Referência em formação, Festival Mi – Música na Ibiapaba é querido por também transformar vidas
26 de julho de 2024 - 15:37 #acessibilidade #Eventos Estruturantes #Festival Mi #Festival Mi - Música na Ibiapaba #formação #Viçosa do Ceará
Responsável pela educação de jovens estudantes de música, entre alunos da rede pública estadual, professores de música e instrumentistas, evento estruturante da Secult Ceará chega à 19ª edição
Musicistas da Banda Municipal Maestro Chico de Paiva, de São Benedito Foto: Luiz Alves
De 20 a 27 de julho, o Festival Mi – Música na Ibiapaba reafirma o compromisso como espaço de cidadania, aprendizados e perspectivas de futuro. A formação é motivação principal do evento que chega à 19ª edição em 2024. Anualmente, centenas de jovens estudantes de música, entre alunos da rede pública estadual, professores, instrumentistas e outros vários profissionais da cultura participam de um dos maiores encontros de ensino musical do Brasil.
Realizado pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará) e o equipamento público estadual Hub Cultural Porto Dragão, espaço gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), o Mi faz parte da história de inúmeros cearenses. São quase duas décadas de atividade transformando vidas.
>> Feira Mi Empreendedora do 19º Festival Música na Ibiapaba tem início nesta quinta-feira (25)
A Serra da Ibiapaba é o cenário deste caldeirão cultural. Viçosa do Ceará e sua população hospitaleira recebem o Festival de braços abertos. Com belezas naturais únicas, este destino turístico e cultural também se destaca pelo conjunto histórico e arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Durante a semana do Mi, escolas, teatro, ruas, comércios e praças da cidade formam um grande território musical. Logo na manhã do sábado (20), dia da cerimônia de abertura, é possível ver a chegada de quem faz essa grande festa. Jovens de diversos pontos do estado trazem o instrumento na bagagem.
Completando o contexto efervescente, desembarcam no Mi referências no ensino de música do Ceará, de várias regiões do País e nações como Argentina e Portugal. A 19ª edição reúne um total de 700 vagas para as 68 atividades programadas, incluindo oficinas e práticas de grupo.
Além das ações formativas, o Mi oferta uma rica e gratuita programação artística. O Festival realiza a “Feira Mi Empreendedora”. São mais de 20 estandes, recheados de produtos típicos como mel, café, cachaça, licores, artesanatos. Agrega expositores dedicados à gastronomia regional e um espaço para shows.
O Festival Mi tem como parceiros a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc Ceará), a Prefeitura de Viçosa do Ceará, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae Ceará) e o Serviço Social do Comércio do Ceará (Sesc-CE). Estudantes, professores, artistas participantes e gestão explicam como este evento é sinônimo de transformação profissional e cidadã.
Da sala de aula para o palco
Bosco Defar aguarda ansioso pelo concerto que apresentará no dia 26 de julho, às 18h30, no Palco Feira MI. No show “Chico: uma vida de samba e amor”, o cantor e percursionista apresenta repertório que celebra a arte do ícone da MPB. Artista da música desde 2001, o músico revela que esta apresentação guarda um gosto especial.
No Mi realizado em 2019, Bosco Defar participou como aluno. Na trajetória do Mi, aquela edição é marcada pelo fortalecimento das políticas públicas de acessibilidade cultural. Trouxe propostas de acessibilidade também nas oficinas e programação artística. “A vivência que tive, daquele ano para cá, me fez mudar muita coisa”, afirma o cantor.
“Passei a estudar mais música e utilizar a autodescrição. Toda vez que me apresento, digo como sou, como estou vestido, como minha banda está vestida e a disposição que nós estamos. E, sempre que possível, quando tem shows maiores, um intérprete de Libras também me acompanha. Ele tanto interpreta em Libras como me guia no palco”.
Bosco Defar volta ao Mi como artista da programação musical Foto: Luiz Alves
O convidado atua como músico desde 2001. Pessoa com deficiência visual (cego), o cantor contextualiza que a passagem pelo Mi em 2019 rendeu novos rumos na carreira e na forma de produzir sua arte. “Vai a uma dimensão bem maior do que a música, mas até na minha relação com muitas outras coisas da vida”, diz.
O show/homenagem é dividido em duas partes, unindo sambas românticos e sambas mais alegres que tratam de temas sociais e cotidianos. “É uma satisfação muito grande, num local onde eu comecei a incorporar todas essas habilidades, me reconhecer como um artista com deficiência, poder participar desse processo e hoje tocar”, compartilha Bosco Defar.
Acessibilidade é destaque no Mi
O trabalho de coordenação de acessibilidade do Festival Mi é realizado por Daina Leyton e Thamyle Vieira. Este núcleo pensa, dentre outras ações, a acessibilidade na grade de oficinas e concertos musicais, além de oferecer suporte para pessoas com deficiência (PcD) inscritos nas formações do evento.
Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Secult Ceará, Thamyle Vieira explica que este trabalho também envolve a programação artística. A cada edição, a ideia é fortalecer o conceito da “acessibilidade estética”. “Trata-se de uma acessibilidade pensada além da forma tradicional, onde a intérprete de Libras fica lá no cantinho do palco, ou quando uma pessoa faz a audiodescrição do show. Entendemos que precisamos criar um canal de aproximação do artista e do que acontece no palco com a pessoa com deficiência que está ali”, descreve Thamyle Vieira.
Roda de conversa sobre acessibilidade Foto: Guilherme Silva
O recurso da acessibilidade estética marca o show “Sinais Musicais”, do músico Berg Menezes. A apresentação que aconteceu na quinta-feira (25), 20h, no Palco Cristiano Pinho, localizado na Praça Clóvis Beviláqua, trouxe um intérprete de Libras na banda, chamado por Berg de “segundo vocalista”.
A iniciativa denota como o direito à acessibilidade é reforçado a cada edição do Mi. “Nessa perspectiva, eles são intérpretes artísticos, pois têm trabalho de pesquisa com os próprios artistas, de como interpretar aquela música. Não é só falar a letra em Libras. Eles fazem uma pesquisa, entendem o contexto do show. Inclusive, o figurino deles dialoga com o que acontece no palco”, completa Thamyle Vieira.
A 19ª edição do Mi acontece com cinco oficinas de acessibilidade. Este ano, 30 alunos estão inscritos nas formações “Educação Musical para Autistas”, com Liana Monteiro (RN); “Hiperfoco no Autismo: estratégias de ensino-aprendizagem para autistas de maior suporte”, com Liana Monteiro (RN); “Educação Musical para pessoas cegas”, com Filipe Oliveira (SP), “Educação Musical para pessoas surdas” e “Dança e Libras: corpo, movimento e criação”, ambas com Clarissa Costa (CE).
Momento da oficina “Educação Musical para Pessoas Cegas” com o pianista e professor de musicografia braille Filipe Oliveira (SP) Foto: Fausta Lourenço
O número de participantes confirmados este ano é uma conquista, compartilha Thamyle Vieira. “Começamos a trabalhar acessibilidade no Festival em 2019. Entendendo, ali, como iríamos incorporar essa política. Naquela edição tivemos três alunos inscritos. Hoje, cinco anos depois, chegamos com 30 estudantes. Outro avanço é que a pessoa com deficiência também está no palco, na equipe e na grade de professores dando aula. A cada ano, realmente, a acessibilidade só vem se consolidando, fortalecendo e ficando mais orgânica”, situa a coordenadora.
Atriz, cantora, designer e produtora cultural, Stefany Mendes é parte deste contingente de profissionais que fazem o Mi acontecer. São produtoras, equipe técnica, assessoria de imprensa, motoristas, entre outros trabalhadores da cultura. Cerimonialista e apresentadora do Festival Mi pelo segundo ano consecutivo, Stefany Mendes divide como a política pública de acessibilidade atravessa sua trajetória artística e pessoal.
Stefany Mendes é cerimonialista e apresentadora do Mi 2019 Foto: Luiz Alves
“Sou uma pessoa travesti e com baixa mobilidade. A partir desse contato com o Mi, entendi que me enquadro dentro do perfil de uma pessoa com deficiência. É incrível a abertura do festival ao colocar-me como cerimonialista do evento, me colocando num lugar de destaque, a cara do Festival. Isso confirma essa política pública de inclusão, não só da acessibilidade, mas também de pessoas trans, travestis, gays na apresentação ou cerimonial, mas também na programação artística”, explica a multiartista.
Uma cidade de música
Oriundo do curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual do Ceará (Uece), o aluno Lucas Eduardo se dedica aos estudos do violão e compartilha que seu objetivo é ampliar o repertório acadêmico com as oficinas do Festival Mi dedicadas à arte-educação. Lucas é um dos inscritos na formação “Hiperfoco no Autismo: estratégias de ensino-aprendizagem para autistas de maior suporte”.
“É importante ter essa inclusão. Não costuma ter muito esse tipo de formação voltada à acessibilidade. Essa questão de trabalho da musicografia Braile, por exemplo, tivemos uma disciplina na Universidade. Não encontramos em outro lugar. Então, é fundamental essa inclusão, a adaptação de materiais, enfim, porque a música é para todo mundo, né?!”, avisa o estudante de 23 anos.
Iniciante no Mi, Lucas Eduardo detalha como é participar de um evento que favorece a troca de saberes entre pessoas e vários lugares. “É como se fosse uma grande cidade de músicos. Então, você estar integrado nesse meio com vários nomes do seu ramo, da sua família, é uma coisa que só tem influência positiva na formação. Nos conhecemos, nos encontramos. Todo mundo se junta numa rodinha, vai fazendo música, vai andando, então, querendo ou não, todo mundo se comunica com a música aqui também”.
