Programação cultural de 26 de fevereiro a 3 de março – Centro Dragão do Mar

25 de fevereiro de 2019 - 11:24 # #

Programação cultural de 26 de fevereiro a 3 de março – Centro Dragão do Mar

FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO MAR

Geral: de segunda a quinta, das 8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça a domingo, a partir das 14h.

Cinema do Dragão: de terça a domingo, das 14h às 22h. Ingressos: R$ 14 e R$ 7 (meia). Às terças-feiras, o ingresso tem valor promocional: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

Museus: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados e domingos, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

Multigaleria: de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.
Planetário: de quinta a sexta, sessões às 18h e às 19h; e aos sábados e domingos, às 17h, 18h, 19h e 20h. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

OBS.: Às segundas-feiras, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus, Multigaleria e bilheterias.

► [TEMPORADA DE ARTE CEARENSE] [TEATRO DA TERÇA]

Marlene – Dissecação do corpo do espetáculo
No Barraco da Constância Tem!

Esse trabalho surge como o desenvolvimento de um reprocesso das peças Pra ser Marlene (2010) e Marlene (2011) e do Projeto Adriana (2013), dirigidos por Honório Félix e com Robson Levy como intérprete, além das proposições Marlene ensaio (2015), Marlene sobre ruínas ou Uma elegia para Odete (2015) e Marleen class – Workshop com Sandra Müller (2016). Tendo o termo Espetáculo como um conceito a ser discutido através de uma dissecação, essa montagem surge como um lançar de questões acerca da construção do teatro no ocidente, de modo a produzir estratégias de fazer perceber as dominações imbricadas no nosso fazer artístico.

Contemplado no Edital Incentivo às Artes 2015, a peça Marlene – dissecação do corpo do Espetáculo (2016), conta com 20 apresentações em seu currículo em espaços como a Casa da Esquina (sede dos grupos Teatro Máquina e Grupo Bagaceira de Teatro), o Teatro Dragão do Mar, o Teatro Sesc Emiliano Queiroz, o Theatro José de Alencar e o Teatro Marcus Miranda do Centro Cultural Grande Bom Jardim.

Sinopse

Histórias de dominação sobre a nossa subjetividade. Questões em torno da figura do artista. Teatros hegemonicamente constituídos como convenções. Cidades fora do mapa. Memória dos palcos e inúmeros fantasmas. Um universo de invocação dos mitos transmutado a uma profanação que aciona e narra as crises do fazer teatral no ocidente, produzindo na cena o termo Espetáculo como um corpo a ser dissecado.

Fotos: https://drive.google.com/open?id=1BY5SZpwUfOzShJiYHRqsi_7pGTM7L4TO

Dia 26 de fevereiro de 2019, às 19h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Classificação etária: 16 anos

► [TEMPORADA DE ARTE CEARENSE] [DANÇA EXPERIMENTAL]

O programa Dança Experimental, da Temporada de Arte Cearense, caracteriza-se por ser uma pequena mostra de trabalhos inéditos de caráter experimental ou em construção, com foco no apoio a novos artistas, grupos e companhias e na formação continuada de plateia adulta para as artes cênicas. Em fevereiro, participam da mostra “Até onde as pessoas podem entrar”, de William Ângelo; “Quantas danças dura um café?”, de Thiago Torres; “This is an Emergency”, de Wellington Gadelha; e “Lar”, do Grupo Laboral Crew.

“Até onde as pessoas podem entrar”, de William Ângelo

O projeto se originou de uma experimentação coletiva em tempo real, através de jogos corporais que ajudaram construir cena, dentro de um ateliê de dança Contemporânea, ocorrido no ano de 2017 no Centro Cultural Bom Jardim. O ateliê tinha como um dos objetivos despertar nos alunos, a intérprete-criação em dança.

A composição propõe refletir o tempo “O tempo não para, mas o corpo pede tempo”. As maneiras que ele pode ser destacado, gerar plasticidade, como pode nos sufocar, outrora parar, não passar, acelerar enchendo de coisas ao ponto de se perder o controle, e como também pode se dilatar quando nos faz passar por experiências estéticas que nos desafiam, fazem o corpo tremer, gerando afetos.

