Tiganá Santana discute desafios de ser artista e gestor em debate na Pinacoteca do Ceará

A “Conversa de Ateliê” ocorre no dia 13 de novembro, próxima quinta-feira, numa parceria com o Museu da Imagem e do Som do Ceará

(Tiganá Santana. Crédito_ José de Holanda)

O compositor, cantor, professor e tradutor Tiganá Santana, reconhecido por sua singularidade artística, é o convidado da próxima edição do programa “Conversa de Ateliê”, da Pinacoteca do Ceará. O evento acontece na quinta-feira, 13 de novembro, no auditório da Pinacoteca, e é uma parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS-CE). Ambas as instituições, Pinacoteca e MIS, integram a Rede de Equipamentos e Espaços Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT-CE) e são geridas em parceria com o Instituto Mirante. O acesso é gratuito.

Com o tema “Gestão Artística-Cultural: desafios entre ser artista e gestor”, às 18h, o multiartista baiano vai debater a dualidade entre o fazer artístico e a gestão cultural, refletindo sobre a importância de fortalecer práticas culturais. A partir de seus projetos, que desafiam as classificações tradicionais de arte, ele discute como os gestores culturais podem apoiar e promover iniciativas artísticas que fogem do convencional. A atividade, que integra as ações do museu no III Festival Afrocearensidades, contará com acessibilidade em Libras.

Além da atividade na Pinacoteca, o artista também realiza o show “Tiganá Santana conta suas poéticas”, na praça do MIS, na sexta-feira (14), de 19h30 às 20h30. Em uma atmosfera íntima e ritualística, ele apresenta canções de seus álbuns autorais — entre eles Maçalê, Tempo & Magma, Vida Código e Milagres e seu último disco, Caçada Noturna —, intercalando músicas em português, kimbundu, kikongo, espanhol e francês.

Primeiro compositor brasileiro na história fonográfica do País a apresentar um álbum com canções em línguas africanas, Tiganá é referência na discussão sobre cosmologia africana, com uma tese de doutorado premiada nacionalmente sobre o tema. Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tiganá já participou de importantes exposições como artista e curador. Em 2024, assinou a curadoria da mostra “Línguas africanas que fazem o Brasil”, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Possui diversos textos e álbuns musicais publicados, nacional e internacionalmente, tendo sido considerado por distintas comunidades acadêmicas uma das principais referências para os estudos africanos bantu no Brasil e, pela revista inglesa Songlines, um dos dez principais músicos brasileiros da atualidade.

SOBRE O ARTISTA

Tiganá Santana é compositor, cantor, professor e tradutor. Reconhecido por sua singularidade artística, foi o primeiro compositor brasileiro a lançar um álbum com canções em línguas africanas, marco importante na história fonográfica do país. Sua obra transita entre sonoridades afro-diaspóricas e experimentações poéticas, com forte lastro em saberes ancestrais e cosmologias africanas. Possui sete álbuns lançados,

sendo o último Caçada Noturna de 2024. Pela editora Cobogó, traduziu “O livro africano sem título” de Bunseki Fu-Kiau em 2024.

SOBRE A PINACOTECA DO CEARÁ

Inaugurada em dezembro de 2022 pelo Governo do Ceará, a Pinacoteca do Ceará tem a missão de salvaguardar, preservar, pesquisar e difundir a coleção artística da instituição, sendo espaço de ações formativas com artistas, comunidade escolar, famílias, movimentos sociais, organizações não governamentais e demais profissionais do campo das artes e da cultura. Trata-se de um espaço de experimentação, pesquisa e reflexão para promover o diálogo entre arte e educação a partir de práticas artísticas. Desde a abertura, o museu já recebeu mais de 232 mil visitantes.

SERVIÇO

Conversa de Ateliê “Gestão Artística-Cultural: desafios entre ser artista e gestor”

Com Tiganá Santana

Quando: 13 de novembro, quinta-feira, a partir das 18h

Local: Auditório da Pinacoteca do Ceará (Rua 24 de maio, Praça da Estação s/n – Centro, Fortaleza)

Classificação indicativa: Livre

Acessibilidade em Libras

Inscrições por ordem de chegada. Participação sujeita à lotação do espaço.