Cinco espetáculos do Porto Iracema das Artes participam da Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par Em Par

3 de março de 2021 - 17:41

 

É a 7° edição do evento, que acontece de 05 a 14 de março. Devido à pandemia da Covid-19, os espetáculos serão transmitidos pelo YouTube da Bienal

Cinco espetáculos do Porto Iracema das Artes marcam presença na 7ª edição da Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par Em Par. Os trabalhos 233A, 720 Khalos, Tudo passa sobre a terra, CorpoCatimbó, Gente de lá e Iracema serão transmitidos no YouTube do evento. Todos os projetos passaram pelo Laboratório de Dança da Escola.

A Bienal De Par Em Par é um desdobramento da Bienal Internacional de Dança do Ceará, que estreou há 24 anos, em outubro de 1997. Ela acontece desde 2008. A 7ª edição do evento seria em outubro de 2020, mas, por causa da pandemia de Covid-19, acontecerá excepcionalmente de 5 a 14 de março de 2021, com programação 100% online. Este ano, as apresentações artísticas serão exibidas sempre nos horários de 17h e 19h. Confira, abaixo, as apresentações dos projetos que passaram pelo Laboratório de Dança do Porto Iracema:

– 233A, 720 Khalos
Com Valéria Pinheiro
Dia 09/03 (terça) – 17h
>>> Youtube da Bienal

– Tudo passa sobre a terra
Com Rosa Primo
Dia 09/03 (terça) – 19h
>>> Youtube da Bienal

– Iracema
Com Rosa Primo
Dia 11/03 (quinta) – 17h
>>> Youtube da Bienal

– CorpoCatimbó
Com Zé Vianna Júnior
Dia 12/03 (sexta) – 17h
>>> Youtube da Bienal

– Gente de lá
Com Wellington Gadelha
Dia 13/03 (sábado) – 19h
>>> Youtube da Bienal

A curadoria desta edição ficou por conta do diretor da Bienal de Dança, David Linhares, e da bailarina e gestora cultural Cláudia Pires, também coordenadora dos Laboratórios de Criação do Porto Iracema. Para Cláudia, o evento é uma ação que demarca a importância nos âmbitos da difusão e formação em dança no Brasil. ”É também um marco para as políticas públicas em dança no Ceará, quando, em sua primeira edição, reuniu artistas da dança na Comissão de Dança do Ceará, para debater e buscar configurar propostas para o poder público’’, explica Cláudia. Nasceu, assim, o Colégio de Dança do Ceará, primeira ação pública de formação em dança no Estado. ”De lá pra cá, a Bienal vem sendo essa referência de estímulo à criação e formação em dança’’, complementa.

Ainda de acordo com a gestora, a programação da Bienal foi planejada com o intuito de revisitar trabalhos importantes de artistas cearenses que já passaram pelo evento. Há, também, o incentivo às criações inéditas que estreiam na edição. Os curadores também apostaram em remontagens que demarcam a conexão da Bienal de Dança com artistas criadores de outros países. ‘‘Fazer acontecer a Bienal em tempos de pandemia é nutrir possíveis respiráveis e inventivos num gesto de resistência e afirmação da vida’’, reflete Cláudia Pires.

Essa edição também homenageia Lourdes Macena e os 45 anos do Grupo Miraíra. Além de professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Lourdes é professora da disciplina de Danças Tradicionais do Curso Técnico em Dança do Porto Iracema das Artes.

Dançar é alongar a vida

Na terça-feira, dia 9, às 17 horas, o público poderá assistir o espetáculo 233A, 720 Khalos, de Valéria Pinheiro, desenvolvido na 3ª edição do Laboratório de Dança. Ela é uma das artistas que passaram pelo Porto Iracema a se apresentar na Bienal. A bailarina não esconde a felicidade em participar, mesmo que em novas configurações devido à pandemia. É a sua segunda vez na Bienal. “Minha obra 233 A, 720 Khalos estreou em 2017. Desde lá, venho circulando pelo Brasil e fora do Brasil. Pela segunda vez estarei com essa obra, agora com nova roupagem, dentro da Bienal, e só me visto de orgulho e honra em fazer parte dessa festa’’, comenta.