Sinopse

Trabalho traz através de composições de movimentos em Dança Urbana, a máxima de como o tempo pode afetar o corpo, pessoas, espaço. De que existe um tempo para tudo, que por hoje podemos chegar até certo ponto, ou seguir fluindo por  pessoas, lugares, situações, espaço. “O tempo não para, mas o corpo pede tempo”.

Contato: William Ângelo 996671404 | terapiando19@gmail.com

“Quantas danças dura um café?”, de Thiago Torres

Quantas danças dura um Café? é um trabalho que parte da vontade de reencenação na obra Café Muller (Pina Bausch,1978). Entre dança e pensamento, gestos e discursos, entrelaçam-se o plágio, a citação, a inspiração e a referência no desejo de querer dançar aquilo que nunca foi; de uma vontade que nunca será.

“This is an Emergency”, de Wellington Gadelha

This is an emergency consiste numa experimentação em dança em diálogo com elementos da arte sonora, sons experimentais e das materialidades como construtora de texturas corporais e camada afetiva.

This is an emergency é um disparo narrativa que propõe, a partir das corporeidades e visualidades do corpo em experiência com outras linguagens, trazer em sua poética, urgências e discursos políticos que ampliam nossa potencialidade expressiva frente à conjuntura atual.

Sinopse

This is an emergency é um disparo experimental que, a partir do corpo na dança em diálogo com elementos da arte sonora, experimental e algumas materialidades, investiga modos de construir corporeidades, narrativas e visualidades frente às urgências e discursos políticos atuais.

Ficha técnica

Concepção e dança: Wellington Gadelha

Imagem e projeção: Priscilla Sousa

Desenho e texturas sonoras: Eric Barbosa

Contato: Wellington Gadelha (85) 98803-8663 | (85) 99631-6668 gadelhafarias@gmail.comwellingtongouveia@hotmail.com

“Lar”, do Grupo Laboral Crew

Inquieto por questões que tratam sobre o lugar onde moramos, o proponente resolveu investigar como isso se daria junto com imagens estéticas que permeiam sua vida artística há alguns anos. Essas imagens tratam-se de peças de roupas distribuídas de várias formas pelo espaço, e pessoas tendo suas crises no meio disso tudo. Então ousou apostar nessa estética pensando em corpos atravessados pelas danças urbanas que é o meio onde trabalha. O trabalho se constitui sob pesquisas de movimentos corporais com a utilização de peças de roupas buscando transpor a vivência de cada corpo em seu ambiente familiar para a cena. LAR está para além da leitura de uma casa. Em cena, os intérpretes-criadores expõem fatos recorrentes de suas vidas através de um jogo de composição entre os objetos cênicos gerando outros olhares sob os corpos urbanos.

Sinopse

LAR trata-se de uma abordagem contemporânea sobre os fatos pessoais de cada intérprete, gerando novas formas aos corpos urbanos, atravessados por suas crises. Criando através da utilização de peças de roupas questões sobre o ambiente familiar.

Corpo Técnico

Erick Flor – Direção

Rickson Barros – Produção

William Ângelo – Intérprete-criador

Jacqueline Vitorino – Intérprete-criadora

Mylena Braga – Intérprete-criadora

Ezio Flor – Intérprete-criador

Wogne Duarte – Intérprete-criador

Isabela Cristina – Intérprete-criadora

Haylton Sousa – Intérprete-criador

Fotos: https://drive.google.com/open?id=1YRYsQMnF2nVMbVZl6dNuwTuPl0t-a5Tg

Dia 27 de fevereiro de 2019, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Classificação etária: 14 anos.

► [TEMPORADA DE ARTE CEARENSE] [QUINTA COM DANÇA]

A dança nossa de cada dia

Silvia Moura

A DANÇA NOSSA DE CADA DIA surge da necessidade de falar do cuidar, de trazer para a cena um ambiente que proporcione ao espectador um despertar para esse estado. Um resgate de rotinas relacionadas ao cultivo de hábitos simples que estão se perdendo no correr desse tempo em que vivemos. As rezas , os escalda-pés ,o uso de chás e banhos para tratar os males do corpo e da alma. Trazendo à tona memórias de nossas avós , de nossa infância, tempos outros, outras relações com as plantas e suas curas. A força das tradições nos trazendo memórias e afetos.

