.

“Em outros momentos isso se inverte”, aponta o guitarrista. “É uma troca mesmo, a troca mais bonita do mundo, porque não tem julgamento. Vários momentos, depois de um show, eu parei e perguntei: ‘Como é que tu faz isso?’. E ele vinha com toda a doçura explicar. O Pipoca sabe tudo”.

SERVIÇO:
5 shows online de Michael Pipoquinha e Pedro Martins. Exibição semanal, nos dias 16/09, 30/09, 13/10, 28/10 e 11/11, sempre às 19h, nos canais de Youtube da dupla e do Cineteatro São Luiz. Apresentação: Petrobras e Ministério do Turismo, por meio da lei de incentivo federal. O projeto foi contemplado pela seleção pública do Programa Petrobras Cultural – edital Música em Movimento.