Museu da Imagem e do Som realiza programação com oficina, evento de jogos, fala aberta, feiras e show

16 de setembro de 2025 - 09:47

Show de Mateusinho do Acordeon compõe a programação “Cultura do Acesso”, promovida pela Secult no Mês da Pessoa com Deficiência

O Museu da Imagem e do Som do Ceará realiza nesta sexta-feira (19) uma Oficina de Cianotipia com a pesquisadora e fotógrafa Taís Monteiro. No sábado (20), acontece mais uma edição do GaMIS, o evento de jogos do MIS, e a fala aberta “O Mar guarda o que a História afunda”, com a artista Ewa Niara, voltada para pessoas trans e não-binárias. No domingo (21), acontece mais uma edição da Feira da Fotografia de Fortaleza e Feira MIS Vinil, e show de Mateusinho do Acordeon, que compõe a programação “Cultura do Acesso”, promovida pela Secult no Mês da Pessoa com Deficiência. Todas as atividades são gratuitas. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece) do Governo do Ceará, vinculada à Secretaria da Cultura, com gestão parceira do Instituto Mirante.

Oficina de Cianotipia – Bezoar do Tempo, com Tais Monteiro

Na sexta-feira (19), das 14h às 17h, acontece a Oficina de Cianotipia – Bezoar do Tempo, com a pesquisadora e fotógrafa Taís Monteiro. Cianotipia é a técnica histórico-fotográfica de impressão em  papel e tecido, a partir de uma mistura de químicos que ao serem expostos à luz solar, produz uma impressão ciano-azul de negativos fotográficos.  A proposta desenvolve um fazer voltado às temáticas da exposição Bezoar do Tempo, atualmente em cartaz no MIS. São ofertadas 15 vagas para pessoas acima de 16 anos. As inscrições devem ser feitas neste link. 

Taís Monteiro é multiartista em  fotografia, artes visuais instalativas, videomapping e audiovisual. Professora, roteirista e pesquisadora. Desenvolve obras imagéticas em constante experimentação com filmes analógicos e processos alternativos fotográficos, como a cianotipia, em diálogo com o vídeo e o cinema, em busca das distensões e alargamentos possíveis da imagem por visualidades oníricas e atmosferas sensíveis. Ministrou cursos no IFoto, atuou como professora de audiovisual (2019-2020 na Rede Cuca). Foi editora da Revista NERVA (2020-2021), e professora de Realização no curso de Cinema e Audiovisual na UFC (2020-2021). Atualmente, é doutoranda em Narrativas e Estéticas da Imagem e do Som no PPGCOM – UFPE, com estudos acerca do imaginário, do território onírico e imagens geradas por Inteligência Artificial.

GaMIS – Level IV

No sábado (20), acontece mais uma edição do GaMIS, o evento de jogos do MIS. A programação acontece das 15h às 19h, em vários espaços, com jogos de tabuleiro, exposição de pixel art e feira geek.

Ciclo Formativo Trair o CIStema | Conversa Experimental “O Mar guarda o que a História afunda” com Ewa Niara 

Também no sábado (20), das 18h às 19h30, acontece de forma online a fala aberta “O Mar guarda o que a História afunda”, com Ewa Niara. A atividade faz parte da programação do Ciclo Formativo Trair o CIStema, programa do MIS voltado para pessoas trans e não-binárias. A fala acontece no Google Meet com transmissão pelo canal do MIS no YouTube e é voltada para pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ a partir de 16 anos interessadas em aprimorar seus conhecimentos nas áreas da arte e da cultura. A artista propõe uma conversa sobre a patrimonialização branca e colonial como forma de controle da memória e do sagrado, denunciando os museus como túmulos simbólicos onde a subalternidade é congelada em vitrine. A partir da pesquisa que religa arte–ciência–magia, uma tríade separada nos primórdios da antropologia, a fala propõe a criação artística como contra-arquivo — um gesto de kaos e de kura, que reinventa o passado como presença viva. O terreiro, o corpo e o encantamento são afirmados aqui como tecnologias ancestrais de memória e resistência, abrindo caminhos para lembrar o que foi afundado, mas jamais esquecido.

Ewa Niara é artista transmídia e antropóloga. Atua como artista visual, designer, figurinista, atriz, performer, dramaturga, escritora, poeta e outras linguagens que sua corpa atravessa. Designer de Moda (UFC), mestra e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional (MN/UFRJ). Realiza estudos interseccionais de (trans)gênero, raça e classe, tecendo arte-pesquisa-política sobre construção de (pós)identidades y corpas transvestigêneras negras-nativas. Neste tempo, se dedica à sua retomada ancestral nativa e makumbeira, edificando firmamentos de kura.

Feira da Fotografia de Fortaleza e Feira MIS Vinil

No domingo (21), das 15h às 18h, acontece mais uma edição da Feira da Fotografia de Fortaleza e Feira MIS Vinil. Expositores estarão vendendo artigos de fotografia (como livros, equipamentos, artigos decorativos etc.) e vinis.

Show Mateusinho do Acordeon

Compondo a programação “Cultura do Acesso”, promovida pela Secult no Mês da Pessoa com Deficiência, o MIS realiza o show de Mateusinho do Acordeon no domingo (21), das 16h às 17h. O show com Mateusinho do Acordeon e banda trata-se da apresentação de um repertório composto de clássicos da cultura nordestina, sobretudo canções imortalizadas por Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Flávio Leandro, Flávio José, entre outros, com a interpretação da voz acompanhada da sanfona do artista, junto dos instrumentos tradicionais do forró nordestino, a zabumba e o triângulo, além do violão.

Sanfoneiro e cantor desde criança, Mateusinho do Acordeon atua na cena musical cearense há mais de 15 anos, interpretando o repertório tradicional nordestino. Também é graduado em Música, licenciatura pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e é membro da Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos (ALASAC).

Exposições do MIS e da Galeria da Liberdade

O MIS segue com as exposições físicas “Bezoar do Tempo” (andar +2), “Avatara” (andar -2), “Imaginar os Cearás: memórias e tecnologias” (andar -1) e “Laboratório dos Sentidos” (Casarão). Já na sala imersiva, estão em cartaz “Fósseis do Cariri”, “Re-floresta” e “Avatara”. O MIS funciona de quarta a domingo, com horários diferenciados: quartas, quintas e domingos, das 10h às 18h (acesso até 17h30), e sextas e sábados, das 13h às 20h (acesso até 19h30).

Na Galeria da Liberdade está em cartaz a exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de Memória Política”, uma itinerância do Memorial da Resistência de São Paulo. O espaço recebe visitantes às quartas e quintas-feiras, das 10h às 18h (acesso até 17h30), e às sextas e sábados, das 13h às 20h (acesso até 19h30). A mostra tem como fio condutor o acervo de história oral do Memorial, que compõe o programa Coleta Regular de Testemunhos, com depoimentos de mulheres que vivenciaram a violência de Estado no período da Ditadura Civil-Militar (1964-1985).

SERVIÇO

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ

Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.

Entrada: gratuita.

Galeria da Liberdade

Avenida Barão de Studart, 505. Meireles.

Entrada: gratuita.