Fotos: https://drive.google.com/open?id=1Bps66m0pEpNkjHZu0b9XJpOneiMg_T00

Dia 28 de fevereiro de 2019, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Classificação etária: Livre.

► [EDUCATIVO DO MAC-CE] Oficina Batuque MAC  

Mediação: Carlos Henrique e Jorge Sarde

O Educativo MAC.CE convida os pequenos  carnavalescos a construírem instrumentos  musicais de percussão e sopro a partir de materiais reaproveitados e participarem de uma mediação  das obras a partir da musicalização.

Proibido o consumo de bebidas e comidas dentro do museu.

Dia 2 de março de 2019, às 16h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.

► [EDUCATIVO DO MAC-CE] Mediação Poética – Bloquinho do MAC

O Educativo MAC.CE convida os pequenos carnavalescos para curtir o Bloquinho do MAC, venha fantasiado, traga suas crianças para uma mediação poética das obras.

Proibido o consumo de bebidas e comidas dentro do museu.

Dia 3 de março de 2019, às 15h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.

// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO

O Planetário Rubens de Azevedo reabre ao público com novidades na programação e modernização tecnológica. Nele, foi instalado equipamento de última geração: o Zeiss modelo Skymaster ZKP4 LED com projetores digitais VELVET DUO de alta resolução, o  mais moderno planetário da América Latina.

Horários das sessões

Às quintas e sextas-feiras:

18h – ABC do Sistema Solar (sessão infanto-juvenil )

19h – Da Terra às galáxias (sessão juvenil-adulto)

Aos sábados e domingos:

17h – Viagem no foguete de papel (sessão infantil)

18h – A lenda da princesa acorrentada (sessão infanto-juvenil )

19h – Da Terra às galáxias (sessão juvenil-adulto)

20h – As origens da vida  (sessão juvenil-adulto)

Sobre as sessões

ABC do Sistema Solar

Três crianças estão observando as estrelas quando percebem uma “estrela cadente” e logo uma delas faz um pedido: o desejo de fazer uma viagem até a Lua. De repente, as crianças são teletransportadas para uma nave espacial chamada “Observador”. Após superar o medo inicial, elas fazem uma rica viagem pelo Sistema Solar visitando os planetas. Durante a viagem, elas são teletransportadas para Marte e também Vênus, e passam por dentro dos anéis de Saturno. No final, fazem uma perigosa aproximação do Sol. Fantásticos efeitos especiais.

Viagem no Foguete de Papel

Crianças fazem uma viagem imaginária em um “foguete de papel” pelo nosso Sistema Solar. Com uma linguagem adaptada para o público infantil, a sessão apresenta informações atualizadas do Sistema Solar através de imagens com alta resolução em projeção Full Dome  (em toda a cúpula – 360º x 180º).

A Lenda da Princesa Acorrentada

Fascinante sessão programada para o público infanto-juvenil, aborda a história mitológica das constelações. Com imagens de altíssima resolução, a sessão apresenta objetos astronômicos como Nebulosas, Galáxias e Buracos Negros localizados nas constelações abordadas. Todas as projeções são Full Dome (em toda a cúpula – 360º x 180º).

Da Terra às Galáxias

Com uma linguagem adaptada para o público juvenil-adulto, faz uma viagem desde as primeiras concepções do Universo pelos povos antigos até os confins do Universo, apresentando imagens impressionantes de objetos celestes e discorrendo sobre as características físicas desses objetos. Todas imagens de alta resolução em projeção Full Dome (em toda a cúpula – 360º x 180º).

As Origens da Vida

Apresenta as recentes descobertas sobre os princípios químicos da origem do Universo através do Big Bang. Trata das questões biológicas da origem da vida na Terra e das pesquisas sobre vida extraterrestre. Com linguagem simples e fantásticas imagens, a sessão apresenta os novos conhecimentos sobre o nascimento, vida e morte das estrelas e dos sistemas planetários. Traz um olhar sobre o início da vida na Terra e a extinção dos dinossauros. “As Origens da Vida” é uma viagem fantástica através do tempo mostrando muitas descobertas feitas no passado recente e faz uma alerta para nossa consciência planetária.  Tudo com imagens digitais de alta resolução em projeção Full Dome (em toda a cúpula – 360º x 180º).

Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

Devem ser adquiridos antes da sessão, na bilheteria do Planetário

Agendamento de escolas

No site: https://www.planetariorubensdeazevedo.com.br/ , no link “Agendamentos”.

Mais informações 85 3488.8639

Fotos: https://drive.google.com/open?id=1a8Z5tWihzp3aq-zp0Tkx4f3OXzK_FvQ4

/// EXPOSIÇÕES

► “Blow Up”, de Eduardo Odécio

Eduardo Odécio Camelo de Almeida é um artista nascido em Fortaleza, Ceará, em 1954. Enquanto tocava uma bem-sucedida carreira como diretor de arte e criação no mundo da publicidade, produzia seus trabalhos de pintura e desenho, premiados em exposições coletivas como a Unifor Plástica e o Salão de Abril em Fortaleza, e mostras como o Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco.

Retratista de talento, Dudu vem produzindo portraits a óleo e tinta acrílica com regularidade, enquanto desenvolve em paralelo trabalhos expressionistas e abstratos com tinta acrílica e intervenções a pastel e carvão. A partir da troca de ideias com o artista americano Russ Potak, de Massachussetts, e seu estilo neo-expressionista, desenvolveu um estilo próprio que agora mostra sua técnica na exposição individual Blow Up, no Centro Dragão do Mar. Patrocinada pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, na mostra, telas de grande tamanho dividem o espaço da galeria com telas de pequenas dimensões, caracterizando sua técnica autorreferencial do blow up, explorando detalhes das próprias obras, descobrindo possibilidades pictóricas em novas telas, até seus limites.

Blow Up vai nos fazer entender em uma estética que não sabíamos que existia

“Eu tinha 15 anos. Estudava no Colégio Equipe na Caio Prado, em Sampa, de onde saí da aula um dia flanando e fui ao cinema. Assisti ao filme mais importante da minha vida, num velho cinema de arte que logo depois fechou. O filme era “Blow Up”, uma produção de Carlo Ponti, rodado na Inglaterra, com a fotografia de Carlo Di Palma e dirigido por Michelangelo Antonioni. Talvez este seja o mais importante filme da sua carreira.

No filme, o fotógrafo Thomas (David Hemming) é um dândi irresponsável e caprichoso que um dia fotografa um casal num parque e depois ao ampliar a foto, descobre ao fundo que talvez tenha registrado um assassinato. A técnica lembra um estilo de pintura pós-impressionista, caracterizado por cores lisas, delimitadas por fortes contornos escuros.

Quando conversava com Dudu sobre sua exposição, vimos a semelhança de Blow Up com o cloisonnisme de Paul Gauguin. A exposição tinha que se chamar Blow Up. Ele concordou imediatamente.

“Olhe para os excelentes artistas japoneses e verá a vida retratada ao ar livre e ao sol sem sombras, a cor a ser usada apenas com a combinação de tons, diversas harmonias, dando a impressão de calor”, dizia Gauguin.

A pintura de Eduardo Odécio é isso: uma explosão de cores delimitadas por contornos que remetem à técnica do cloisonné, onde arames (cloisons ou compartimentos) eram soldados no corpo de peças e depois aplicado pó de vidro nos intervalos, para a confecção de vitrais.

Gauguin era um bem-sucedido profissional do mercado financeiro que um belo dia largou tudo para pintar. Depois de viver numa colônia de artistas em Arles, no Sul da França, com Van Gogh, ele passa uma curta temporada na Bretanha e parte para o Tahiti, onde viveria uma experiência seminal. Dudu ainda não fugiu para o Tahiti, mas quem sabe, acabe em Jeri. Bem-sucedido publicitário e excelente Diretor de Arte, com quem criei campanhas premiadas, ele apresenta aqui um conjunto de telas abstratas impressionantemente belas, onde a técnica de concentração e explosão atingem um clímax belíssimo.