Apresentação musical de alunos do Mi conta com recurso de acessibilidade estética Foto: Luiz Alves
A observação do estudante se confirma com a riqueza das muitas expressões musicais que se unem no Mi. No sábado (20), a cerimônia de abertura celebrou a memória do guitarrista Cristiano Pinho (1964-2024). Filho de Viçosa do Ceará, Cristiano é uma referência nacional do instrumento e tem seu trabalho imortalizado em discos solo e com nomes como Kátia Freitas, Fagner, Fausto Nilo, Ednardo e Dominguinhos.
O palco desa edição leva o nome do artista. No dia 27, data que marca encerramento do Mi 2019, o guitarrista será lembrado com o show “Homenagem a Cristiano Pinho”, que reúne cinco guitarristas que tiveram suas carreiras musicais Influenciadas pelo mestre: Mimi Rocha (que faz a direção musical), Fernando Catatau, Lu D’Sosa, Felipe Cazaux e Alex Ramon.
A Camerata de Cordas da UFC encantou a plateia com o concerto “Studio Ghibli”, no qual reproduz a magia das trilhas sonoras do icônico estúdio japonês. O grupo Essas Mulheres animou o público com seu contagiante “Samba das Meninas”. No domingo, 16h, o Patamar da Igreja Matriz foi cenário do Encontro Regional do Sistema Estadual de Bandas.
Camerata de Cordas da UFC trouxe a arte musical do “Studio Ghibli” para o Mi Foto: Guilherme Silva
Foi hora da vizinhança pôr o banco na calçada. A plateia não quis perder um dos momentos tradicionais do Festival. Famílias que moram no entorno da Praça Clóvis Beviláqua aproveitam aquele domingo fim de tarde. Avós, netos, pais e mães assistem ao desfile dos grupos das cidades de Croatá, Guaraciaba do Norte, Tianguá, Viçosa, Ibiapina e São Benedito.
A diversidade de temas executados foi um atrativo à parte. Teve clássicos como o Dobrado “Comandante Batista de Melo” e releituras de nomes como Calcinha Preta, Amado Batista, Fagner, Rolling Stones e Bee Gees. Este ano, os músicos das bandas participaram de ações formativas especialmente preparadas para eles. 11 oficinas inéditas foram ministradas com exclusividade para músicos de bandas da região da Ibiapaba.
Encontro Regional do Sistema Estadual de Bandas Foto: Luiz Alves
Ainda no domingo, o Theatro Pedro II recebeu o espetáculo “A RIsita”, do Coletivo FusCirco. Em seguida, a Camerata de Violões Ágio Moreira, da Escola Vila da Música, apresentou o concerto “Dedilhados Nordestinos – do Armorial ao Contemporâneo”. A noite prosseguiu e era possível acompanhar diversos encontros musicais pelas ruas de Viçosa do Ceará.
Durante a semana, acontecem serenatas com o grupo Boêmios da Vila. O Theatro Pedro II recebe a “Roda de Som dos Alunos (as)” e “Roda de Som dos Professores (as)”. Neste momento, participantes organizam projetos criados durante o festival. Uma rica troca musical que contagia público, estudantes e mestres.
Camerata de Violões Ágio Moreira Foto: Guilherme Silva
O professor Amarildo Nascimento reitera como o formato do evento contribui com o crescimento musical de cada participante. “Estamos reunidos essa semana em diversas culturas diferentes. Você tem paulistas, gente do Sul, Região Nordeste, Região Norte, professor argentino que mora na Alemanha, professora portuguesa. Para a nossa formação musical, não basta saber as notas musicais. Todo esse contexto que envolve essa bagagem de idioma, de vivência das pessoas e de mundo, para nós, também é uma troca. É uma formação, você vem para dar aula, mas você acaba tendo uma aula também”.
Amarildo Nascimento (SP) durante oficina de Trompete no Mi Foto: Guilherme Silva
Trompete solista da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP), é a primeira passagem do professor pelo Festival Mi. “O Festival deveria dar aula de como se faz um festival. O Mi inclui de verdade o cego, o surdo. Tem professores cegos, surdos e eu achei algo assim incrível. De fato, o Festival é um marco na história da música aqui no nosso país”, reforça Amarildo Nascimento.
Ontem aluno, hoje professor
O professor Wesley Santana nos conta que possui uma longa trajetória com o Festival Música da Ibiapaba. Começou aluno. Em 2017, já educador, trouxe a orquestra jovem que coordenava para o palco do Mi. Atualmente, divide seus conhecimentos no Curso Técnico de Regência da Escola Estadual de Educação Profissional Professor José Osmar Placido da Silva, localizada no município de Barro.
