Casa do Cantador promoveu nesta segunda-feira tradicional festa anual “Noite da Viola”, com Zé Viola e Ivanildo Vila Nova

6 de dezembro de 2016 - 12:00

 

A Casa do Cantador, instituição cultural localizada no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, promoveu nesta segunda-feira mais uma edição de sua tradicional “Noite da Viola”, realizada há mais de 35 anos, mantendo a tradição desse centro cultural que já conta com 67 anos de atividade.

O secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba, participou das festividades, recebido pelos mantenedores da casa, Dimas Mateus, 86 anos, e Lúcia Mateus, 72.

O casal guiou o secretário em uma visita às diversas dependências da casa, que também serve de pouso para cantadores de todo o País, em passagem por Fortaleza. Fabiano assistiu às apresentações do grupo Raízes Nordestinas e dos mestres cantadores e repentistas Zé Viola, um dos maiores talentos entre as gerações mais recentes, e Ivanildo Vila Nova, consagrado poeta de renome nacional.

“Vim pra conhecer a casa e ouvir os poetas. A cultura popular tem um papel muito importante na cultura brasileira, na cultura do Nordeste”, destacou o secretário Fabiano dos Santos, que se emocionou com a apresentação dos repentistas.

“Gosto de pensar a cultura como um saber fazer comum, popular, comunitário, passado de um em um, de coração em coração. Estar aqui na Casa do Cantador é, de certa forma, um encontro comigo mesmo. Meu pai, que é de Pombal, do alto sertão paraibano, vem dessa cultura popular, é metido a poeta também”, ilustrou.

“A Secult está aberta pra que as demandas e projetos da Casa do Cantador possam chegar lá e pra que a gente possa estar junto nessa história”, concluiu Fabiano dos Santos, parabenizando a todos pela festa e pelo belo trabalho em prol da cultura cearense.

“Essa, com muito sacrifício, é uma das maiores casas de cultura popular do Brasil”, frisou, por sua vez, seu Dimas Mateus, agradecendo pela presença do secretário da Cultura do Estado. “O senhor prometeu e veio. Daqui pra frente, vamos conversar”, celebrou, antes de brincar com versos sobre a idade e o passar do tempo:

“Quando eu era moço, improvisava com a maior facilidade. Hoje a própria distância da mocidade pra velhice… A velhice é um saco de pancada. Eu tenho prazer de mangar da mocidade. Porque eu já passei da mocidade, mas ela não sabe se chega à minha idade. Quem manda é Deus”.