O espetáculo retrata a relação da artista com a pintora e teórica feminista Frida Kahlo. Valéria mergulhou nas obras de Frida a partir de 2016, quando viajou por Marrocos junto ao cineasta Marcelo Paes de Carvalho. “Fui pra Marrocos pesquisar Frida, mas encontrei a mim. Essa obra fala disso, dessa mulher de quase 62 anos que insiste em dançar, e segue ainda sonhando ser possível’’, revela. Apesar da pandemia, as expectativas são boas. Dançar novamente é “alongar a vida’’, nas palavras da artista. Rever os colegas, mesmo que virtualmente, e poder participar de um evento tão relevante como a Bienal representam esperança em um futuro melhor. 233A, 720 Khalos é dirigida por Andréa Bardawil e teve tutoria de Margô Assis. “Me cura, me impulsiona futuro. E aqui estou eu para fazer pela 45ª vez essa obra!’’, celebra Valéria Pinheiro.

Como a Bienal acontece em momento de pandemia?

Seguindo os protocolos de biossegurança recomendados pelas autoridades sanitárias, os trabalhos serão apresentados em Fortaleza no Theatro José de Alencar, no Porto Dragão e no Cena 15 – Centro de Narrativas Audiovisuais do Porto Iracema das Artes, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), com acesso restrito às companhias de dança e à equipe técnica, e transmitidos ao vivo no YouTube. O acesso de todos os profissionais envolvidos só será permitido após realização do teste RT-PCR (swab), que será oferecido pela Bienal, e a confirmação de resultado negativo de Covid-19.

Para as transmissões, será utilizada a câmera VR, um conjunto de câmeras que conseguem filmar o espetáculo a partir de várias lentes alinhadas. Essa tecnologia permite compor uma espécie de esfera ótica onde se filma um espaço em 360 graus. É como se o espectador assumisse o lugar da câmera, podendo com isso escolher para onde olhar. Além da transmissão ao vivo, a tecnologia utilizada na filmagem vai gerar um arquivo de imagens que possibilitará manter a íntegra dos espetáculos filmados e a produção dos documentários das companhias, que incluem cenas de bastidores, making of e o processo de produção de cada espetáculo.

Sobre a Bienal 

A Bienal Internacional de Dança do Ceará é reconhecida internacionalmente como um dos grandes eventos de dança realizados no Brasil. Teve sua primeira edição há 24 anos, em outubro de 1997, e realiza desde 2008 a Bienal De Par Em Par, um desdobramento da consolidada edição dos anos ímpares. A 7ª edição da Bienal De Par Em Par, que seria em outubro de 2020, acontecerá excepcionalmente de 05 a 14 de março de 2021, com programação 100% online.

A VII Bienal de Dança / De Par Em Par é apresentada pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), Lei Estadual Nº 13.811 – Mecenato Estadual. Agradecimento: Enel. Apoio: Lei Aldir Blanc (Governo do Estado do Ceará/ Secult-CE, Prefeitura Municipal de Fortaleza/Secultfor, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal), Consulado Geral da França para o Nordeste. Parceria: Quitanda Soluções Criativas. Apoio institucional: Theatro José de Alencar, Porto Dragão e Porto Iracema das Artes. Realização: Indústria da Dança e Proarte.

Sobre a Escola

O Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, ligada à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, sob gestão do Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há sete anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.

SERVIÇO

O quê: VII Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par Em Par
Quando: De 05 a 14 de março de 2021
Onde: No canal do evento no Youtube.
Toda a programação é gratuita.

Informações: bienal@bienaldedanca.com ou pelo site www.bienaldedanca.com.

PROGRAMAÇÃO

De 05 a 14 de março de 2021 no canal da Bienal de Dança no YouTube:

> De 05 a 14/03 – 15h
Seminário TEPe

> De 05 a 14/03 – 17h
Espetáculos ao vivo

> De 05 a 14/03 – 19h
Espetáculos ao vivo

> De 07 a 14/03 – 20h
Redes Confluentes