Esta exposição lembra uma champanhe gelada na beira de uma praia da Polinésia. Ah, Thomas, o fotógrafo, tinha um vizinho que pintava telas que os ninguém entendia. Depois de revelar e ampliar essas fotos do crime, ele começa a entender os quadros.

Nós todos somos um pouco como Thomas. E Blow Up vai nos fazer entender em uma estética que não sabíamos que existia. Tim tim!”

Paulo Linhares

Antropólogo, ex-publicitário e Presidente do Instituto Dragão do Mar

Fotos: https://drive.google.com/open?id=1va26OiV4W7BBISsB5wq7ZhlMJz7uL2W8

Em cartaz até o dia 7 de março de 2019, na Multigaleria. Visitação de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

► Locus – Pinturas de Adriana Maciel

O Museu da Cultura Cearense apresenta a Exposição “Locus – Pinturas de Adriana Maciel”, contemplada pelo Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais – Galerias Funarte de Artes Visuais São Paulo / Ceará – Museu da Cultura Cearense, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A mostra “Locus – Pinturas de Adriana Maciel” é uma síntese do trabalho de Adriana nos últimos anos de sua carreira. Cerca de 25 obras – entre telas, objetos pictóricos e instalações – irão compor a exposição que permanece em visitação até o dia 7 de abril de 2019.

A exposição, que já passou pela Galeria Funarte de Artes Visuais, em São Paulo, propõe um jogo lúdico com a percepção do espectador. A mostra é dividida em 13 telas da série Com-partimentos, 10 objetos pictóricos das séries Núcleos e Rotor, e mais duas instalações: Trajetória e Órbitas.

Pela primeira vez expondo em Fortaleza, Adriana afirma que apesar da diversidade de vertentes reunidas, “Locus – Pinturas de Adriana Maciel” pode ser interpretada como uma única instalação, pois reúne elementos que conferem unidade aos trabalhos. Propondo um jogo lúdico com a percepção do espectador, a mostra explora relações entre conceitos que a princípio se opõem. Uma mesma figura pode se apresentar condensada ou ampliada, sugerindo compressão ou dilatação.

A mostra estabelece alguns conceitos como ausência e presença, esgarçamento e permanência, dentro e fora, realidade e ficção, excesso e nada, superfície e profundidade, coesão e desdobramento. O conjunto das obras traz uma leitura poética de representações de lugares e pequenas construções, como: vãos, frestas, aberturas, que dialogam com o espaço expositivo, numa abordagem entre a realidade e a imaginação. “Locus – Pinturas de Adriana Maciel” é realizada pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura e  Governo Federal.

Oficinas

A exposição também terá espaço para formação com as oficinas “Visualidade Gráfica”, que será ministrada pelo artista Rubem Grilo, de 11 a 13 de fevereiro; e “Pintura como Experiência do Olhar”, ministrada por Adriana Maciel nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro.

A oficina de Rubem Grilo se destina ao exercício relacionado à visualidade gráfica, que corresponde a um dos principais motivos atingidos com a impressão xilográfica. No dia 13, como parte da programação, será realizado um encontro com artistas e gravadores da cidade, aberta ao público em geral e aos participantes da oficina, com duração de 90 minutos. Formulário para inscrição e ementa: https://docs.google.com/forms/d/1z1XuASHjrMw2Hec39-7lgAO-WrtCtMynV7xjYaYCDFo/edit

Além da oficina, Rubem Grilo também vai ministrar a palestra “A Xilogravura brasileira como projeto modernista”, dentro do programa Diálogo Cultural, do Museu da Cultura Cearense (MCC), no dia 13 de fevereiro, das 15h30 às 17h, no Miniauditório do MCC. Esta atividade é uma oportunidade de interação, discutindo o estágio atual, assim como os dilemas da produção contemporânea.

Já a oficina com Adriana Maciel terá dois objetivos: a experiência técnica e o estímulo em olhar sobre detalhes que se encontram ao redor, como base ao pensamento construtivo do espaço da representação.