Seis de seus alunos marcam presença pela primeira vez no Festival Mi. A fartura de origens entre estudantes e professores é um diferencial com grande impacto no ensino da música, compreende Wesley.
“Os alunos passam a ter contato com outras culturas e realidades. Outras pessoas que tiveram uma linha de ensino e vivências diferentes. Tem quem seja da escola do choro, da música nordestina puxada para o baião e forró. Tem sempre essa troca de experiências. Sempre digo a eles que o mais importante nesses festivais é conhecer outros alunos e fazer essa partilha de conhecimento, informações, experiência e de amizades. Esse contato com outras artes, realidades e culturas é muito importante à formação de todo mundo, seja aluno ou professor”, descreve.
Sete dias de formação musical na Serra da Ibiapaba Foto: Guilherme Silva
Vicente Alves e Heitor Alexandre captaram o recado do mestre. Nascidos em Barro, município cearense com cerca de 21 mil habitantes, eles estudam, respectivamente, os instrumentos trombone de vara e flauta transversal. A música, entendem, é uma porta aberta para outros futuros. “Tenho grandes expectativas para o Mi. Conversei com amigos e me falaram que é algo único, maravilhoso. Estou muito animado”, conta Vicente.
“Quero aprender coisas novas, aproveitar ao máximo o local e o que ele tem a oferecer. E que eu faça muitas amizades para o resto da vida, pois isso é o Festival”, conta Heitor com o brilho nos olhos tão característico de quem tem 16 anos.
“Além da cultura erudita, do método e do estudo, todo músico precisa dessa vivência que estamos tendo aqui. Música feita na hora, sem ensaio, com pessoas diferentes que nunca se viram. Além das oficinas do Festival, eles precisam viver tudo isso”, completa Wesley Santana.
Festival rende frutos
Coordenadora do 19º Mi e da Coordenadoria de Políticas para as Artes (Coarte), da Secult Ceará, Selma Santiago, avalia que o Festival colhe os frutos de quase 20 anos de trabalho. “Muitos dos músicos que hoje arrasam aqui no palco foram alunos do Mi, então eu posso dizer que o Festival está nesse passo da maturidade”.
A coordenadora detalha que a promoção da acessibilidade e a diversidade musical reforçam a maturidade da 19ª edição. “Temos alunos de todo o Ceará, professores do Brasil inteiro e nomes internacionais de alto nível. Tudo isso faz da cidade, durante uma semana, um caldeirão. É um festival da diversidade musical. Abrimos a programação com erudito, depois foi samba. No domingo tivemos a Camerata de Violões. Teremos jazz, forró, rap… Toda uma diversidade musical que possamos pensar”, completa.
Roda de som com alunos no Teatro Pedro II Foto: Luiz Alves
O Festival Mi evidencia a atuação em rede dos espaços públicos da Secult Ceará. Este ano, a Casa de Antônio Conselheiro, localizada em Quixeramobim, sediou oficina de percussão para crianças e adolescentes. Coordenador executivo do Festival Mi e gestor executivo do Hub Cultural Porto Dragão, Leo Porto destaca como este evento marca os cinco anos de atuação do Hub.
“O Hub Cultural Porto Dragão já vem há alguns anos fazendo essa gestão do projeto do Festival de Música de Ibiapaba. É um projeto estruturante da Secretaria de Cultura, no sentido de formar os músicos aqui do Ceará, trazendo sempre grandes profissionais ao nível nacional e internacional, proporcionando a qualificação para o olhar do mercado que esses profissionais irão atuar futuramente”.
O fortalecimento da economia criativa no Ceará é o lugar onde o Hub Cultural Porto Dragão atua, descreve o gestor. “Além da formação musical, reunimos para o Mi propostas de aprendizado voltadas a esse campo de mercado, como as oficinas de produção musical, elaboração de projetos, prestação de contas… Ou seja, de que forma esses artistas que estão aqui, recebendo essa qualificação no seu instrumento, podem passar a olhar o mercado e atuar de uma forma que seja rentável”, completa Leo Porto.
A música toma as ruas de Viçosa do Ceará Foto: Luiz Alves
Outra referência em política pública voltadas à arte musical no Ceará, a Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira marca espaço e parceria com o Mi. A Região do Cariri está presente no Festival com alunos atendidos pela escola e a participação da Camerata de Violões Ágio Moreira.
“A Vila da Música é o primeiro equipamento da Secretaria da Cultura no interior cearense. Hoje, temos 770 alunos e oferecemos 26 cursos de formação básica em música. Participar do Mi é um momento muito significativo, na perspectiva de construir outras possibilidades, mas de entender também o que está acontecendo nesse mundo instrumental e da música”, nos conta a gestora executiva da Vila da Música Monsenhor Ágio Moreira, Lucinha Rodrigues.