A oficina também visa desenvolver a experimentação do processo técnico, considerando a vivência individualizada, e abordando temas que ampliem o conhecimento desta mídia e a sua relação com o processo atual da arte. Com isso, a ideia é desenvolver a experiência do olhar contrapondo a bidimensionalidade e a tridimensionalidade como forma de pensar a representação do espaço. Inscrição e ementa no formulário: https://docs.google.com/forms/d/1laGuWKH4iwDQaHH5mnxO2ADJFyp4ank72ipTnl3Qcaw/edit

Sobre Adriana Maciel

Adriana Maciel nasceu em Belo horizonte, vive e trabalha no Rio de janeiro. Formada em pintura e licenciatura na UFMG (1990, 1992) e no curso Aprofundamento em Artes Visuais da Escola de Artes Visuais Parque Lage (1995). Artista visual, trabalha com pintura, desenho, fotografia e vídeo. Participou de exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior. Realizou exposições individuais em Instituições Culturais como: Centro Cultural Cemig (1996) Paço imperial (RJ- 1997), Funarte (RJ- 1998,2008, 2018), Centro Cultural dos Correios (RJ-2004), Palácio das Artes (BH-2015) e galerias de arte em Belo Horizonte em 1996, São Paulo em 2004 e Rio de Janeiro em 2006.

Entre as exposições coletivas, destacam-se: Rumos Visuais – Itaú Cultural, SP-1999-2000, Projeto Abra/ Coca-Cola- Centro Cultural Vergueiro, SP-1998, SP-Arte – Parque Ibirapuera, SP-2005, Caixa Cultural RJ-2001, Arquivo Geral-Centro Cultural Hélio Oiticica, RJ -2006. MAM-RJ-2008, Galeria do Mosteiro de Alcobaça- Portugal- ano comemorativo do Brasil em Portugal.

Ganhou os prêmios:  Projeto Macunaíma – Funarte- RJ-1998, Prêmio Projéteis Funarte de Arte Contemporânea, RJ-2008, Prêmio Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 7ª e 9 ª edição-2010 e 2013, Edital Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado/Ocupação Palácio das Artes BH-2015, Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais-2016. Foi indicada para a bolsa CIFO – Cisneros Fontanals Art Foundation / Miami (2007).

PARA CONHECER A EXPOSIÇÃO

YOUTUBE: https://www.youtube.com/watch?v=I8BjNWooGSU&t=27s

CATÁLAGO: https://issuu.com/adrianamaciel/docs/locus_adriana_maciel

Fotos: https://drive.google.com/open?id=19dJFx_iST9ZsWShTZvKd2ybazsmznebV

Em cartaz até dia 7 de abril de 2019, no Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h (acesso até 18h30), e aos sábados e domingos, das 14h às 21h, (acesso até 20h30). Acesso gratuito. Classificação indicativa: Livre.

► [FOTOFESTIVAL SOLAR] Exposição “Terra em Transe’’

Um filme. Um livro. Uma exposição. A carne treme. A terra treme. Há Terra em Transe. Violência e paixão: onde está o meu rosto? Quem matou o meu filho? Amor? Amor só de mãe. A imagem alucina. A fotografia está com os dias contados. A carne treme. Há Terra em Transe. A bomba relógio vai explodir.

Curadoria Diógenes Moura

Escritor, curador de fotografia, roteirista e editor. Premiado no Brasil e exterior, acaba de publicar O Livro dos Monólogos (Recuperação para ouvir objetos) pela Editora Vento Leste. Escreve sobre abandono, imagem e existência. Vive em São Paulo, à beira do abismo.

Fotos: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1wXp6v40NlwuQrQIcU6ZZjd48xZzuB_qs?ogsrc=32

Em cartaz até 31 de março de 2019, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h, com acesso até as 18h30; e aos sábados e domingos, das 14h às 21h, com acesso até as 20h30. Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.

► [FOTOFESTIVAL SOLAR] Exposição “O retrato na pintura, na fotopintura e na fotografia”

Até o século XIX, o retrato pintado a óleo sobre tela era um privilégio das camadas mais abastadas das sociedades. Ocupando o espaço central do quadro, posado na frente de um fundo contextualizado e cercado por mobília, adornos e adereços, o retratado impunha ao espectador a visão que este deveria ter, de reverência e adoração, na esteira da arte religiosa. Personalidades foram perpetuadas em palácios, igrejas, museus, escolas, bibliotecas. E assim, através do retrato, herdamos uma escala de valores que usamos para lembrarmos e sermos lembrados.

O advento da fotografia no século XX provocou uma transformação. Popularizou o retrato e permitiu que outras camadas sociais, sobretudo as surgidas na Revolução Industrial, tivessem acesso a essa perpetuação da própria imagem. Pudemos enfim colocar as personalidades nas paredes das salas de casa e reverenciá-las. Só que elas eram mais próximas, não menos personalidades: eram os nossos ancestrais.

No Brasil, a partir da década de 1930, em algumas capitais se estabeleceram estúdios populares que além de retratos produziam fotos para documentos de identidade, carteira de trabalho e recebiam encomendas vindas do interior. Eram os chamados “foto-estúdios”, localizados em regiões centrais de comércio e que também realizavam uma modalidade muito particular de retrato em cópias colorizadas

No início da década de 1950, com a introdução da película e do papel em cores na fotografia, o uso dessa técnica diminuiu, mas a força do retrato se manteve. A partir da Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943, todo cidadão pôde ter um documento com um retrato e uma representação na sociedade. O retrato 3×4 da carteira de trabalho introduziu os homens e mulheres do povo a uma certa cidadania. Eles posavam nos foto-estúdios com suas roupas de domingo, num ritual feito de alguma preparação e cerimônia, como num rito de passagem.

As ocasiões pediam: eram casamentos, batizados, aniversários, a chegada ou partida de alguém – eternizados em cópias e encadernações caprichadas entregues pelos foto-estúdios. Elas durariam gerações.

Mais tarde, a partir dos anos 1960, as câmeras portáteis e automáticas representam o primeiro passo para a banalização desse ritual. O retrato, agora feito pela própria família, quase sempre pelo pai, desvincula-se do olhar sagrado e formal, passando a registrar o cotidiano, banal e doméstico. Com advento da câmera digital anos 1990, a identificação em documentos e nas portarias banaliza ainda mais o retrato e, a partir dos telefones celulares, fortalece em escala maciça a auto-imagem, o autorretrato. É a era das selfies, que voltam a banalizar o retrato, mas não só ele desta vez. As selfies vulgarizam as ações cotidianas e a privacidade. Cada momento é dissecado e estendido até a fissura do real, desconstruindo a auto-imagem à beira da obscenidade, ou seja, mostrando o que está além da cena e do que deve ser visto publicamente.

Com as selfies registramos nossos passos e nossas ações desprovidos de cerimônia, com toques de exibicionismo e solidão. E tudo é eternizado nas redes de relacionamento virtual: o indivíduo aos olhos da multidão.

A mostra é composta dos núcleos

“O Outro”

“Sobre Cor da Sua Pele”

“Quem Somos Nós”

Curadoria

Rosely Nakagawa é curadora e arquiteta. Nasceu em 1954 em São Paulo, Brasil onde vive e trabalha. É graduada em Arquitetura pela FAU-USP em 1977. Fez especialização em Museologia pela USP, em 1978/80, e em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, em 2005. Desenvolveu atividades de curadoria em diversos espaços e galerias, entre eles o Armazém Cultural 11, a FNAC Brasil, a Casa da Fotografia FUJI, o Festival de mídia eletrônica VideoBrasil, o SENAC Escola de Comunicações e Artes, Núcleo Amigos da Fotografia NAFOTO, no qual realizou o I , II e III Mês Internacional de Fotografia e Seminário Internacional da Fotografia. Foi curadora também do Espaço Cultural CITIBANK.

Em cartaz até dia 7 de abril de 2019 no Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h, com acesso até as 18h30; e aos sábados e domingos, das 14h às 21h, com acesso até as 20h30. Acesso gratuito. Classificação etária: livre.

Fotos: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1wXp6v40NlwuQrQIcU6ZZjd48xZzuB_qs?ogsrc=32

Mais Informações: https://www.solarfotofestival.com/pt